segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Cuidado! Não se se deixe enganar com a propaganda do imperialismo

 


Mulher do Beto do Naval nas festas dos PPDês. Usa vestido roxo a senhorita

 Tudo gentinha entachada pelo regime Albuquerquista.

Emanuel Bento nosso colaborador e poeta, especialista em beldades femininas, é de opinião que a senhorita apesar de exibir um generoso decote não é assim uma beldade por aí além.


O sr. bispo "bacalhau à Braz" aparece em todas as iniciativas dos PPDês. Ele abençoa aquela familia toda. Seu apoio é um manancial de votos no PPDê. Com estas bençãos todas do sr. Bispo eles nunca mais perdem as eleições.
Beto do Naval é um jornalista do PPDê que escrevinha baboseiradas no DN aos domingos, atacando os partidos da oposição na Madeira. É um jornalista vendido ao Regime Albuquerquista.É igualzinho ao Jorge Freitas de Sousa.


Cartoon do angolano Sérgio Piçarra acerta que nem uma luva no sistema judicial existente na Região Autónoma da Madeira

 


Cinco juizas do regime Mamadeiras.

Durão Barroso o ex-comunista do MRPP hoje defende o militarismo e a corrida aos armamentos

 O pardalão quer que os jovens portugueses sirvam de carne para canhão, numa guerra imperialista contra a Rússia. Do partido maoista MRRP saem-nos cá uns vira-casacas. Ao fim e ao cabo, grandes apoiantes e defensores do imperialismo que tanto apregoavam combater.

Europa deve preparar-se para guerra com Rússia, afirma Durão barroso.

Administradores do BANCO de PORTUGAL ganham salários milionários

 Denuncia o professor Paulo Morais

 «Álvaro Santos Pereira recebe mensalmente, como governador do Banco de Portugal, 19 496,39 €, o equivalente a 22 salários mínimos. Os restantes administradores, na foto, ganham “só” cerca de 17 mil. Qualquer um deles ganha mais do que o Presidente da Reserva Federal Americana. Um disparate crónico e revoltante que ninguém tem coragem de eliminar!»-Paulo Morais

domingo, 16 de novembro de 2025

Vir à luta!

 

 A capa do jornal “Sempre Fixe” de 4 de Maio de 1974 era um dos magníficos e sempre certeiros cartoons de João Abel Manta. Tratava dos vira-casacas: o alfaiate com uma parede pejada de casacas penduradas chutava um cliente: «Não me chateie, já disse que só posso virar a casaca lá para Setembro.» O movimento assim caricaturado tem muito mais significado do que o de meros comportamentos individuais. Reflecte o trajecto de certos extractos da sociedade, traduzido em «hesitações, contradições, desorientação, súbitas viragens à direita e à esquerda, manifestações de impaciência e desespero» (A. Cunhal, “Radicalismo...”). E o oportunismo sempre foi endémico em alguns extractos da sociedade portuguesa. Há quem ache que a conjuntura é tudo. Quem só consiga estar alinhado pelo  que julga a mó de cima e amanhã logo se vê. Se se fosse pela caricatura de João Abel Manta, já não teria lado da casaca para virar. É nessa base que alguns inventaram um truque. Chama-se “moderação”. Serve para tudo, até para dar lustro a coisas nada moderadas (o exemplo clássico é o título de um jornal britânico sobre o 11 de Março de 1975: «Os moderados bombardeiam Lisboa.» Estão a falar do “moderado” Spínola). Serve, entre outras coisas, para várias casacas em simultâneo, como agora parece ser a linha em certas candidaturas presidenciais. É o inverso da coragem. Os tempos que correm são bem difíceis para a grande maioria dos portugueses. Exigem escolha decidida. Exigem dar a cara. E a enorme marcha dos trabalhadores convocada pela CGTP-IN no sábado passado é não só um inesquecível exemplo disso mesmo. É também um generoso e muito alargado convite aos hesitantes. É que, por maiores que sejam as dificuldades e os obstáculos, o futuro pertence aos trabalhadores e ao povo. E quando, como sucedeu no sábado, os vemos em massa, em movimento e em sólida unidade de combate, estarão um pouco mais próximos de passar à mó de cima.- Filipe Dinis

As profundas ligações das grandes empresas tecnológicas com o genocídio em Gaza

 


