quarta-feira, 30 de novembro de 2016

A história repete-se 70 anos depois: Em 1936 mulheres presas na Madeira pelo Salazar. Em 2016 Maria Lurdes no chamado regime "democrático"

 Passados 70 anos a situação das liberdades direitos e garantias, volta à estaca zero em Portugal; regressamos ao Salazarisnmo do século XXI

Maria de Lurdes Lopes Rodrigues, presa em Tires por delito de Opinião em 2016, é a presa nº 4
Em 1936 são 10 camponesas madeirenses presas na cadeia das Mónicas em Lisboa por terem participado na Revolta do Leite descontentes com uma lei do Salazar contra os laticínios.


 Foto acima mostra a relação das presas madeirenses aprisionadas na cadeia das Mónicas











Cadeia das Mónicas onde estiveram presas as mulheres madeirenses

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Miguel Urbano Rodrigues escreveu acerca de Cuba e do glorioso FIDEL

 

O revolucionário cubano não podia então prever que essa situação, que o preocupava, iria manter-se por muitas décadas.

A doença que o levou agora a transferir a chefia do Estado e do Partido para o irmão desencadeou a nível mundial uma avalanche de opiniões contraditórias sobre o homem e a sua intervenção na História. Raramente em vida de um estadista célebre se escreveu e falou tanto sobre ele como agora sobre Fidel.

Ele foi na segunda metade do século XX o dirigente do Terceiro Mundo que maior influência exerceu pela palavra e pela acção no rumo de acontecimentos que marcaram o processo da descolonização e as lutas contra o imperialismo.

A meditação sobre a temática do poder pessoal acompanha-o desde a juventude.

Creio que foi sincero ao definir como perigoso o excesso de autoridade concentrada num dirigente. Foram as próprias circunstâncias da História que o investiram de um poder cada vez maior que não ambicionava.

Fidel tinha lido na universidade os clássicos do marxismo. Estudou-os depois na prisão. Mas a sua opção pelo socialismo resultou do movimento, da dialéctica da História.

O atentado terrorista que fez explodir [o navio] La Coubre e a invasão mercenária de Playa Giron, ideada e financiada pelos EUA, ocorreram numa época em que o brado soy y seré marxista-leninista, que alarmou Washington, expressou mais a decisão de defender a Revolução situando-a no campo socialista, do que propriamente uma opção ideológica.

Fidel insistiu muitas vezes no significado que sempre atribuiu à avaliação da correlação de forças. Ao reconhecer que em Cuba foram cometidos muitos erros tácticos na condução do processo, conclui que não identifica um só erro estratégico importante. O mérito, acrescentarei, é seu.

Já na Sierra Maestra durante a luta armada, ele revelara dotes de um grande estratego. Mas foi posteriormente que, na confrontação permanente com o imperialismo, desenvolveu uma capacidade extraordinária de compreender o movimento da História nos momentos em que o seu rumo se define.

Escolha dolorosa 

Isso aconteceu concretamente na fase crítica em que a Revolução, numa guinada brusca, rompeu com o discurso e a praxis dos anos da utopia para fazer uma escolha dolorosa. Cuba estava à beira do desastre económico e o único país que lhe estendeu a mão foi a União Soviética. Sem essa aliança tudo se teria afundado. Naturalmente o preço foi muito alto. A Revolução entrou num período cinzento – assim lhe chamaram – num processo de burocratização que atingiu duramente a intelligentsia, sufocou o debate de ideias e a criatividade em múltiplas frentes.

Mas não havia alternativa.

Até o Che, o homem novo do futuro, na definição de Fidel, o companheiro entre todos admirado e querido, que tinha sobre o mundo um olhar nem sempre coincidente, reconheceu na sua carta de despedida, ao partir para a aventura africana, que lamentava não se ter apercebido mais cedo das capacidades de liderança e de visão estratégica que faziam do comandante um revolucionário incomparável, único.

Lenine emergiu como um líder incontestado na mais brilhante geração de revolucionários profissionais europeus do século XX. Fidel não foi tão afortunado, nem isso era possível.

O núcleo de quadros revolucionários do Exército rebelde era insuficiente para enfrentar após a vitória os desafios colocados pela História. A geração que acompanhou Fidel forjou-se em circunstâncias muito adversas num pequeno país já bloqueado pelos EUA, vítima de uma guerra não declarada.

