segunda-feira, 31 de agosto de 2015
18º aniversário do desaparecimento da Princesa do povo
31 de agosto de 1997, Paris. Perseguido por paparazzi, o carro que transportava a princesa Diana perdeu o controlo no túnel Pont de l’Alma. O resultado foi fatal. Com ela viajavam o guarda- costas Trevor Rees- Jones ( o único sobrevivente), Dodi al- Fayed, amigo próximo e apontado como o seu namorado, e o motorista Henri Paul. O choque e o frenesim mediático foram imediatos, mas poucos foram os repórteres que estavam no local certo à hora certa para relatar o sucedido. Já lá vão 18 anos.
Entrevista do candidato do PTP, José Manuel Coelho ao Diário de Notícias do Funchal
“A Assembleia está infestada de gente corrupta”
Entrevista com José Manuel Coelho
(Publicada no dia 26 de Agosto de 2015) conduzida pelo jornalista miguel Fernandes Luís
Coelho quer combater a “perseguição fiscal que a Autoridade Tributária faz aos madeirenses”. FOTO JOANA SOUSA /
Cabeça-de-lista do PTP pretende levar o seu megafone para a Assembleia da República
Mais uma vez o senhor é o cabeça-de-lista do PTP às eleições pela Madeira. Não há mais ninguém a representar o PTP?
O PTP tem alguns quadros preparados para ocupar este lugar, mas eu preciso de ser eleito à Assembleia da República porque o meu trabalho ainda não está feito como democrata e como revolucionário. É preciso levar o meu megafone para aquela Assembleia e agitar as águas.
Vai levar o megafone para a Assembleia da República caso seja eleito?
Sim, com certeza. Podemos comparar a Assembleia àquilo que era o templo no tempo de Jesus. A casa de oração estava convertida numa casa de negócios. Então Cristo teve que pegar no azorrague [chicote] e afugentar os vendilhões do templo.
E o parlamento é uma casa de negócios?
É. A Assembleia da República está infestada de gente corrupta, de deputados que são eleitos pelos três partidos do sistema (PSD, CDS e PS) e que pertencem às grandes centrais de negócios do país, nomeadamente aos grandes escritórios de advogados. Eles [escritórios de advogados] é que fazem as leis que os deputados aprovam no parlamento. Essas leis beneficiam três ou quatro por cento dos portugueses, nada mais. São leis feitas a pensar nos grandes negócios do sistema e eu vou para lá para combater isso.
Quais são as grandes prioridades desta candidatura do PTP?
Eu tenho várias ‘bandeiras’. Uma delas é o combate à perseguição fiscal que a Autoridade Tributária faz aos madeirenses e portossantenses. Vou defender a isenção do IMI e do pagamento de taxas moderadoras para os ex-combatentes do ultramar. Depois, vou apresentar uma lei que impeça os agentes de execução de penhorar as reformas aos idosos. Isso não se pode admitir, porque a reforma é uma coisa sagrada. Outra prioridade é tornar o subsídio de desemprego extensível aos jovens à procura do primeiro emprego. Também queremos acabar com as reformas de miséria. As reformas têm que ser, pelo menos, no valor do salário mínimo.
Isso tem custos e o país está em dificuldades. Onde vai buscar o dinheiro para concretizar essas medidas?
O país tem dinheiro, porque o país tem centenas de milhões de euros para as parcerias público-privadas, com concessionários que têm contratos leoninos com o Estado Português, como a Lusoponte, a Brisa, a Fertagus e alguns hospitais privados. Esses consórcios, feitos por banqueiros, lesam o país e esse dinheiro chegava para dar essas benesses aos nossos reformados.
Conta ser eleito para defender estas causas, mas a verdade é que parte com uma base eleitoral modesta. Há quatro anos teve 2.992 votos na Madeira. Para ser eleito terá de quadruplicar a votação…
Vou conseguir, vou conseguir. As pessoas que querem um deputado agachado a Lisboa ou que entra no parlamento mudo e sai calado têm os outros 14 partidos para votar. Os madeirenses só elegem 6 deputados à Assembleia da República e eu quero ser um desses. Serei o único que irá para lá defender a Madeira, porque os outros vão para se agachar aos directórios dos partidos.
