Existem ou não monopólios na Madeira? (Parte I)
Desde longa data que ouvi o
madeirense falar em monopólios, sobretudo de forma negativa, que asfixiam a
economia. O cidadão madeirense está atento e sente na pele o que é ser
explorado até ao tutano, em terra e no mar. Com a complacência do poder
politico sequestrado.
Existem monopólios, sim senhor!
Acredito na humildade, na sinceridade e no conhecimento do Povo. Repudio as
finuras terminológicas dos tecnocratas, e dos politicamente chiques com os telecomandos
carregados nas baterias dos escritórios dos donos do monopólio.
No dicionário de economia “monopólio”
significa quando uma determinada empresa detém o domínio de todo o mercado ou
de um determinado setor. É o caso, por exemplo, das inspeções automóveis, da operação
portuária, do gás, da eletricidade, da água em alta, ou da banana, com a GESBA.
Vejamos, sucintamente, o que
dizem os estudos encomendados pelo Governo da Madeira, e as posições de alguns históricos
do PSD, que reconhecem e justificam as razões de haver “monopólios”.
O “monopólio dos transportes”
No “Estudo qualitativo para a avaliação da realidade social, cultural e
económica da RAM”, encomendado pelo Governo (Aximage, em 2019, com 4605
entrevistas) a palavra “monopólio” surge referenciada tanto nas entrevistas
como na análise técnica.
O estudo refere-se ao “monopólio do transporte marítimo” com “preços demasiados elevados; inviabiliza a
alternativa ao transporte aéreo (nomeadamente através de ferry); dificulta a
entrada e saída de mercadorias; potencia o aumento do preço dos produtos.”
Um entrevistado do Funchal, refere:
“É tudo baseado em interesses. É tudo
politiquices porque é um monopólio. O Sousa está ali há anos, e ninguém faz
concorrência, porque é a política. Está ligado à política. Isto é muito
complicado, porque é do Governo”.
Eduardo Jesus (PSD) confirma existir “uma espécie de monopólio”
Numa entrevista conduzida por
Ricardo Miguel Oliveira (DN-M, 2017), Eduardo Jesus, na altura Secretário Regional
da Economia, Turismo e Cultura referiu: “A
Região nada ganhou com esta solução que passou pela atribuição de uma licença
que se revelou, ao longo do tempo, como a legitimação de uma espécie de
monopólio onde só lucrou o próprio Grupo Sousa.” E mais adiante, a “SRETC percebe que o Grupo Sousa procure
manter o regime de monopólio em que se transformou a licença atribuída no início
dos anos noventa, não sujeita a qualquer espécie de concorrência”.
Sérgio Marques (PSD) garante: “a concorrência não existe há 25 anos!”
Em novembro de 2017, Sérgio
Marques, num debate sobre a operação portuária anotava que o “atual regime de exploração das operações de
carga e descarga de navios porta contentores na Madeira é insustentável, por
uma razão simples: porque a concorrência não existe desde que o modelo foi
implementado há já quase 25 anos (…)”.
Dia 10 de outubro, segue-se a
parte II, porque ainda existem mais detalhes relevantes.
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O pravda ilhéu, conclui que vai ser muito difícil correr com o monopólio pela vontade popular ou seja pelo voto, isto por por três razões principais:
Os votantes são na maioria de 3 tipos.Ou são do sistema, ou são funcionários públicos, ou são politicamente incultos.
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