A excepção Fidel 

Alguns historiadores criticam em Fidel um voluntarismo que nunca conseguiu dominar. Esse voluntarismo marcou-lhe aliás a intervenção nas lutas do seu povo desde os anos da Universidade. A própria definição que Fidel apresenta do "marxismo martiano" como síntese do materialismo dialéctico e do idealismo que vinha de Luz Caballero y Varela confirma uma evidência: a Revolução Cubana configura um desafio à lógica da História. Assim aconteceu com Moncada, com a aventura do Granma, a luta na Sierra, e o choque posterior com o imperialismo norte-americano. A decisão de resistir e a coragem do povo cubano no combate que confirmou ser possível a resistência serão recordadas pelo tempo adiante como acontecimentos épicos da História da humanidade.

Ora o épico não pode ser explicado pela razão.

Para compreendermos a excepção Fidel, os tratados de ciência política são insuficientes.

Identifico nele uma síntese de heróis mitológicos e de heróis modernos que o inspiraram num batalhar que já se tornou História.

Fidel traz à memória Aquiles, Martí e Bolívar.

Do aqueu e do venezuelano herdou a coragem sobre-humana e a fome dos desafios ao impossível aparente. Mas a sede de glória, que acompanhou Bolívar, nunca o fascinou e a desambição foi sua companheira permanente. Contrariamente a Aquiles não atravessou o mar para destruir as Tróias contemporâneas. A sua gente atravessou um oceano mas para levar solidariedade a povos que se batiam pela liberdade.

Do cubano Martí aprendeu que revolução alguma pode vencer sem fidelidade a uma concepção ética da vida, sem amor pela humanidade. E, por humano, apresenta também alguns defeitos dos três.

Ao escrever estas linhas recordo uma conhecida afirmação sua: o dever do revolucionário é fazer a revolução.

Poucos homens em milénios de História colocaram com tanta coerência a sua vida ao serviço desse objectivo, erigido em infinito absoluto.

Imagino-o na sua cama, no hospital, insensível ao vendaval de calúnias desencadeado pela sua doença e tocado pelo furacão simultâneo de afecto, respeito e admiração.

Os revolucionários de todos os povos, onde quer que se encontrem, desejam-lhe um rápido restabelecimento. Agradecem-lhe o que fez pela humanidade.

Quase carregou o Estado e o Partido às costas em períodos de crise. E isso foi negativo. Por ter consciência da lei da vida, sabe que exigiu de si muito mais do que podia e devia. Exagerou.

Recuperada a saúde, poderá ser ainda por longos anos uma consciência actuante da humanidade revolucionaria se, distanciado de esgotantes tarefas do quotidiano, utilizar o tempo para transmitir ao seu povo e ao mundo o saber e a experiência acumulados, a sua lição de moderno Aquiles, de discípulo de Bolívar.

El comandante 

Vivi oito anos em Cuba. Mais de uma vez, escutando durante muitas horas os seus discursos na Praça da Revolução em Havana, ou em comemorações do 26 de Julho noutras cidades da Ilha, me interroguei sobre a contradição entre um poder pessoal enorme, minimamente partilhado a nível decisório, e o humanismo de quem o exercia, identificável no amor pelas crianças e na solidariedade com os oprimidos e excluídos de todo o planeta.

Comportam-se como hipócritas conscientes aqueles que por ódio ou fanatismo ideológico qualificam Fidel de ditador brutal e sanguinário, de tirano feroz.

Sabem que a acusação é falsa 

Quem conhece um pouco Cuba não ignora que existe uma relação de afecto profundo entre o povo cubano e el comandante en jefe. Ele é amado pela esmagadora maioria dos seus compatriotas. Depositam nele uma confiança absoluta. É um sentimento que não cultivou e talvez o inquiete por estar consciente de que qualquer dirigente, por mais dotado e sábio que seja, não pode substituir o colectivo como sujeito transformador da História.

Não há calúnia mediática que resista à prova da vida. Definir como ditador um dirigente amado por um povo que governa há quase meio século é um absurdo maldoso. O consenso entre o governante e a sua gente ridiculariza a diatribe forjada pelos seus inimigos.

A grandeza de Fidel teria obviamente de desencadear campanhas de ódio. Mas não fez surgir somente inimigos e caluniadores. É inseparável também do aparecimento de uma geração de epígonos. Em Cuba e pelo mundo afora eles apareceram. Ora a tendência para a glorificação incondicional dos grandes homens é sempre negativa. Porque não há governante perfeito. E Fidel sabe disso e não gosta que vejam nele um super-homem.

