O Laires
Arnaldo Matos
«um obeso funcionário do Metropolitano de Lisboa, trazido para o nosso Partido pelo então secretário-geral Luís Franco, funcionário esse que exibia sem a mínima vergonha uma curiosíssima peculiaridade: não aceitava que o tratassem por operário, porque entendia ser um técnico superior de manutenção… Técnico, sim; operário, nunca!...»
Alguns dos meus dilectos leitores terão, porventura ou por má sorte, ouvido falar do Laires, um obeso funcionário do Metropolitano de Lisboa, trazido para o nosso Partido pelo então secretário-geral Luís Franco, funcionário esse que exibia sem a mínima vergonha uma curiosíssima peculiaridade: não aceitava que o tratassem por operário, porque entendia ser um técnico superior de manutenção… Técnico, sim; operário, nunca!...
Pois este sujeito, ridículo e mesquinho, que odiava tanto os operários e a classe dos proletários que nem o nome apropriado lhes consentia, conseguiu satisfazer agora a sua reivindicação fundamental: é finalmente um técnico, redondo e estúpido, como sempre o foi, mas candidato efectivo à assembleia de freguesia de Rio de Mouro, no município de Sintra, pela candidatura do Partido Socialista, nas eleições autárquicas do próximo domingo.
E não julguem que é para desfazer do PS em Sintra, mas a verdade é que o PS de Sintra é dirigido por um crápula político que já foi de tudo um pouco neste país político, desde dirigente do CDS a ministro da AD e até a candidato da direita à presidência da República, aliás contra o socialista Mário Soares. Refiro-me ao Dr. Basílio Horta.
Pois Laires, o sôfrego técnico de manutenção de comboios que odiava tanto os operários que nem o nome lhes suportava, é agora um bronco e satisfeito lacaio de Basílio Horta no município da antiga Serra da Lua.
Laires tinha sido até agora, e sobretudo nos últimos dois anos, um cão-de-fila eminentemente ignorante mas supinamente fiel ao papagaio Garcia Pereira, a quem lambia até os sapatos no acto de tanto o engraxar, e com o qual se uniu e ajudou a formar o grupelho liquidacionista anti-partido que escorraçámos das nossas fileiras nos primeiros dias de Outubro de 2015.
Nesta dura e implacável luta para expulsar do seio do PCTP/MRPP os liquidacionistas e o liquidacionismo, tive oportunidade de chamar a vossa atenção para a natureza de classe destes crimes teóricos, ideológicos, políticos e organizativos: que é pequeno-burguesa e que recebe sempre apoio da aristocracia operária, isto é, daquela camada de trabalhadores mais bem pagos, que têm vergonha de ser operários e que adoram lamber botas aos chefes, aos engenheiros e aos administradores. Esse era o nosso Laires!
Laires, depois de renegar a classe operária em geral, renegou a classe operária do Metropolitano de Lisboa e prepara agora pormenorizadamente a sua ascensão a céus mais altos: o Metropolitano vai ser provavelmente municipalizado e talvez que o técnico de manutenção possa ascender a céus de cargos dirigentes, agora que o Metropolitano vai voltar para as mãos do PS, numa altura em que o PS está na câmara municipal de Lisboa, do mesmo passo e ao mesmo tempo que está também no governo, em São Bento.
Este é o Laires, ou seja, estes são os traidores.
Podem agora pensar os meus leitores que um cão-de-fila de Garcia Pereira e de Basílio Horta, como Laires, se limitou a aceitar ser candidato independente na lista do PS à assembleia de freguesia de Rio de Mouro, mas não (e isso já seria muito mau…): como militante socialista, Laires e a maior parte da família aderiram e são hoje militantes do partido Socialista, e tanto Laires como alguns outros liquidacionistas de Rio de Mouro aceitaram ser candidatos na lista do PS como militantes do PS!
Ora, Laires foi escorraçado do PCTP/MRPP porque não era comunista, lembram-se?! Quem tinha razão pois: nós, comunistas, que o denunciámos e escorraçámos do partido ou ele e os seus familiares que estão hoje abancados à mesa do PS?