Avalia de forma negativa o desempenho de todos os deputados madeirenses à Assembleia da República?
O Rui Barreto teve uma tomada de posição corajosa, mas agora o CDS não o quer. O CDS prefere pôr o José Manuel Rodrigues que é o cabeça-de-lista do grupo Sousa. O José Manuel Rodrigues gastou quase todo o dinheiro do partido para apoiar o JPP, para eles ganharem a Câmara de Santa Cruz. Agora anda teso e precisa de ser o candidato do CDS para agradar ao grupo Sousa, que lhe está a financiar a campanha.
O PTP perdeu um deputado e mais de metade do que recebia do jackpot. A redução do financiamento condiciona a forma como vão fazer campanha?
Claro, porque nós já não temos os mesmos meios. A nossa campanha será modesta nos meios mas activa. A campanha vai ser porta a porta, falando com as pessoas, porque nós não temos os meios que os grandes partidos da burguesia têm, com cartazes gigantes. Os partidos do grande capital (PS, PSD e CDS) têm dinheiro porque têm os empresários a lhes dar pela ‘porta do cavalo’.
A campanha do PTP a nível nacional teve de ser reprogramada devido à gravidez da cabeça-de-lista, Joana Amaral Dias. Esta situação também teve implicações na campanha regional?
Isso não altera nada. Isso ainda traz mais votos, porque as mulheres do país inteiro vão se solidarizar com a nossa camarada. Ela é mãe e vai defender as mulheres na Assembleia da República, pois os direitos delas muitas vezes não são respeitados nas empresas.
Qual o diagnóstico que faz do país após estes quatro anos de governação PSD/CDS?
Foram quatro anos perdidos, durante os quais a esquerda não soube desmascarar a direita. Agora há o risco da direita ganhar novamente as eleições. O PS comporta-se como um partido do sistema, onde vemos guerras internas com o António Costa a tomar à força o lugar de líder nacional que era do [António José] Seguro. Agora é aquela história dos cartazes. Vê-se que o PS não é partido que esteja à altura de afastar o PSD do poder. A direita, com a sua demagogia, diz que o país estava de pantanas porque o engenheiro Sócrates deixou isto falir e que está preso... O engenheiro Sócrates está preso não por causa das ‘luvas’ que recebeu e dos negócios que facilitou mas por tirar regalias aos juízes.
Pedi-lhe um diagnóstico da situação do país e não da oposição…
O país modernizou-se. Fizeram estradas por todo o país mas a parte económica foi um desastre. O país regrediu 30 anos. Na década de 1980 tínhamos indústrias mas tudo isso a direita destruiu ou entregou ao grande capital. A última coisa foi agora a TAP.
Que opções de política governativa gostaria de ver concretizadas nos próximos quatro anos?
O caminho que o país tem que seguir é pôr a direita fora do Governo e retornar aos ideais de Abril. O Estado Português tem que orientar a sua economia para a produção nacional, para valorizar aquilo que é português. Não é Bruxelas que vai dizer o que é que nós devemos ou não produzir.
Portugal deve sair da União Europeia?
Se for preciso, temos que sair da UE. Porque não?! Repare, Bruxelas agora até impõe a quota de pesca. Portugal não tem futuro na UE porque existe um desfasamento económico entre os países desenvolvidos do norte e os países do sul. Nós compramos quase tudo e pouco vendemos. Ora a nossa balança comercial tem um défice de tal ordem que é insustentável.