Ele é o que é, um ser mortal, modelado por uma vontade de aço, uma inteligência excepcional, e uma fome insaciável de humanização revolucionária da vida, mas com uma lúcida percepção das limitações da condição humana. 
[*] O presente artigo, anterior ao falecimento, foi publicado no Avante! e no Granma. 

O original encontra-se em www.odiario.info/um-revolucionario-incomparavel-fidel-um-aquiles/ 


Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .


Cromos do dia da RTP/Madeira

Albuquerque visita S. Vicente e foi convidar o Garcês para vir de novo para o PSD


Olha a menina Rubina Berardo: Não se contenta com "meio hospital"!



Albuquerque sempre ao lado do seu adjunto o "sem malícia"!

Olhem o visual do filhote do Jaime Ramos.
Eh pá, que cara-má, mete terror às criancinhas!
Olha a Cristina Pedra.(hoje apresentou-se com um penteado "foleiro").
Esta vem à Madeira prender o Alberto João e todos os ladrões do "cuba livre"

Vejam o nosso "contabilista"!

Rubina Leal toda concentrada, numa sessão de esclarecimento do PSD na freguesia do Monte

Grande doutor cirurgião!

O Guarda redes Boeck escapou por milagre do desastre aéreo esta tarde na Colombia. Bem se pode dizer, que este homem nasceu duas vezes!

A senhora procuradora Geral da República veio à Madeira trazer mais "democracia" ao MP

 A senhora procuradora geral Joana Marques Vidal, veio à Madeira dizer que o seu MP está bem e recomenda-se. Acrescentou que é preciso contratar mais magistrados. leia-se: mais tachos chorudos para o contribuinte pagar.

 Esta organização funciona no nosso país sem qualquer controlo democrático da parte dos cidadãos. A senhora procuradora geral é nomeada e não  eleita pelo povo português. Arroga-se de pertencer a um Órgão de Soberania (Tribunais). Órgão esse totalmente nomeado por terceiros sem legitimidade popular (pois não vai a eleições).  A senhora procuradora geral sempre parca em palavras não se lembrou de falar numa cidadã que está presa por delito de opinião, a Maria de Lurdes Lopes Rodrigues, enquanto os ladrões do Banif e do Processo Cuba Livre se encontram todos cá fora, bem tratadinhos e bem gordinhos, isto para não falar nos ladrões dos submarinos,  dos ladrões do BPN, do BES e da CGD que faliram bancos e abriram enormes rombos financeiros nessas instituições para os portugueses pagarem com os seus impostos. 

  De facto vivemos numa ditadura encoberta por uma democracia Institucional!


segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Os 771 mil euros para o Advogado do continente estão a levantar suspeitas de saco azul para financiar o novo partido JPP

 Quase todos os processos de dívida dos empresários do PSD apenas foram alvo de recursos para o Tribunal da Relação. A Câmara de Santa Cruz não ganhou nenhum em primeira Instância. Se a Câmara perder os processos de dívida o dinheiro pago pela autarquia de Santa Cruz será todo perdido. A maior parte das dívidas têm como credor o Martinho da "Florasanto". Os juros das mesmas  já ultrapassam o valor das Obras efectuadas. A Câmara se perder estes litígios no Tribunal da Relação então os munícipes terão de pagar mais de 5 milhões de euros só em juros das dívidas aos empreiteiros e fornecedores, Será o descalabro das contas do Município.



O advogado Miguel dos Santos Pereira

A rapinagem dos dinheiros públicos continua em alta na Misericórdia de Machico



Resumindo e concluindo: no meio desta trapalhada toda, quem defende o Dinheiro  dos Contribuintes da mão destes predadores?

 A justiça? O Ministério Público? Esses nem pensar!


Comissário Pimenta

"Sem malícia" na Ribeira Brava

domingo, 27 de novembro de 2016

Não vivemos em Democracia mas sim em Governos representativos


Como funciona o sistema eleitoral em Cuba?


1. Inscrição universal, automática e gratuita de todos os cidadãos com direito a voto, a partir dos 16 anos de idade.
2. Postulação dos candidatos diretamente pelos próprios eleitores em assembleias públicas (em muitos países são os partidos políticos os que nomeiam os candidatos).
3. Inexistência de campanhas eleitorais discriminatórias, milionárias, ofensivas, difamatórias e manipuladas.