 As revelações mais recentes sobre os laços profundos da Microsoft com a máquina de guerra de Israel mais uma vez expuseram o papel central das grandes empresas de tecnologia dos EUA em possibilitar o genocídio em Gaza. Uma investigação conjunta de The Guardian, da +972 Magazine e do veículo de comunicação em hebraico Local Call revelou como o corpo de inteligência da Unidade 8200 israelense tem armazenado e processado gravações de áudio de todas as chamadas telefónicas palestinas na plataforma de nuvem Azure da Microsoft. De acordo com a reportagem, essa parceria deu às forças armadas israelenses capacidades de vigilância sem precedentes, transformando as comunicações privadas de milhões de palestinos em matéria-prima para a ocupação e a guerra. Israel percebeu que seus próprios servidores não tinham o poder de computação ou o espaço de armazenamento necessários e então recorreu à Microsoft.Esta não é a primeira vez que a cumplicidade da Microsoft com as forças armadas israelenses vem à tona. Uma investigação da +972 Magazine em janeiro de 2025 revelou laços institucionais profundos entre a Microsoft e o exército israelense, incluindo a colaboração entre a Azure e a OpenAI em projetos que apoiam diretamente operações militares. A Microsoft, assim como suas congéneres da Big Tech, integrou-se totalmente ao aparato de ocupação, repressão e assassinatos em massa de Israel. Entre as unidades do exército israelense que se revelaram dependentes do Azure estão a Unidade Ofek da Força Aérea, que gere grandes bases de dados de alvos potenciais de locais e indivíduos para ataques aéreos letais; a Unidade Matspen, que projeta sistemas operacionais e de apoio ao combate; a Unidade Sapir, responsável pela espinha dorsal das TIC da Inteligência Militar; e até mesmo o Corpo de Advogados Gerais Militares, que supervisiona tanto a acusação de palestinianos como os raros casos disciplinares contra soldados nos territórios ocupados. Mas a Microsoft não está sozinha na integração no genocídio de Gaza por Israel. A Google, a Amazon e a Palantir estão todas a lucrar com o genocídio, incorporando-se na máquina de guerra de Israel enquanto projetam uma imagem de inovação e progresso para o mundo. Juntas, elas formam a espinha dorsal digital do complexo militar-industrial dos EUA e do seu projeto imperialista, do qual o ataque de 21 meses de Israel a Gaza é uma frente central.

Microsoft: Parceira na nuvem da vigilância e ocupação

As revelações sobre o Azure são particularmente assustadoras. Durante décadas, a Unidade 8200 de Israel interceptou comunicações palestinas como parte da sua estratégia de ocupação. O que é novo é a enorme escala industrial desta operação de vigilância. Ao terceirizar o armazenamento e processamento de dados para a Microsoft, Israel conseguiu construir uma rede de vigilância baseada na nuvem — um arquivo da vida palestina — e usá-la como arma contra o povo de Gaza.

A integração do Azure com a Unidade 8200 mostra como a Microsoft não é um provedor de serviços neutro, mas um parceiro direto na ocupação e no genocídio em Gaza. Longe de apenas alugar servidores, ela co-desenvolve tecnologias com instituições israelenses, investe em startups locais de vigilância e administra laboratórios de pesquisa no país. A empresa tornou-se indispensável para a máquina de controle colonial de Israel.

Google e Amazon: Projeto Nimbus

O Google e a Amazon, para não ficarem para trás, assinaram o Projeto Nimbus, um contrato de US$ 1,2 mil milhão com o Estado e as forças armadas israelenses. O Nimbus fornece infraestrutura avançada em nuvem e ferramentas de IA, incluindo reconhecimento facial, análise de sentimentos e policiamento preditivo. Essas não são capacidades abstratas — são as mesmas tecnologias usadas para vigiar palestinos, gerar bancos de dados de “suspeitos em Jerusalém Oriental” e permitir a produção algorítmica de listas de alvos a serem mortos em Gaza.

Longe de ser um projeto interno israelense, o Nimbus é alimentado pela expertise e pelo capital de empresas americanas. Funcionários de ambas as empresas denunciaram o projeto, alertando que seu trabalho está alimentando o apartheid e o genocídio. Greves, petições e dissidências internas foram recebidas com demissões e intimidações. No entanto, o Google e a Amazon continuam a se gabar de seu compromisso com Israel. Os lucros e as lealdades imperiais superam quaisquer considerações morais.

Palantir: o traficante de armas de dados

Se a Microsoft, o Google e a Amazon fornecem a infraestrutura, a Palantir fornece o motor analítico. Nascida de financiamento inicial da CIA, a Palantir ganhou fama ao transformar vastos dados de vigilância em inteligência militar acionável. As suas plataformas fundem registos telefónicos, imagens de drones e atividade nas redes sociais num sistema de segmentação perfeito.

A empresa tem promovido agressivamente os seus serviços ao exército israelense, gabando-se do seu papel em ajudar os aliados ocidentais a «ganhar guerras». Em Gaza, tais sistemas aceleram a cadeia de mortes — transformando vigilância bruta em coordenadas de bombardeios com eficiência assustadora. A Palantir prospera com a guerra; cada nova atrocidade se torna uma oportunidade de marketing para suas ferramentas.