As conclusões de um "Socialista" vendido ao capital
publicado na edição do DN/Madeira no dia29 de Agosto de 2015
"Lei Barreto é o gesto político de que mais me orgulho" Ver entrevista do camaleão Xuxialista AQUI
«Foi neste ambiente marcado pelo crescendo de dúvidas e incertezas que a reforma agrária passou a integrar da Constituição da República em 2 de Abril de 1976. A publicação da chamada "Lei Barreto" (Lei 77/77 - Lei de Bases da Reforma Agrária) veio anunciar o fim da experiência fundiária. A nova legislação forçou os trabalhadores a entregar herdades acima dos 500 hectares de sequeiro e 50 hectares de regadio. A derrota do processo de transformação da propriedade no Alentejo já se vislumbrava.» (público)
domingo, 30 de agosto de 2015
O Juíz colonial fascista Paulo Barreto afinal diz que vai resolver o imbróglio da agente de execução Maria João Marques
Na edição de ontem do Jornal da Madeira o juíz presidente da Comarca da Madeira, disse que iria resolver o caso das 3500 execuções feitas pela agente de execução Maria João Marques que burlaram outros tantos madeirenses e portossantenses. Este Juíz arrogante e cheio de si; é meio comunista e meio colonial fascista. Diz que é de esquerda, do PCP; mas a sua relação com o partido é esta: «não reune com o PCP, mas sim o PCP é que reune com ele», o que é uma coisa muito diferente. Para nós não passa de um agente colonial ao serviço do governo central- de Lisboa. Recebe uma pipa de massa para o desempenho das suas funções. Como juíz presidente da Comarca da Madeira, este pardalão encaixa 6 mil euros por mês, fora outras alcavalas e privelégios. Ajudas de custo para tudo. Viagens gratuitas em tudo o que é transportes públicos e até subsídio para a renda da casa: 800 euros livre de impostos. Pois claro!
foto da agente de execução Maria João Marques, denunciada pelo deputado José Manuel Coelho
sábado, 29 de agosto de 2015
A luta do candidato do PTP em Câmara de Lobos
Acção política centrou-se em Câmara de Lobos, em contactos com a população e promessas eleitorais
O Partido Trabalhista Português (PTP-Madeira) realizou hoje mais uma acção de pré-campanha, em que o contacto com a população de Câmara de Lobos foi privilegiada para passar a mensagem dos principais problemas que os madeirenses e portossantenses sentem no seu dia-a-dia.
Segundo o cabeça-de-lista do PTP, José Manuel Coelho, a escolha da "pitoresca localidade, postal da Madeira em todo o mundo", deveu-se à importância "do problema das pescas e do problema da agricultura", esclarecendo que "quando eu for eleito pelos madeirenses e portossantenses à Assembleia da República, vou combater as leis do CDS que prejudicam os agricultores e os pescadores madeirenses. A lei que o CDS fez, junto com o PSD na Assembleia da República, é penalizadora para os pescadores de Câmara de Lobos, que não podem pescar a gata, o conhecido 'bacalhau' de Câmara de Lobos que as pessoas de cá e os turistas muito apreciam", lembrou.
Quanto aos agricultores, estes "têm de estar colectados, o que é um transtorno pois é obrigado a apagar à Caixa e muitas vezes, a colheita dos seus produtos vendidos, não dá para essa despesa", frisou José Manuel Coelho.
Sobre outros objectivos, "vamos também defender na Assembleia da República algumas ajudas para os ex-combatentes do Ultramar, nomeadamente a isenção do pagamento de IMI, o Imposto Municipal sobre Imóveis, e também que os nosso antigos combatentes sejam isentos de pagar as taxas moderadoras na Saúde e para que possam beneficiar de um subsídio para terem um passe mais barato para usarem os transportes públicos", prometeu. "Achamos que a Pátria deve essa ajuda aos antigos combatentes".
