Mário Castrim teve uma história digna de um livro próprio, enaltecido pelos colegas do Diário de Lisboa, como Mário Zambujal, Cesário Borga ou Alice Vieira, a segunda e última esposa, testemunhos que estão disponíveis na dissertação de mestrado do autor. O que mais elogiam é a extrema inteligência do jornalista, o seu sentido crítico e a sua posição invencível, porque apesar de todos os constrangimentos do regime de Salazar, Mário Castrim não vergou perante tantos lápis azuis e continuou a apresentar reflexões críticas sobre a televisão, esse novo meio de comunicação, ao denunciar artifícios de linguagem e manipulações. Mais tarde, após o fecho do Diário de Lisboa, Castrim integrou o semanário Tal & Qual, onde manteve o seu “Canal da Crítica”.(mais Lisboa)
«Como afirmou o Sindicato dos Jornalistas «ficará na nossa memória como homem culto e lúcido cidadão comprometido com o seu tempo e fiel às suas convicções.
Frágil de saúde tinha a têmpera do lutador, do intelectual revolucionário. Tendo sido ao longo de décadas o mais antigo colaborador do Avante!, enviando os seus poemas semanalmente e até ao fim da sua vida.
Permitam-me que neste acto comemorativo do centenário do nascimento de Mário Castrim formule uma saudação particular à sua companheira de vida, a escritora Alice Vieira que quis estar presente nesta iniciativa.
A usura do tempo por vezes leva ao esquecimento. Mas Mário Castrim não será esquecido. Naturalmente pela sua obra intelectual, mas acima de tudo pelo cidadão lutador que foi numa vida toda, exemplo de coragem e determinação, que nos marcou, e nos dá força nestes tempos tão exigentes e complexos.» (FONTE)
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