domingo, 30 de novembro de 2025

Herminio da Palma Inácio organizou o assalto ao banco de Portugal na Figueira da Foz. O banco fascista deveria fornecer dinheiro à causa revolucionária

 

  Em plena escuridão da ditadura de Salazar, quando Portugal vivia sob a opressão, a censura e o medo, um homem ousou voar – literalmente – contra o regime.

👤 O nome dele? Hermínio da Palma Inácio.

  Filho do Algarve, nascido em 1922, Palma Inácio poderia ter levado uma vida comum. Tornou-se mecânico de aeronaves e piloto civil na juventude. Mas seu destino tomou outro rumo quando, ainda com 25 anos, decidiu enfrentar o Estado Novo de frente.

🧨 Em 1947, participou de uma das primeiras tentativas de golpe militar contra Salazar. Ele e seus companheiros sabotaram 28 aviões da Força Aérea portuguesa! Foi preso pela temida PIDE. E o que ele fez? Fugiu da prisão do Aljube amarrando lençóis como uma corda e saltando de 15 metros de altura! Uma fuga de filme – só que foi real.

🌍 Exilado, Palma Inácio passou pelo Marrocos, EUA e Brasil, mas nunca abandonou sua missão: derrubar a ditadura portuguesa. Em 1961, protagonizou um dos atos mais ousados da história da resistência em Portugal: o sequestro do voo 104 da TAP. Ele desviou o avião e sobrevoou Lisboa, Porto e outras cidades lançando mais de 100 mil panfletos antifascistas contra o regime.

   Foi o primeiro sequestro aéreo por motivos políticos na história da aviação civil.

 Em 1967, liderou o assalto à agência do Banco de Portugal na Figueira da Foz. O objetivo? Financiar a luta armada da LUAR (Liga de Unidade e Ação Revolucionária), organização fundada por ele mesmo para combater Salazar.

E mesmo preso diversas vezes, espancado e torturado, ele nunca cedeu.

📻 Em 25 de abril de 1974, no auge do que seria a Revolução dos Cravos, Palma Inácio ouviu uma mensagem em código Morse na cela da prisão de Caxias: a liberdade estava chegando. No dia seguinte, foi libertado. Um dos últimos presos políticos a sair. Um dos primeiros a entrar para a história.

  E mesmo com a democracia restaurada, recusou honras, cargos ou vantagens. Disse: “Fiz o que tinha de fazer. Não quero recompensas, quero apenas ver Portugal livre.”🙌
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 Em 2000, recebeu a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade. Faleceu em 2009, aos 87 anos, deixando um legado de coragem, honra e resistência.

Cartoon da folha de S. Paulo, satirizando o encarceramento do fascista Bolsonaro

 



«Os poderosos poderão matar uma duas ou três rosas mas jamais conseguirão deter a chegada da primavera.» 
«A partir de hoje eu não sou mais uma pessoa mas uma ideia»

O candidato Marques Mendes e o negócio das foltovoltaicas na ilha da Madeira envolto em polémica

 




sábado, 29 de novembro de 2025

A manipulação da imprensa é sempre muito mau para a consolidação de um regime democrático. O anticomunismo é a arma dos interesses reacionários!

 

"A democracia não pode conviver com o anticomunismo, que é a arma dos reacionários e dos fascistas. Naturalmente, isto não quer dizer que todos os democratas sejam adeptos do comunismo ou simpáticos a ele; conservadores, democrata-cristãos, liberais, trabalhistas, social-democratas e socialistas não são comunistas, mas compreendem que a defesa das suas ideias deve ser feita através de argumentos políticos e não do uso da força e da repressão. É preciso diferenciar não-comunistas de anticomunistas. Há muitos democratas não-comunistas; os anticomunistas, porém, jamais são democratas."
JOSÉ PAULO NETTO

Como funciona a economia burguesa. Onde os meios de produção não pertencem aos trabalhadores

 


sexta-feira, 28 de novembro de 2025

O pardalão que violou o jovem bombeiro do Fundão tinha má cara mesmo

 "Xico" da Serra

As ventinhas do bombeiro violador do rapaz


Extinção da corporação de bombeiros já. É o mínimo que se exige áqueles pardalões que não honram a farda humanitária que vestem.


