Vasco Cardoso explica como funcionam os Órgãos de informação portugueses alinhados com a desinformação dos EUA
É sabido que o alinhamento das principais notícias sobre a situação internacional nos principais órgãos de comunicação social há muito que deixou de corresponder a uma procura séria e rigorosa da informação. Seja nas televisões, seja nos jornais, seja também nas chamadas redes sociais na internet – onde é reproduzido no essencial o conteúdo veiculado pelos media – os elementos informativos multiplicam-se à escala planetária com uma força tal que as mesmas notícias, as mesmas imagens, os mesmos depoimentos, os mesmos protagonistas, as mesmas fontes, as mesmas organizações citadas, os mesmos «factos», são tratados de igual maneira, seja em Portugal, nos EUA, no Brasil, na Austrália, etc.Falar-se de uma grande central de propaganda é pouco, pois aquilo a que assistimos, de uma forma cada vez mais impressiva e refinada, são a poderosíssimos meios de manipulação ideológica capazes de transformar as vítimas em carrascos, os agressores em ofendidos, os ladrões em espoliados. De pouco servem exemplos históricos não muito distantes, como a manipulação que foi usada para “legitimar” a agressão dos EUA ao Iraque, com as chamadas provas irrefutáveis da existência de armas de destruição maciça que afinal se confirmou não passarem de um pretexto para o início da guerra. Para trás ficaram centenas de milhar de mortos, um país destruído e um povo em sofrimento a quem as televisões do império tratam agora com esquecimento. Tal como se esqueceram dos povos da Líbia, do Afeganistão ou da Palestina, cuja situação actual não constitui nem factor de indignação, nem sequer uma presença, ou menos discreta, nos alinhamentos noticiosos.Notícias como as da utilização de armas químicas pela Síria contra o seu próprio povo, como a criação de campos de concentração para homosexuais na Rússia, como a ameaça de um ataque à Coreia do Norte aos EUA, surgem e difundem-se, muitas vezes sem qualquer preocupação de confirmar a sua veracidade, sem contraditório, apenas com intuito de criar um ambiente favorável a objectivos sinistros e a isolar as forças progressistas e revolucionárias que lutam pela paz. É preciso estar atento e não ir na onda.
Sobre a visão do dirigente do PCP Vasco Cardoso sobre o posicionamento editorial da imprensa portuguesa, com certeza que se revê mais na "independência" editorial vigente na antiga URSS ou na actual Coreia do Norte. O camarada José Manuel Coelho também revê-se nesses modelos. Umas férias na Coreia do Norte faziam-lhe um bem a essa cabecinha pensadora.
ResponderEliminarPuxa vida! Mas que anticomunismo primário tem este anónimo comentador das 08:52!
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