Por fim, o candidato garante que vai lutar, "naturalmente, para que as reformas baixas sejam, no mínimo, de 500 euros, ou seja o ordenado mínimo nacional, acabando com as reformas de miséria, em que 200 euros nem dá para remédios e é uma situação que tem de acabar para termos um país decente", explicou. "Portanto, que o rendimento social de inserção possa ser atribuída a mais pessoas que precisam, uma vez que há desempregados de longa duração, que já não recebem o subsídio de desemprego, possam ser ajudados", atirou como última promessa.(dnoticias)
quarta-feira, 26 de agosto de 2015
terça-feira, 25 de agosto de 2015
As miragens dos chamados movimentos sociais são uma subversão do Socialismo
Em períodos de recessão, as vitórias dos "novos movimentos sociais" não só desaparecem como revelam-se miragens. Como não é possível qualquer desvio das necessidades da acumulação capitalista, assim os "direitos sociais" revelam-se serem destituídos de substância ou absolutamente "seguros" para o sistema social, mesmo durante períodos de repressão social. Esta é a era na qual o casamento gay pode ser percebido como uma reivindicação muito menos radical do que o direito a uma casa ou a cuidados médicos, porque estes últimos têm um custo para o capital, ao passo que o primeiro exige apenas um "ajustamento ideológico" no estado burguês. (leia mais AQUI)
Comentário de um leitor que parece conhecer bem o PS/Madeira por dentro:
«O que dizer deste partido socialista da madeira que foi buscar toda a "socapa" que não presta e que estava reformada e na prateleira para conseguir preencher listas e cadeiras vazias para ouvir o pavão do Carlos Pereira! Dia 4 de Outubro vai ser um tremor de terra na rua da alfandega nº 64! Carlos Pereira é um empregado de Jaime Leandro, o "Jaime ramos" do PS, o homem dos 1001 testas de ferro em várias empresas que depois vendem serviços ao partido e às camaras governadas pelo PS. Victor Freitas e Célia Pessegueiro também fazem parte da sociedade. E cuidado com eles que deitam poses e andam no bruxedo por isso já fizeram a folha a vários líderes do partido que não os deixavam fazer o que eles queriam.»
Estadão
Coelho candidato do PTP em acção em defesa dos antigos combatentes do Ultramar
O cabeça de lista do PTP Madeira à Assembleia da República esteve hoje junto às finanças denunciando o colonialismo de Lisboa, o qual tem prejudicado a economia da Madeira, através de uma grande carga fiscal para os pequenos empresários e famílias enquanto as grandes e empresas e bancos estão nos paraísos fiscais.
PTP nas ruas em contacto com a população.
Direito de escravizar
A Amnistia Internacional anunciou na semana passada que passou a defender a «descriminalização» daquilo a que chama a «indústria do sexo» e dos «trabalhadores sexuais». Afirma mesmo que «a criminalização do trabalho do sexo entre adultos com consentimento pode conduzir a um aumento das violações dos direitos dos trabalhadores do sexo».Ou seja: uma das organizações não-governamentais de defesa dos direitos humanos mais famosas e promovidas do mundo considera que o que viola os direitos humanos é a legislação que proíbe a exploração da prostituição e não a exploração sexual em si. É mais ou menos como se dissesse que a proibição da escravatura viola a liberdade do escravo poder querer ser escravo. (fonte: nosso editor de política internacional)
Coelho candidato do PTP um deputado dinâmico que está intimamente ligado ao povo
O cabeça de lista do PTP Madeira à Assembleia da República esteve hoje junto às finanças denunciando o colonialismo de Lisboa, o qual tem prejudicado a economia da Madeira, através de uma grande carga fiscal para os pequenos empresários e famílias enquanto as grandes e empresas e bancos estão nos paraísos fiscais.
vota no coelho
Posted by José Manuel Coelho on Terça-feira, 25 de agosto de 2015
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
Edmundo Pedro e Gabriel Pedro, seu pai fugiram do Tarrafal em 1943 à revelia das ordens do PCP
Edmundo Pedro – Tomei parte em duas fugas, uma colectiva, organizada pelo PCP, outra à margem do Partido. O PCP reservava-se o direito de escolher quem é que devia fugir. Como membro do partido, submetia-a à sua disciplina. Eu estava de acordo com esse princípio, porque achava que quem devia tentar fugir eram aqueles que faziam mais falta cá fora, os quadros mais importantes, mais experientes. A certa altura convenci-me que eles não fugiam nem deixavam fugir. Que a disciplina do partido era mais impeditiva da fuga que os guardas, o arame farpado, a vala, o talude, os sentinelas. Porque é que haveria de aceitar uma disciplina que era totalmente inoperante? Então pensei que a única maneira era calar-me, organizar uma fuga sem dizer nada. Juntámo-nos cinco, eu, o meu pai e mais três companheiros. Foi em 1943. (veja toda a entrevista AQUI)
A fuga foi decidida à revelia da organização prisional do PCP (a que pertencia), porque a estrutura reservava o direito de escolher quem devia fugir. Durante muitos anos, acatei a orientação, mas, às tantas, convenci-me que eles não fugiam nem deixavam fugir. E a disciplina partidária era um obstáculo mais forte que o arame farpado.Qual era o plano?