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4 Total limpeza e transparência nas eleições. As urnas são custodiadas por meninos e jovens pioneiros, são seladas na presença da população e a contagem dos votos se faz de maneira pública, podendo participar a imprensa nacional e estrangeira, diplomatas, turistas e todos o que desejarem.
5. Obrigação de que todos os eleitos o sejam por maioria. O candidato só é eleito se obtiver mais de 50% dos votos válidos emitidos. Se este resultado não for atingido no primeiro turno, irão ao segundo os dois que mais votos obtiveram.
6. O voto é livre, igual e secreto. Todos os cidadãos cubanos têm o direito de eleger e ser eleitos. Como não há lista de partidos, vota-se diretamente no candidato que se deseje.
7. Todos os órgãos representativos do Poder do Estado são eleitos e renováveis.
8. Todos os eleitos têm que prestar conta de sua atuação.

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9 Todos os eleitos podem ser revogados em qualquer momento de seu mandato.
10Os deputados e delegados não são profissionais, portanto não recebem salário.
11. Alta participação do povo nas eleições. Em todos os processos eleitorais que se celebraram desde o ano 1976, participaram mais de 95% dos eleitores. Nas últimas eleições para Deputados, em 1998, votaram 98,35% dos eleitores, sendo válidos 94,98% dos votos emitidos. Foram anulados 1,66% dos votos e, em branco, só 3,36%.
12. Os Deputados à Assembleia Nacional (Parlamento) elegem-se para um mandato de 5 anos.
13. A integração do Parlamento é representativa dos mais variados setores da sociedade cubana.
14. Elege-se um deputado por cada 20 000 habitantes, ou fração maior de 10 000. Todos os territórios municipais estão representados na Assembleia Nacional e o núcleo base do sistema, a circunscrição eleitoral, participa ativamente em sua composição. Cada município elegerá, no mínimo, dois deputados e a partir dessa cifra se elegerão, proporcionalmente, tantos deputados em função do número de habitantes. 50 % dos deputados têm que ser delegados das circunscrições eleitorais, os quais têm que viver no território da mesma.
15. A Assembleia Nacional elege, dentre seus Deputados, o Conselho de Estado e o Presidente do mesmo. O Presidente do Conselho de Estado é Chefe de Estado e Chefe de Governo. Isso quer dizer que o Chefe do Governo cubano tem que se submeter a dois processos eleitorais: primeiro, tem que ser eleito como Deputado pela população, pelo voto livre, direto e secreto e depois pelos Deputados, também pelo voto livre, direto e secreto.
16. Ao ser a Assembleia Nacional o Órgão Supremo do Poder do Estado e estando subordinada a ela as funções legislativas, executivas e judiciais, o Chefe de Estado e de Governo não pode dissolvê-la.
17. A iniciativa legislativa é patrimônio de múltiplos atores da sociedade, não só dos deputados, do Tribunal Supremo e da Promotoria, como também das organizações sindicais, estudantis, de mulheres, sociais e dos próprios cidadãos, requerendo-se, neste caso, que exercitem a iniciativa legislativa o mínimo de 10 000 cidadãos que tenham a condição de eleitores.
18. As leis se submetem ao voto majoritário dos Deputados. O específico do método cubano é que uma lei não se leva à discussão do Plenário até que se esgotem consultas reiteradas aos deputados, levando em conta as propostas que fizeram, devendo ficar claramente demonstrado que existe o consentimento majoritário para sua discussão e aprovação. A aplicação deste conceito adquire relevância maior quando se trata da participação da população, conjuntamente com os deputados, na análise e discussão de assuntos estratégicos. Nessas ocasiões, o Parlamento se desloca aos centros trabalhistas, estudantis e camponeses, fazendo-se realidade a democracia direta e participativa.
O expresso, até aqui, põe em evidência a essência da democracia cubana, do sistema que instituiu, referendado e apoiado pela imensa maioria dos cubanos.
No entanto, não pretendemos ter atingido um nível de desenvolvimento democrático perfeito. A principal qualidade do sistema político cubano é sua capacidade para o constante aperfeiçoamento em função das necessidades propostas para a realização de uma participação plena, verdadeira e sistemática do povo na direção e no controle da sociedade, essência de toda democracia.

Fonte: Ministério das Relações Exteriores da República de Cuba





Fidel e o Brasil

 Emanuel Câmara o homem certo na presidência da Câmara do Porto Moniz

A senhora Cristas não gosta dos sindicatos. Mais um tique da menina "queque" do CDS
 Mais um ataque certeiro do Alberto (ver AQUI)