Hoje,(dia 11) na Galiza, celebra-se o dia da classe trabalhadora galega.
Neste dia, 10 de março de 1972, a polícia de Ferrol, na Galiza, disparou contra uma multidão de trabalhadores de um estaleiro em greve que protestavam contra o despedimento de sete companheiros, matando 2 pessoas e ferindo 18. Dois dias antes, os trabalhadores da fábrica local da empresa Bazán organizada em Comissões de Trabalhadores (CCOO) haviam rejeitado um acordo assinado pelo sindicato corporativo da era franquista. A administração respondeu demitindo sete membros das comissões. Um deles, Ramiro Romero, foi agredido por seguranças na entrada do estaleiro, o que gerou confrontos entre os guardas e outros trabalhadores. No dia 9 de março, os 8.000 trabalhadores da fábrica entraram em greve e exigiram a reintegração dos colegas e medidas contra os seguranças. Desta vez, a resposta da administração foi enviar policiais armados para a fábrica para despejar os trabalhadores e bloqueá-los do lado de fora. Na manhã seguinte juntaram-se ao protesto os trabalhadores do estaleiro ASTANO, marchando juntos para a sede do sindicato franquista. A polícia carregou contra a multidão, que respondeu atirando pedras e aí a policia abriu fogo, ferindo gravemente 18 pessoas e matando duas: Amador Rey e Daniel Niebla. Dezenas de outros trabalhadores ficaram com ferimentos ligeiros, além de 101 terem sido presos, 54 multados e 160 demitidos. Quando a população da cidade descobriu o que estava a acontecer, a greve geral alastrou-se e durou mais 10 dias. O governo cortou todas as comunicações com a cidade e enviou um navio de guerra. Todos os anos, os trabalhadores fazem uma homenagem ao acontecimento e hoje, 10 de março, é oficialmente reconhecido como o Dia da Classe Trabalhadora Galega.
Ninguém quer saber dos galegos. Aqui só vivem cafres
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