Aproveitava-se haver um barco de cabotagem que passava pela ilha de Santiago, em Cabo Verde, uma vez por mês. Tínhamos quatro horas até darem pela saída para chegar ao barco, tomar conta dele e rumar em direcção ao continente africano. Só por grande azar é que não conseguimos. Falhou por uma coisa estúpida. (veja toda a entrevista AQUI)
À esquerda, Margarida, a mãe de Edmundo Pedro
Como surgiu a ideia de fugir da ilha? A fuga foi decidida à revelia da organização prisional do PCP (a que pertencia), porque a estrutura reservava o direito de escolher quem devia fugir. Durante muitos anos, acatei a orientação, mas, às tantas, convenci-me que eles não fugiam nem deixavam fugir. E a disciplina partidária era um obstáculo mais forte que o arame farpado.Qual era o plano?
Aproveitava-se haver um barco de cabotagem que passava pela ilha de Santiago, em Cabo Verde, uma vez por mês. Tínhamos quatro horas até darem pela saída para chegar ao barco, tomar conta dele e rumar em direcção ao continente africano. Só por grande azar é que não conseguimos. Falhou por uma coisa estúpida. (veja toda a entrevista AQUI)
domingo, 23 de agosto de 2015
Privilégios dos juízes em Portugal
Quanto ganhará o Juíz Paulo Barreto à frente da organização colonial fascista da Comarca da Madeira.Talvez uns 6 mil euros mês o pardalão!
Privilégios dos magistradosOs magistrados portugueses beneficiam de um conjunto de regalias profissionais que constituem verdadeiros privilégios quando comparadas com as de outras funções do estado. E o que é mais escandaloso nem é tanto a existência desses privilégios (sempre os houve em Portugal), mas sobretudo a desfaçatez com que os próprios magistrados os negam, quase sempre apoiados por bem oleadas máquinas de propaganda mediática e recorrendo mesmo a puras falsidades.
Uma das mais repetidas falsidade consiste em afirmar que os juízes portugueses são dos mais mal pagos da União Europeia e que o próprio Conselho da Europa o teria reconhecido. Ora, de acordo com um estudo divulgado por esse organismo em 2010, os juízes portugueses em início de carreira auferiam, em 2008 (ano a que se refere esse estudo), 34 693 euros por ano, o que equivale a 1,7 vezes o salário médio de Portugal. Esse rácio é superior aos da Áustria e da França (1,1 salários médios cada), da Holanda (1,4), da Finlândia (1,5), da Bélgica (1,6) e Dinamarca (1,6). Tudo isso dando de barato que o ordenado médio nacional é de aproximadamente 20.000 euros anuais, o que não é verdade, pois ele é até bastante inferior.
Mas a desigualdade é ainda maior quando se faz a mesma comparação com os juízes em fim de carreira. Estes ganhavam, no mesmo ano, 83 401 euros por ano, o que equivale a 4,2 salários médios, o que é bastante superior ao que ganhavam os juízes da Holanda (2,3 vezes a média salarial), Dinamarca (2,3), Áustria (2,6), Islândia (2,7), Suécia (3,2), Noruega (3,2), Luxemburgo (3,3), Finlândia (3,3), França (3,4) e Bélgica (3,5).
Os juízes portugueses são, assim, bem melhor remunerados do que os seus colegas dos países mais desenvolvidos da Europa, se compararmos os níveis de vida e as capacidades económicas de cada país.
