domingo, 16 de outubro de 2016

Uma olhadela pelo livro de José António Saraiva ex-diretor do EXPRESSO

 
Dá-nos logo esta pérola: Promiscuidade entre a JUSTIÇA e o poder político. Vejam só:

 Passam três anos. Em 2010, Freitas do Amaral telefona-me dizendo que tem uma «bomba» para me confiar. Encontramo-nos no Grémio Literário, na Rua Ivens, ao Chiado, um clube de elite cheio de recordações que nos remete para outra época-onde pontificavam Ramalho Ortigão ou Eça de Queiroz (que ali localizou cenas de Os Maias).

  Nesse encontro meio furtivo, sentados num banco forrado de veludo situado num lugar esconso, rodeado de reposteiros e madeiras escuras, Freitas denuncia o então procurador-geral da República, Pinto Monteiro, acusando-o de almoçar semanalmente num restaurante discreto com Proença de Carvalho o advogado de Sócrates. Ou seja:segundo Freitas, numa altura em que Sócrates é acusado na imprensa de vários crimes, o acusador público e o advogado do suspeito juntam-se todas as semanas. O pretexto é serem cunhados. Mas só falam ao almoço em assuntos de família? Não falam dos processos e das suspeitas em curso? Vivem noutro mundo?

 O simples facto de se saber que o PGR e o advogado de José Sócrates se encontram regularmente será uma bela notícia. Até porque Pinto Monteiro dá continuados sinais de estar a proteger o ainda primeiro-ministro. Mas Freitas do Amaral pede-me para não dizer nada enquanto não me der luz verde. E eu respeito a combinação. Só que a luz verde nunca chegará.




 Tendo alegado motivos de saúde (verdadeiros) para deixar de ser ministro de Sócrates, a verdade é que Freitas do Amaral nunca se sentiu muito confortável nesse Governo.  E faria mesmo, mais tarde, críticas públicas àquele que fora seu primeiro-ministro.

  Mas a prova mais clara desse desconforto-daquilo que uns anos depois, Freitas pensava de José Sócrates- foi um cartão que me enviou em fins de 2011. Reagindo a um artigo meu publicado no Sol, onde eu comparava Sócrates a um jogador de casino, que vai apostando tudo sempre na esperança de ganhar e no fim acaba sen nada, Freitas envia-me um simpático cartão-de-visita onde se lê:


O Diogo Freitas do Amaral
com um abraço amigo, felicita-o vivamente pelo artigo de 4.11, porventura um dos seus melhores de sempre. Creio que acertou no alvo: o J. S. foi um ateu sempre à espera de um milagre

 Depois disto, Freitas aproximar-se-á ainda mais da esquerda, apoiando António Costa nas eleições de 2015- e, a seguir às eleições, defendendo (depois de uma primeira reação contrária) o Governo  socialista apoiado pelo Partido Comunista e pelo Bloco de Esquerda.» Eu e os políticos pág. 87








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Fidel escuta explicações da sua tradutora durante a entrevista

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