quinta-feira, 27 de março de 2025

Duas centenas de independentes apelam ao voto na CDU contra “ameaça fascista”

 Duas centenas de independentes apelam ao voto na CDU contra “ameaça fascista”

 Manifesto “Os dias levantados”, da Iniciativa dos Comuns, é subscrito por 201 personalidades sem filiação partidária Joana Mesquita Duas centenas de personalidades ligadas ao jornalismo, à cultura e à educação, entre outras áreas, subscrevem o manifesto “Os dias levantados”, em que se defende o voto na CDU. A acção é da autoria da Iniciativa dos Comuns, que, como já vem sendo hábito, junta Æguras sem filiação partidária no apelo ao voto na coligação pré-eleitoral entre o PCP e o PEV. Ontem, o texto será colocado à subscrição pública e, a 26 de Abril, haverá uma sessão de apresentação. As eleições legislativas antecipadas de 18 de Maio “exigem um voto naqueles que não desarmam”: que se opõem “à deriva militarista e às guerras”, que “nunca faltaram para a construção de tudo o que de decente a democracia fez”, como o Serviço Nacional de Saúde, a escola pública ou os direitos das mulheres, e que “sempre combaterem” o “fascismo em todas as suas formas”, lê-se no texto do manifesto “Os dias levantados”, um nome recuperado de uma ópera sobre o 25 de Abril, com música de António Pinho Vargas e libreto do poeta Manuel Gusmão. “Contra a ameaça fascista que o avanço da extrema-direita representa, votaremos por um antifascismo com memória e futuro”, assinalam os signatários do texto, considerando que “o reforço eleitoral da CDU” — que tem vindo a perder representação parlamentar, tendo passado de seis para quatro deputados nas legislativas de 2024 — “convocará o melhor do antifascismo: a memória” da luta pela democracia e o “futuro por construir de uma alternativa a um sistema económico que é hoje chão fértil para a demagogia da extrema-direita”. O “combate aos fascistas” faz-se “em torno de uma firme oposição” ao neoliberalismo. O “crescimento da extrema-direita fascista é o plano B deste mesmo neoliberalismo”, defendem. Entre os 201 subscritores do manifesto, incluem-se o professor universitário Manuel Loè, que já foi deputado do PCP, tendo sido eleito como independente, o músico Valete ou o jornalista João Ramos de Almeida. Criticando o plano para rearmar a Europa, dizem não compreender quem “entenda que o rearmamento é parte da solução e não do problema” e garantem que diante dos que querem fazer da economia de guerra mais um pretexto para fragilizar o Estado social”, os “deputados da CDU nunca serão complacentes”. Fazendo um diagnóstico dos problemas do país — “serviços públicos depauperados”, milhares de trabalhadores ganham “perto de um salário que nem mínimo é”, “onde falta Estado social, sobra Estado policial” —, criticam quem impõe a “cassete de que a riqueza é criada por unicórnios” e “o emprego uma benesse concedida pelos patrões”. E ecoam “uma cassete alternativa: a repartição da riqueza entre o capital e quem a produz é uma questão política decisiva na construção da igualdade.

2 comentários:

  1. Dá para eleger algum deputado?

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  2. O PCP vai desaparecer, e ainda bem, assim já não vamos ter palhaços a atacar a Ucrania.

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