quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Massacre de Wiriamu denunciado

 


Massacre de Wiriamu denunciado 

11 DE JULHO DE 1973 

Durante a recente visita oficial a Moçambique, o primeiro-ministro António Costa fez questão de pedir desculpas ao povo moçambicano por aquele que ficou conhecido como o Massacre de Wiriamu. Numa das páginas mais negras da Guerra Colonial, a 16 de dezembro de 1972 e nos dias que seguiram, pelo menos 385 pessoas foram mortas pelas tropas portuguesas naquela localidade da província de Tete, em Moçambique. Na imagem que aqui mostramos, de 11 de julho de 1973, podemos ver Mário Soares, na altura líder do Partido Socialista no exílio, ao lado de sir Hugh Foot, antigo ministro trabalhista dos Negócios Estrangeiros e representante do Reino Unido nas Nações Unidas, e do padre Adrian Hastings. O encontro deu-se num almoço organizado pelo Instituto Católico de Relações Internacionais, em Londres, para discutir o massacre que fora internacionalmente denunciado, na véspera, pelo padre Hastings, numa reportagem do jornal The Times. A denúncia serviu para ampliar a contestação internacional ao regime de Marcelo Caetano, que, dias depois, esteve na capital inglesa em visita oficial e foi confrontado com inúmeras manifestações.

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