Raquel Coelho no "Tribuna da Madeira" analisa a sucessão de Jardim por Albuquerque
Ramos, Avelinos, Sousas.... e toda a nomenclatura do regime, podem suspirar de alívio, têm meio caminho andado para manterem as suas sinecuras. Agora só falta vencer a próxima batalha, eleições regionais.
O PSD para vencer precisava de arrumar Jardim e arranjar um candidato sedutor para o suceder, de forma a limpar a imagem do partido. E assim foi feito, com Albuquerque! Renovou-se a imagem de um regime podre e caduco, que não se extingue de maneira nenhuma com saída do seu criador. De facto, a única diferença é que Jardim sai de cena. Mas os vícios e clientelas mantêm-se, não é toa que a suposta renovação de Albuquerque, está repleta de intervenientes de peso do jardisnismo. Grande parte dos deputados que apoiaram durante muitos anos Jardim, agora apoiam Miguel Albuquerque, onde está a ruptura que tanto apregoou?!Que mudança pode haver, quando Miguel Albuquerque contou com o apoio de Passos Coelho, o pior Primeiro-Ministro da história da democracia portuguesa?
Agora é uma questão de dias para se arrumar a casa, deixar os derrotados lamber feridas, para depois oferecer-lhes contrapartidas em troca de apoios instantâneos - Sérgio Marques foi logo o primeiro, porque isto não há tempo a perder e há que aproveitar a embalagem mediática que as eleições internas proporcionaram. Porque isto no final de contas não interessa competência, partidos, ideologias, nem pessoas, o que interessa é quem tem a capacidade de mobilizar votos e satisfazer os interesses mais perversos da clientela do costume.
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