Mas, caras e caros camaradas, não desesperem: hão-de ver que virão ainda outros liquidacionistas a aderir ao PS e ao Bloco dito de Esquerda: e isto é assim porque eles acham que a classe operária, em democracia burguesa, não precisa de um partido próprio, proletário, comunista, marxista-leninista, revolucionário, um estado-maior de combate para tomar o poder pelas armas; eles acham que, vivendo sob o regime burguês capitalista e imperialista, vivem sob a maior e a melhor de todas as democracias, vivem no melhor dos mundos, e que qualquer partido burguês está em condições de satisfazer os anseios das trabalhadoras e dos trabalhadores explorados e oprimidos, sobretudo quando se pensa que já não há operários nem operárias que almejem o comunismo, mas apenas técnicos de manutenção que aspiram unicamente à sua vida vidinha…
Adivinho que algumas das leitoras e alguns dos leitores que me vieram lendo até agora possam duvidar da veracidade das minhas afirmações, e sobretudo aqueles que desconheciam a traição de Laires aos operários do Metropolitano de Lisboa, à classe operária portuguesa e aos proletários de todos os países.
Pois é a pura da verdade.
No facebook do João Manuel Ribeiro, que suponho ser um antigo militante do PCTP/MRPP, que recordo com saudade no grupo coral comunista O Horizonte é Vermelho, onde uma parte da minha alma também cantava, saiu esta perturbante lamentação:
O João Manuel Ribeiro, incontido perante a traição do Laires, enviou esta outra mensagem que chora ainda mais fundo contra a traição e o traidor:
“O Laires acaba de passar à minha porta integrado na campanha do PS a Sintra. Se isto era um membro do Comité Central, não sei a que ponto tenha chegado o Partido. Faz-me reflectir!”
Espero que João Manuel Ribeiro e outros como ele rejeitem desassombradamente a traição, e compreendam o que andava a crescer dentro do Partido nos últimos anos e que me levou resolutamente a suspender a canalha reaccionária do bando da arara Garcia Pereira.
Há longos meses que o traidor Laires preparava a sua adesão ao partido socialista de Sintra. Laires enviou ao Comité Central do Partido, após a suspensão do comité permanente e de Garcia Pereira, inúmeras cartas a propor a reintegração da célula de Sintra ao PCTP/MRPP. Mas todas essas manobras foram rejeitadas sem qualquer resposta da nossa parte.
Laires não era nem nunca foi um comunista. A célula de Sintra devia purgar-se dos oportunistas e rejeitar os traidores, o que foi fazendo a pouco e pouco.
Até que encontrámos a primeira lista de candidatos do partido socialista à assembleia de freguesia de Rio de Mouro, onde o cão-de-fila simultâneo de Garcia Pereira e de Basílio Horta aparecia como décimo sexto candidato efectivo da candidatura do PS àquela assembleia.
Tomamos a liberdade de publicar aqui mesmo, neste editorial, a candidatura completa do PS de Rio de Mouro, aquela que João Manuel Ribeiro terá visto passar à sua porta e que tanto o descontrolou, como se a porta de João Manuel Ribeiro fosse uma daquelas esquinas do Mouro, de que fala Ferreira de Castro, onde só passam traidores.
Para que os meus camaradas vejam bem a cara do traidor, publico aumentada a fotografia do mouro nº 16, o traidor do nosso Partido que fingiu querer sair pela porta da esquerda, uma vez que o nosso Partido o obrigou a fugir pela porta da direita, para a ala conjunta de Garcia Pereira e Basílio Horta, aos cães da história.
Os liquidacionistas e o liquidacionismo são a direita do Partido, os mencheviques, os traidores, os patifes, os anti-comunistas; não são a esquerda, não são os trabalhadores, não são a revolução, não são o comunismo.
Para completar a verdade nua, pura e crua, falta publicar umas quatro ou cinco fotos da festa de adesão do Laires e de alguns outros traidores ao PS de Basílio Horta, traidores reunidos em Rio de Mouro, em instalações que o nosso partido usou já algumas vezes, para propaganda de actividade política revolucionária. E voltará a usar!
Fotografias da festa de adesão do traidor Laires e seus familiares ao partido socialista, com as camisolas verdes da traição, oferecidas por Basílio Horta. Vejam a alegria dos traidores na festa da traição em Rio de Mouro!... Um encanto! Esta canalha foi alguma vez comunista?
Estas fotografias forma extraídas do mural (da traição, decerto…) do facebook do Laires.
Esclarecedoras, não são?!
Caras e Caros camaradas,
Vêem como eu tinha razão ao denunciar publicamente estes traidores liquidacionistas vai para dois anos?
Unamo-nos todos, proletários e comunistas portugueses, para liquidar os liquidacionistas e o liquidacionismo e edificarmos um partido comunista operário marxista-leninista.
Morte aos traidores!
Proletários de todos os países, uni-vos!