 •'Xico da Serra' é bombeiro no Fundão e é suspeito de ter sido quem atacou sexualmente o jovem de 19 anos no quartel da corporação. Foram dois abusos sexuais a 6 de setembro deste ano, 16 anos depois de, em 2009, ter atacado outro rapaz, no mesmo quartel. Foi então surpreendido na camarata a manusear-lhe o órgão sexual e foi expulso. José Sousa, o atual comandante, era o então adjunto. Soube de tudo, do 'acordo de silêncio' que foi feito. 'Xico da Serra' saiu do quartel e a vítima, que tinha um défice cognitivo, não apresentou queixa. Tudo se resolveu internamente, para evitar o escândalo. O passado persegue os bombeiros e a readmissão ninguém a entende. 'Xico' regressa ao quartel e volta a atacar um jovem. Não há dúvidas de que é ele quem sodomizou a vítima de agora. Outro bombeiro, chefe, de nome Pedro Silva, agarra-a. Há outros que veem, outros filmam, outros apenas riem.
"Podem estar 17 envolvidos.
JÁ CHEGARAM OUTRAS
DENÚNCIAS À PJ.
HÁ MAIS VÍTIMAS DE PRAXES VIOLENTAS
 Já dei os nomes à PJ e quero que sejam punidos", garante o comandante José Sousa, que mesmo assim desvalorizou o ataque e ainda há poucos dias acreditou na vítima, mas depois diz que faltaram provas para suspender os bombeiros.
Embora tivesse imagens de videovigilância que confirmavam o ataque. "Não havia provas", diz ao CM, depois de durante dois dias ter-se furtado a dar respostas.
Entretanto, sabe o CM, já chegaram outras denúncias à PJ da Guarda. Há mais vítimas de abusos sexuais mas de praxes que configuram os crimes de ofensas corporais agravadas.
No Fundão, o caso continua a chocar a população e são muitos os que pedem a demissão do comandante.
 

Professor Abukamov vai ser julgado por importunação sexual

 

 O professor de dança Sergey Abakumov vai ter de responder em julgamento pelo alegado assédio de um aluno menor, quando dava aulas no Conservatório - Escola das Artes. A decisão de pronúncia pelo crime de importunação sexual agravado foi tomada anteontem pela juíza de instrução do Funchal, Susana Mão de Ferro, que confirmou basicamente a acusação do Ministério Público.

 Na origem do caso está a denúncia formalizada em 2022 pela fam'-lia de um adolescente que frequen tava o curso de intérprete de dança contemporânea, que era coordenado por Sergey Abakumov. Os primeiros factos remontavam ao ano anterior, quando o aluno tinha 15 anos. De acordo com a denúncia, o professor protagonizou comportamentos desadequados, constrangendo o menor. Alegadamente recorria sempre ao mesmo aluno para fazer demonstrações físicas perante a turma, aproveitando-se para dar toques/carícias nas nádegas, ancas e outras partes do corpo. da Quando estavam a sós os avanços eram mais graves.

 Segundo a denúncia, a partir de certa altura, o docente terá pedido o número de telemóvel ao rapaz. Es- tabeleceu vários contactos e enviou-lhe mensagens de foro íntimo. 

 Dizia-lhe que as suas vidas estavam cruzadas e que gostava muito dele.

 Ofereceu-se para dar-lhe boleia e aparecia nas imediações da casa do menor. Deu-lhe um skate e outras prendas. Não houve relacionamento de natureza sexual entre ambos.

 Mas as mencionadas atitudes inapropriadas terão afectado o adolescente, que tinha dificuldade em manifestar desagrado pelos avanços do  docente, que era coordenador do curso e poderia influir na evolução da sua carreira. Após aqueles episó-dios, baixou as notas, mudou de escola e recorreu a ajuda psicológica.

 Em Fevereiro de 2025, o Ministério Público deduziu acusação contra Sergey Abakumov, imputandolhe a prática de um crime de importunação sexual.

O arguido não se conformou com esta acusação e requereu abertura de instrução. A sua defesa procurou rebater todos os factos, descredibilizar a versão da família denunciante e suspender o processo. Considerava, em suma, que o caso deveria ser arquivado. Mas não foi isso que entendeu a juíza de instrução, que manteve no seu despacho de pronúncia a generalidade dos factos que constavam da acusação do Ministério Público.