sexta-feira, 12 de maio de 2017

Tachismo e nepotismo:Cafôfo igual ao PSD de Rubina Leal

Escavadora de luxo

Gil Canha




No último mês de Março, li neste magnífico blogue um escrito do K-Viveiros onde ele denunciava a falta de cuidados com as máquinas pesadas que trabalham na Estação de Transferência dos Viveiros, nomeadamente as retroescavadoras que compactam os resíduos nos contentores. E o referido K-Viveiros sentenciou profeticamente o seguinte:
“Como a segunda máquina também está avariada, a Câmara resolveu esta segunda-feira alugar uma outra máquina para fazer o trabalho. E são máquinas e camiões pesados a avariarem constantemente (…), e a Câmara a alugar… alugar… que até já existem pessoas a desconfiar que há negócio por detrás de tanta avaria…”


Infelizmente, o K- Viveiros do sr. Luís Calisto tinha absoluta razão, porque há de facto uma marosca à volta do aluguer destas máquinas. Desde Outubro do ano passado que tem sido estranhamente alugada a uma empresa da freguesia dos Canhas uma máquina retroescavadora que costuma estar parqueada nos Viveiros, e que avança quando as máquinas da Câmara avariam. Os funcionários da estação chamam à retroescavadora o “abutre”, porque está sempre ali à espreita. 
E de quem é “o abutre”?
É de uma empresa chamada “Carlos Pessegueiro, Unipessoal Lda”, NIF 5112427788, sedeada na Trav. do Lombo do Meio, n.º 1, Canhas, Ponta do Sol. O dono da empresa é irmão da anunciada candidata socialista à Câmara Municipal de Ponta do Sol, Célia Pessegueiro, que por sua vez é mulher de Vítor Freitas, ex líder do PS, apoiante incondicional de Paulo Cafôfo, e chefe da “seita” que pretende derrubar a actual direcção do PS/Madeira, de Carlos Pereira. Outro dado curioso é que a Vereadora responsável pela Estação dos Viveiros, Idalina Perestrelo, é cunhada de Célia Pessegueiro, cujo irmão é o dono do tal “abutre” mecanizado.
Com tantas empresas no concelho do Funchal que alugam este género de equipamentos, os funcionários da Estação de Transferência dos Viveiros acharam estranho vir de tão longe a dita máquina, ainda para mais de uma empresa desconhecida do meio. E desde Outubro de 2016, até Abril deste ano, a empresa de Carlos Pessegueiro já facturou pelo aluguer do tal “abutre” à CMF o valor total de € 19.471,20. Sem contar com uma factura no valor de € 3.361,10 que a Câmara de Cafôfo pagou a Carlos Pessegueiro, em Fevereiro deste ano, relativa a umas limpezas que foram feitas numas moradias afectadas pelos incêndios de Agosto de 2016.  
O mais escandaloso é que Paulo Cafôfo tem utilizado a Câmara Municipal do Funchal para “comprar” apoios junto da tal “seita” socialista liderada por Vítor Freitas, e assim tomar de assalto o PS/Madeira. Arranjou empregos milionários na Frente Mar aos socialistas Sérgio Abreu, Bruno Ferreira (actual Presidente da Junta de Freguesia de S. Gonçalo) e ao filho dum Presidente de uma Câmara socialista do norte da Ilha; tem facilitado os negócios jurídicos autárquicos, por ajuste directo, da sua adjunta Andreia Caetano, esposa de Duarte Caldeira, Presidente de Junta de São Martinho; numa manobra de charme, comprou dezenas de garrafas de champanhe “Terras do Avô” a Duarte Caldeira pai, que continua a ser uma pessoa muito influente no PS/Madeira; e, além de outros mimos a vários “peões de brega” do PS, Paulo Cafôfo tem apoiado com milhares de euros a Associação ECA, actual responsável pela organização do Festival Literário da Madeira e do Festivalinho, cuja agente de ligação, imagine-se, é Célia Pessegueiro.  
Arregimentando por via do “doce mel” esta estranha clientela política, compreendo o assombro e o temor que as pessoas honestas do PS/Madeira sentem quando estes “cafofianos” investem. Quem leu o recente artigo de Luís Vilhena ou ouve relatos de certos militantes do PS fica com uma ideia muito aproximada de como seriam as arremetidas dos famosos Janízaros turcos, quando no séc. XVI atacavam aldeias cristãs na Bósnia.
Carlos Pessegueiro


 http://www.base.gov.pt/base2/rest/documentos/261032
A
 vereadora Idalina Perestrelo Luís

1 comentário:

  1. Não vi esta notícia no DN. E se não sai no DN não existe.

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