quinta-feira, 27 de março de 2014

Como os EUA roubam o tesouro da Ucrânia com a cumplicidade do falsos patriotas daquele país



Roubo do Ano

ESTADOS UNIDOS LEVAM O OURO DA UCRÂNIA MAS 
NÃO DEVOLVEM O OURO DA ALEMANHA


Na passada sexta feira, as reservas de ouro da Ucrânia foram transladadas para os EUA. A rapidez com que os Estados Unidos procederam a esta transferência contrasta com o actual ritmo a que devolvem o ouro da Alemanha. Artigo de Marco António Moreno, publicado no El Blog Salmón.
Com as reservas de ouro da Ucrânia, assistimos a um novo capítulo - e escândalo - no conflito deste país da Europa de Leste e na hegemonia e dominação dos Estados Unidos. As reservas de ouro da Ucrânia foram transladadas na madrugada da sexta feira passada (7 de março) para os Estados Unidos, segundo informa o diário russo Iskra, de acordo com fontes de um ex alto funcionário do Ministério das Finanças ucraniano. Esta informação é confirmada pelo ex executivo do Goldman Sachs, William Kaye, numa entrevista recolhida pelo King World News, que salienta que o ouro ucraniano foi levado por um longo período de tempo.

Os factos
Aproveitando a escuridão da noite, às 2h da manhã de sexta feira, quatro camiões e dois minibus sem matrícula chegaram ao aeroporto Boryspil, de Kiev, e transladaram a pesada carga para um avião.
 
Uma equipa de quinze pessoas, com uniformes negros, máscaras e metralhadoras, realizaram o transporte das caixas para o avião. Foi tudo feito com grande pressa e, ao terminar a carga, o avião descolou com carácter de urgência. 
No aeroporto não foi facultada nenhuma informação sobre o sucedido e os funcionários declararam não saber o que estava a ocorrer, ainda que tenham considerado o facto incomum.
Um ex alto funcionário do Ministério das Finanças da Ucrânia confirmou que a nova liderança ucraniana, apoiada pelos Estados Unidos, ordenou o transporte do ouro para a Reserva Federal desse país.
 
De acordo com o World Gold Council, as reservas de ouro da Ucrânia eram de 42 toneladas em fevereiro deste ano, equivalentes a quase 2.000 milhões de dólares (de ouro, a 1.370 dólares a onça), que bem podem compensar os 5.000 milhões de dólares (em bilhetes) com os que Estados Unidos apoiaram a extrema direita que hoje está no poder ucraniano.

O ouro alemão

O que causa maior assombro é a rapidez com que os Estados Unidos transladaram o ouro da Ucrânia. 
Em Janeiro do ano passado, a Alemanha solicitou aos Estados Unidos a repatriação do ouro alemão, que está sob custódia da Reserva Federal em Fort Knox. No entanto, durante todo o ano de 2013, os Estados Unidos apenas liberaram 33 toneladas de ouro das 1.500 toneladas que guardam da Alemanha. 
Recordemos que, em finais de 2012, e ante a pressão exercida pela guerra de divisas, o Escritório Federal de Contas da Alemanha criticou o Bundesbank por não supervisionar adequadamente as suas reservas de ouro. 
Os títulos mundiais de ouro dos países em Fevereiro de 2014, de acordo com o World Gold Council, eram as seguintes: (Ver imagem no fim)

Como assinalamos neste post, o Bundesbank declarou que todo o ouro alemão deve estar de volta nas abóbadas de Frankfurt antes de 2020.
 
O que deve ficar bem claro para a Alemanha é que, ao atual ritmo de 33 toneladas anuais a que os Estados Unidos devolvem o ouro, este país demorará mais de 40 anos a concretizar o pedido do Escritório de Contas da Alemanha (ainda que se o fizesse ao ritmo com que saqueou as reservas da Ucrânia, levaria menos de 15 dias). 
Os alemães deveriam dizer algo sobre este tema. O concreto é que se a Ucrânia pediu à Reserva Federal a custódia do ouro deve ter noção de que este não lhe será devolvido com a mesma velocidade, tal como está a ocorrer com a Alemanha. Ou seja, o ouro iniciou uma longa viagem, talvez sem volta.

Se os Estados Unidos têm tanto ouro como dizem as estatísticas do World Gold Council, por que não apressam a devolução do ouro à Alemanha? E por que é que a Alemanha não pressiona mais os Estados Unidos para a devolução do ouro? Uma resposta curta é a seguinte: ambos os países pendem por um fio - os Estados Unidos pelo dólar, e a Alemanha pelo euro.
 
A brecha destas moedas fiduciárias põe em perigo a hegemonia destes dois países. E a diferença face a outrora é que nenhum deles pode suportar uma nova guerra para se manter em pé. 
Há que apelar à simples fraude às claras. Os Estados Unidos não têm todo o ouro que declaram (pelo menos, fisicamente), e a Alemanha também não é 100 por cento dona do ouro que diz possuir. 
Ambas as falhas se complementam. Por sua vez, a China durante 2013 comprou 40 toneladas de ouro… por semana.

Kenny Rogers-Coward of the county

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