“Antes de tudo o mais, era preciso anular um concurso público que tinha sido lançado para a construção do projecto em dezembro de 2018, com um preço-base de 251 milhões de euros e para o qual as empresas que tinham sido qualificadas para concorrer não chegaram a apresentar propostas, porque o valor era, aparentemente, demasiado baixo.
O concurso veio a ser anulado por uma resolução publicada a 11 de setembro de 2020 no Jornal Oficial da Região Autónoma da Madeira e assinada pelo presidente do governo regional, Miguel Albuquerque.
Depois, era necessário montar um novo concurso apenas para as escavações e contenções periféricas do terreno onde o hospital iria ser edificado. Esses trabalhos deveriam ter um preço-base de 19 milhões e respeitar uma série de condições”, explana o Expresso.
O anúncio foi lançado a 24 de Setembro de 2020 pelo preço de 18,9 milhões de euros e o concurso foi ganho pela Afavias, com o contrato a ser assinado em março de 2021.
“Mais tarde, em dezembro de 2021, já após Calado ter deixado de ser vice-presidente do executivo regional, o governo lançou um novo concurso para uma segunda fase da obra, destinada à construção das estruturas e espaços exteriores do hospital, e que acabou por ser adjudicado em outubro de 2022 por 75 milhões de euros à Afavias num consórcio onde estão outras três empresas: a RIM, a Tecnovia Madeira e a Socicorreia. O dono desta última companhia é também arguido, tal como Pedro Calado e Avelino Farinha, neste processo-crime em curso no DCIAP”, escreve o jornal.
E acrescenta: “No e-mail descoberto pelo Ministério Público, Martinho Oliveira referia de forma explícita que o novo concurso a ser lançado para o hospital tinha como objeto criar restrições suficientes para dificultar a vida a empresas concorrentes, mencionando como exemplos a Mota Engil e a Teixeira Duarte”.
“Vamos propor uma grelha que valorize os fatores subjetivos, memória descritiva, programa de trabalhos, cronograma financeiro, etc. Propomo-nos a realizar o procedimento do concurso”, escreveu o CEO da Afavias a Pedro Calado.
“Para o DCIAP, estas instruções endereçadas ao então vice-presidente do governo regional são um indício claro de corrupção, em que Pedro Calado terá sido alegadamente subornado por Avelino Farinha e Custódio Correia para que a Afavias ganhasse esse contrato público. Em contrapartida, terá recebido pelo menos 180 mil euros que lhe foram sendo depositados em numerário nas suas contas”.»
https://funchalnoticias.net/2024/02/06/expresso-avanca-concurso-do-novo-hospital-ordenado-pela-afa/
Em contrapartida, Pedro Calado terá recebido pelo menos 180 mil euros, que lhe foram sendo depositados em numerário nas suas contas”
Cadeia da cancela para estes corruptos, porque faliram pequenas empresas da construção civil, porque não conseguiam concorrer com esta máfia organizada.
ResponderEliminarDe que eu saiba pequenas empresas faliram em 2004 por causa da crise. Agora culpam o afa da vossa má gestao.
EliminarConta pessoal gmail ou hotmail? Qualquer pessoa cria uma com nome de outro.
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