É óbvio que essas remunerações só se tornam privilégios quando comparados com a média das remunerações praticadas em Portugal e não com as remunerações dos juízes dos países desenvolvidos da Europa, muito mais ricos do que nós. Nestes países todos ganham mais do que em Portugal, a começar pelos chefes de Estado, passando pelos governantes, deputados e acabando nos mais humildes trabalhadores do sector privado. Comparar o vencimento de um juiz português com o de um suíço ou de um alemão em termos absolutos é misturar falaciosamente realidades diferentes que só pode servir para confundir os incautos ou então para sustentar agendas reivindicativas totalmente desfasadas das realidades económicas do nosso país.
Porém, onde o privilégio se torna chocante é quando comparamos os vencimentos dos magistrados com os das restantes funções do Estado em Portugal.
Os juízes de primeira instância com cerca de 15 anos de serviço ganham mais do que um general das Forças Armadas no topo da carreira com mais de 40 anos de serviço. E se for um juiz de círculo (último escalão da primeira instância), a diferença é de cerca de mil euros a mais. Por outro lado, um juiz com apenas três anos de serviço ganha mais que um professor catedrático em dedicação exclusiva numa universidade pública com dezenas de anos de serviço, mais do que um director de serviço num hospital do estado e mais do que qualquer funcionário superior da administração pública em fim de carreira.
Outra das falsidades em que os juízes mais insistem é na de que não são aumentados há cerca de 15 ou 20 anos. Ora, os magistrados sempre foram aumentados todos os anos nos mesmos termos e percentagens em que o foram o presidente da República, o primeiro-ministro, o presidente da Assembleia da República e todos os restantes servidores do Estado. O aumento dos magistrados é automático e reporta-se sempre a 1 de Janeiro de cada ano, ao contrário do que sucede com os funcionários públicos cujos aumentos, em alguns anos, só entraram em vigor meses depois.
O que os juízes têm pretendido com essa falsidade é obter aumentos muito maiores do que os dos restantes servidores do Estado, incluindo o próprio presidente da República, unicamente porque se julgam superiores a todos os outros. Mas como não conseguiram esses aumentos, estão permanentemente a afirmar, com todo o descaramento do mundo, a mentira de que têm os seus vencimentos congelados.
Segunda parte da análise:
Segunda parte da análise:
Vimos na crónica anterior como são elevados os vencimentos dos magistrados portugueses quando comparados com as remunerações de outros servidores do Estado, nomeadamente militares e professores do Ensino Superior e, sobretudo, quando são olhadas à luz das capacidades económicas do país.
Mas, há outro aspecto relevante e que é pouco conhecido do público. Trata-se do apertadíssimo leque remuneratório existente na magistratura judicial. Com efeito, os vencimentos dos magistrados têm vindo a ser uniformizados, chegando-se já ao ponto de a diferença entre o vencimento base do presidente do Supremo Tribunal de Justiça e o dos juízes dos tribunais de círculo (primeira instância), ser apenas de cerca de 500 euros.
Esse facto resulta da circunstância de haver um tecto remuneratório correspondente ao vencimento fixado para o presidente da República que limita os aumentos dos vencimentos dos juízes dos tribunais superiores, enquanto os dos outros magistrados, sobretudo os de 1.ª instância, têm uma margem de aumento muito maior. Se as coisas continuarem assim, não tardará muito para que a maioria dos magistrados tenha uma remuneração muito semelhante à do presidente do STJ. Essa é outra consequência do sindicalismo nas magistraturas.
Sublinhe-se que, só com as remunerações dos magistrados, o Estado português gastou em 2010, mais de 220 milhões de euros, dos quais cerca de 182 milhões com as remunerações certas e permanentes e cerca de 40 milhões com remunerações variáveis e eventuais.
Mas outro dos mais escandalosos privilégios das magistraturas é o subsídio de habitação que os sindicatos querem que passe a ser denominado de subsídio de compensação e que corresponde a milhares de euros anuais, os quais, por decisão dos próprios tribunais, estão totalmente isentos de impostos.
