“Padre de ferro” condenado por querer forçar secretária a sexo.
Tribunal suspende pena de três anos e meio a Ismael Teixeira, que se aproveitou das dificuldades de imigrante
JULGAMENTO
O sacerdote Ismael Teixeira, que ficou famoso pela alcunha de “padre de ferro”, foi condenado por coação sexual e coação a três anos e meio de prisão, pena que fica suspensa por igual período de tempo. O antigo pároco de São Mamede, em Lisboa, terá ainda de pagar 33 mil euros à ex-secretária. Anteontem, o Tribunal de Lisboa deu como provado que o pároco, que fazia provas de triatlo e era professor universitário de Ética e Deontologia, aproveitou-se das dificuldades financeiras de uma imigrante com três filhos para tentar forçá-la a atos sexuais. Segundo o acórdão, a vítima viveu quase quatro anos de “verdadeiro pesadelo”. Contratada por Ismael Teixeira, em setembro de 2017, para secretária da paróquia, seria assediada, pela primeira vez, logo um mês depois, quando, durante um jantar, foi convidada pelo sacerdote para um “ménage à trois”. Recusou o relacionamento sexual a três, mesmo quando Ismael Teixeira, já por altura do Natal desse ano, insistiu no convite e lhe apalpou os seios. Nos meses seguintes, os episódios de coação sexual sucederam-se, sempre nas instalações da paróquia, com beliscões nas nádegas, mãos no interior das pernas e o encosto do “órgão genital ereto” do padre ao corpo da secretária. Perante os protestos, o pároco dizia: “Deus criou isto [o corpo da mulher] para ser explorado”.
Após o fim do confinamento devido à pandemia da covid-19, Ismael Teixeira intensificou a perseguição. Mantinha-se apenas em cuecas no gabinete enquanto falava com a secretária, aproximou o pénis da cara da vítima com esta sentada à secretária e masturbou-se numa das vezes em que aquela foi ao seu gabinete despedir-se, após mais um dia de trabalho.
SUSTENTAR A FAMÍLIA
Sempre que as suas intenções sexuais eram travadas, o padre referia que a vítima “era pobre porque era burra” e “ordenava-lhe que executasse tarefas diferentes daquelas para as quais fora contratada”, nomeadamente a limpeza das casas de banho. Licenciada em Direito, a secretária da paróquia também era obrigada a elaborar e corrigir exames que o padre usava nas aulas que dava na universidade. Para a juíza Alice Andrade Moreira, o clérigo “tinha perfeito conhecimento da necessidade da [vítima] de auferir um vencimento mensal para sustentar a sua família” e aproveitou-se “desta dependência económica” para “satisfazer os seus instintos sexuais e libidinosos”. Já a vítima, afirma a magistrada, tudo suportou devido ao “receio de ser despedida e perder o sustento da sua família”. Mas, ao fim de quase quatro anos de coação sexual, “começou a desenvolver uma perturbação depressiva, ataques de ansiedade e ideação suicida”.
Ismael Teixeira Idade: 50 anos
Cargo: Ex-padre e atleta
Ismael Teixeira nasceu em Valpaços e, aos 26 anos, foi ordenado padre. Em 2016, como vigário da Igreja de Santa Isabel, em Lisboa, chegou às páginas dos jornais por ter sido o primeiro sacerdote a completar um Ironman, prova que obriga a muitos quilómetros de natação, ciclismo e corrida. “A oração é o doping”, referiu na altura. Após ter sido afastado do sacerdócio, 200 pessoas assinaram uma petição a exigir o seu regresso. Em tribunal, negou as acusações.
Aldrabões, gente da pior espécie!...
ResponderEliminarNinguém é de ferro ...nem os padres
ResponderEliminarAh Ganda Padre!!
ResponderEliminarEste homem é o meu heroi
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