MP acusa José António Saraiva de devassa da vida privada
MP acusa José António Saraiva de devassa da vida privada
Em causa está o livro "Eu e os políticos". Jornalista diz que acusação "não faz sentido nenhum" O Ministério Público acusou o jornalista José António Saraiva de devassa da vida privada, na forma continuada, pela publicação do livro "Eu e os políticos", lançado em setembro de 2016. José António Saraiva disse à Lusa que a acusação "não faz sentido nenhum", já que se limitou a "contar um episódio verdadeiro que não foi contestado", que deu origem a uma queixa da também jornalista Fernanda Câncio.Em causa estão dois parágrafos do livro que Fernanda Câncio considera "uma invasão da sua vida privada" e "um ilícito civil e criminal".O autor contrapõe, dizendo que "não descreveu as fotografias, nem o conteúdo das mesmas".O MP requereu o julgamento em tribunal singular do jornalista, considerando que há indícios de que "o arguido, em livro que escreveu e foi publicado, narrou factos relativos à vida privada dos queixosos, que não se revestiam de interesse histórico ou público", indica a página na internet da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa.Na opinião de José António Saraiva, atual consultor do semanário Sol, "há um conjunto de equívocos quer quanto à violação da vida privada quer em relação à falta de interesse público" do livro."Um livro de memórias não tem interesse público", questiona, dando como exemplo os livros publicados pelos antigos Presidentes da República Jorge Sampaio e Cavaco Silva.Entretanto, o Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) ordenou, em março, à editora Gradiva que recolha dos distribuidores, no prazo de 20 dias, os exemplares do livro "Eu e os políticos".A decisão do tribunal foi proferida no âmbito de uma providência cautelar apresentada por Fernanda Câncio, que pedia a imediata apreensão de todos os exemplares do livro, bem como a sua proibição de venda. (Dn.pt)
O trecho polémico contestado por Fernanda Câncio
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