Esse subsídio estava na sua origem ligado a um dos paradigmas mais saudáveis da boa administração da justiça consubstanciado na antiga regra do sexénio, abolida em meados dos anos oitenta, e que consistia na obrigatoriedade de os juízes não poderem permanecer na mesma comarca mais de seis anos. Era a versão contemporânea da figura do «juiz de fora» do século XIV e que pretendia evitar que as relações pessoais dos juízes pusessem em causa a boa administração da justiça.
Com efeito, é de meridiana evidência que um juiz residente durante muitos anos na mesma localidade chegará a um ponto em que, por muito honesto que seja, acaba por não poder fazer boa justiça, precisamente por não se libertar das ligações pessoais e familiares, bem como das amizades e inimizades que a prolongada permanência no mesmo local sempre origina.
É óbvio que o sexénio obrigava a grandes sacrifícios, a que o Estado respondia com a atribuição aos juízes de alguns direitos extraordinários, tal como as casas de função, ou seja, residências mobiladas e totalmente gratuitas. E quando não havia residência do Estado, então os magistrados recebiam uma quantia em dinheiro para eles custearem as despesas de habitação.
Porém, os magistrados acabaram com a regra do sexénio, mas mantiveram o subsídio para a habitação.
Ultimamente, os juízes têm tentado transformá-lo numa parte do vencimento, chamando-lhe subsídio de compensação (compensação de quê?), embora seja óbvio que ele só se refere à habitação, pois os magistrados a quem o Estado atribuiu casa não o recebem.
Ou seja, além da remuneração que é das mais elevadas do Estado (basta ver que cerca de 95% de todas as pensões de reforma superiores a 5.000 euros por mês que o Estado paga, incluindo as dos titulares dos restantes órgãos de soberania, são de magistrados), ainda recebem um subsídio pago, indistintamente, a todos os magistrados, incluindo aqueles que já estão aposentados ou os que vivem em casa própria ou de familiares. Mesmo aqueles que vivem juntos na mesma casa recebem esse subsídio como se cada um vivesse em casa própria.
Chega mesmo a verificar-se situações em que um casal de magistrados vivendo juntos, a um deles o Estado atribui a casa de função e a outro o subsídio de habitação. Trata-se de situações anómalas que não deviam acontecer ou então que deviam ser corrigidas rapidamente. Mas nesses privilégios não mexe a ministra da Justiça.
Força Sr.ª Ministra!Momentos de descontracção com The War on Drugs
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Ocasião também para recordar o imortal
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Está interdito há cerca de uma década mas continua a ser apontado como fator de morte
Quais os riscos efetivos?
Existem patologias associadas ao contacto direto com o amianto, como a «fibrose intersticial do pulmão, alterações benignas da pleura, tumor benigno e maligno das serosas, tumor dos brônquios e pulmão, bem como outros tipos de patologias pulmonares», revela Mariana Neto. Segundo a especialista, «nem todos os edifícios com amianto constituem perigo imediato para a saúde, dependendo do seu estado de conservação e do material aplicado». (veja mais AQUI)
O líder da Coreia do Norte, Kim Jongun,na quinta deTaedonggang, numa fotografia sem data divulgada na semana passada pela agência oficial KCNA
Alberto João Jardim dá entrevista a Emanuel Silva do Funchal Notícias e diz mal de Sara Madruga
FN: Mas o senhor é que diz que quer tomar a Bastilha?
AJJ: Tomar a Bastilha é o título para um programa em que disse aos portugueses: ‘o meu pensamento para Portugal está aqui. Vocês andam a discutir questões de governo e tal. Isso é uma chachada. É preciso começar a mudar nisto. É preciso devolver a Soberania ao Povo. Fazer um referendo’. Depois disse ‘eu faço isto se for eleito, agora não tenho meios para me candidatar’. Agora estou a dizer ‘se os senhores, em cada aldeia e em cada cidade, organizarem uma comissão e digam ‘muito bem, a gente também está todos fartos disto, avance’, muito bem, o Alberto João avança. Agora figuras de D. Quixote, fazer como o Coelho II [José Manuel Coelho que foi candidato presidencial]….
FN: Coelho que teve 38 mil votos na Madeira quando se candidatou…
(leia toda a entrevista AQUI)
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