Listas de morte da IA e a automação do genocídio

No centro do ataque de Israel está a industrialização da morte por meio da inteligência artificial. Investigações da +972 Magazine revelaram como o sistema de IA do exército israelense, “Lavender”, gera listas de morte automatizadas, sinalizando dezenas de milhares de palestinos como suspeitos de militância. A supervisão humana é mínima; as decisões da máquina são traduzidas em bombardeamentos com baixas civis catastróficas.

Detalhámos num artigo anterior da People’s Democracy como essas listas de morte sustentam a campanha de extermínio de Israel. Mas a tecnologia para o genocídio continua a evoluir. Novas ferramentas de IA, modeladas em plataformas generativas como o ChatGPT, estão a ser desenvolvidas pela inteligência israelense para acelerar a vigilância, a incriminação e a prisão. Estas não são experiências isoladas limitadas ao genocídio em Gaza — elas são o futuro da guerra automatizada e do genocídio, co-desenvolvidas e alimentadas pela Big Tech dos EUA. Isso nos lembra como gigantes químicos da Alemanha nazista, como a I.G Farben, que desenvolveu e produziu os gases venenosos usados para matar judeus, comunistas e outros “indesejáveis” em vários campos de concentração. Após a guerra, a IG Farben foi dividida em suas empresas sucessoras, incluindo a BASF e a Bayer.

Israel como laboratório para o império

O que une esses fios é o papel de Israel como laboratório para o imperialismo dos EUA. Todas as ferramentas de ocupação testadas nos palestinos tornam-se uma exportação global. O software de policiamento preditivo ou vigilância pioneiro na Cisjordânia é vendido aos departamentos de polícia americanos. Os postos de controlo biométricos testados em Jerusalém Oriental aparecem na fronteira entre os EUA e o México. A vigilância por IA testada em Gaza é comercializada para regimes autoritários em todo o mundo.

Para as grandes empresas de tecnologia, Israel é um cliente lucrativo e um campo de testes. Ao integrarem-se na máquina militar de Israel, a Microsoft, a Google, a Amazon e a Palantir desenvolvem em conjunto tecnologias de repressão que podem ser ampliadas e vendidas em todo o mundo. A destruição de Gaza torna-se não apenas um projeto geopolítico, mas também um modelo de negócios para vigilância, guerra e genocídio.

O aviso da relatora da ONU

A relatora especial das Nações Unidas para os territórios palestinos, Francesca Albanese, já deu o alarme. No seu relatório ao Conselho de Direitos Humanos, ela documentou o profundo envolvimento das grandes empresas de tecnologia dos EUA no ataque de 21 meses de Israel a Gaza, enfatizando como essas empresas possibilitam crimes de guerra ao fornecer infraestrutura e serviços essenciais.

As suas conclusões destacam uma verdade simples: as grandes empresas de tecnologia não são meras espectadoras. Elas são participantes voluntárias no genocídio de Gaza e fazem parte da guerra imperialista.

As grandes empresas de tecnologia e o complexo militar-industrial dos EUA

Nada disso deve ser surpresa. As maiores empresas de tecnologia do mundo também são as contratadas mais valiosas do Pentágono e da NSA. A Amazon Web Services hospeda os dados da CIA; a Microsoft Azure alimenta as redes de defesa dos EUA; o Google colabora em projetos de IA para as forças armadas; a Palantir nasceu como uma ferramenta para agências de inteligência.

A fusão das grandes empresas de tecnologia e do complexo militar-industrial-de vigilância está completa. Israel é uma linha de frente desse projeto, mas ele tem alcance global. De Gaza à Ucrânia, de Bagdade a San Diego, as mesmas empresas lucram com vigilância, perseguição e repressão.

Resistência e o caminho a seguir

Há resistência. Os trabalhadores do Google e da Amazon continuam a se manifestar. Estudantes em campi de todo o mundo estão exigindo que as universidades cortem laços com os especuladores da guerra. Grupos de direitos humanos estão a documentar e a expor a cumplicidade das empresas. No próprio palestino, a resiliência do povo contra adversidades esmagadoras atesta o espírito que nenhum algoritmo pode apagar.

Mas a resistência deve se expandir. Assim como os movimentos outrora visaram os fabricantes de armas que armavam a África do Sul do apartheid, também devemos agora confrontar os traficantes de armas digitais de hoje. Microsoft, Google, Amazon e Palantir não são meras empresas de tecnologia: são fabricantes de armas da era digital, produzindo a infraestrutura do genocídio.