segunda-feira, 16 de abril de 2018

Paulino Ascenção é um deputado coerente e merece o maior respeito de todos os portugueses. Os outros abotoam-se com o dinheiro e nada dizem!

 Cá está uma contradição do sistema parlamentar burguês.Criaram benesses para os deputados tal como fazem aos fascistas dos juízes Viagens gratuitas tudo pagas pelos contribuintes. No caso da Madeira eles recebiam o subsídio de mobilidade e depois ficavam com ele no bolso. Eram dois em um!

 Moral da breve história como dizia Felipe de la Feria: O sistema burguês de privilégios e sinecuras para os titulares de cargos politicos acaba pos se virar contra eles mesmos. Digamos que é como aquela velha história do aprendiz de feiticeiro que acabou por ser vítima do próprio feitiço que estava a preparar!

O deputado do BE Paulino Ascenção, eleito pela Madeira, renunciou hoje ao mandato de deputado na sequência da notícia sobre duplicação de abonos nas deslocações dos parlamentares eleitos pelas regiões autónomas, pedindo desculpa pela prática incorreta.
“Por considerar que o exercício do mandato parlamentar tem de ser pautado pelo mais absoluto rigor e por inabaláveis princípios éticos, decidi, em coerência, renunciar ao mandato de deputado na Assembleia da República. Decidi igualmente proceder à devolução da totalidade do valor do subsídio de mobilidade. Não sendo possível a sua devolução ao Estado português, este será entregue a instituições sociais da região da Madeira, círculo eleitoral pelo qual fui eleito”, pode ler-se no comunicado ao qual a agência Lusa teve acesso, assinado pelo bloquista.
Em causa, a notícia avançada pelo Expresso este sábado de que existe uma duplicação de abonos para deslocações dos deputados eleitos pelas Regiões Autónomas.
“Sendo um dos deputados visados, considero, após reflexão, que esta foi uma prática incorreta. Quero, por isso, apresentar o meu pedido de desculpa”, sublinha. (ver Diário)
Sai Paulino Ascenção, entra para o seu lugar Ernesto Ferraz (aqui na foto assinalado pela seta). Cumpre-se o ditado: o mal de uns, vem sempre para o bem de outros!

Rodrigo Trancoso aproveitou para criticar o líder indirectamente através da sua página do Facebook






Desgraçados dos eleitores que têm como seus representantes gente de tão frágil carácter. Uma vergonha nacional de abuso que decepciona, sem perdão, os que ainda acreditam na democracia e suas renovações. Votar em pessoas deste baixo calibre é arrependimento que será corrigido no final do mandato. Já em 2019. Juro não mais votar em nenhum destes deputados. Nem nos seus partidos se os seus líderes não condenarem esta prática viciada que os fez receber dinheiro indevido.
> Não sei se todos e, por isso, deve haver inquérito, nem que seja dos seus próprios partidos.
> Estes deputados receberam do Estado o dinheiro para as viagens e ainda receberam adicionalmente , também do Estado, o subsídio de mobilidade. Que lata ! O incrível é que, cabendo-lhes comprar o bilhete, quanto mais próximo dos 400 euros mais subsídio receberam do Estado. Por isso vêm bastante ao Funchal. É dinheiro em caixa. Estão a ver uma empresa pagar uma viagem a seu funcionário para ir trabalhar a Lisboa e este guardar para si o reembolso do subsídio ? O presidente do Partido Socialista e o líder do Bloco de Esquerda na Madeira estão, segundo o Expresso, entre os prevaricadores. Os restantes, que estejam incluídos nesta prática, não têm menos perdão. Para cúmulo, dois dos deputados madeirenses, ambos do PSD, têm residência em Lisboa, onde trabalhavam até serem eleitos membros da Assembleia da República. Ora, se exerciam a sua actividade profissional e vivem, com a família, na capital, como recebem dinheiro para viajarem para onde não residem ? Ou seja, como têm subsídio de mobilidade se nem sequer têm residência na Madeira ? Rubina Berardo diz que não recebe subsídio por opção pessoal. Mas como quer receber se não reside na RAM ? Cabe a acção a Miguel Albuquerque e a Emanuel Câmara. A ser assim, não podem ser cúmplices de tão grave falta. Paulino Ascenção que se investigue a si próprio.
J. Sabino Freitas (ver diário)
O nome de Paulino Ascenção envolvido no leque dos deputados oportunistas que ganhavam dinheiro da insularidade em nome de viagens que não pagavam foi a machadada mais dolorosa provocada pela notícia do Expresso. Sem ofensa aos deputados do PS e do PSD, representantes da Madeira em São Bento que merecem o nosso apreço pese este deslize tão feio do subsídio, levamos em conta que Paulino acaba de chegar à liderança do Bloco de Esquerda na Madeira e quem gosta de política sonha sempre com a reedição de vedetas da nossa História como foi Paulo Martinho Martins.


Daí a decepção à esquerda ter sido mais desagradável do que as demais.
Mas a resposta de Paulino Ascenção à situação denunciada pelo semanário merece uma nota especial. Mostrando um desprendimento próprio de quem conhece as suas virtudes, competências e defeitos, ao contrário dos inseguros que se alapam desesperadamente aos tachos, o deputado bloquista nacional, sem precisar de uma eternidade para ponderar - e enquanto outros preferem colocar o lugar à disposição, para continuar no sítio - simplesmente anunciou a renúncia ao mandato. Uma raridade na política nacional e regional. Renúncia acompanhada por mais uma atitude que só dignifica o seu autor: o pedido de desculpas aos portugueses que plasmou no comunicado de despedida de São Bento. Havendo ainda o pormenor de que todas as verbas imoralmente recebidas (embora não ilegalmente) serão entregues a instituições sociais da Madeira, já que não podem ser devolvidas ao Estado.
Com este episódio de má nota para os envolvidos, Paulino Ascenção, em nosso entender, não fragiliza a liderança do BE-Madeira, a seu cargo. Pelo contrário. Seria melhor não ter praticado os actos denunciados pelo Expresso. Mas, e porque ninguém nesta vida tem moral para atirar a primeira pedra a quem quer que seja, Paulino faz história na política madeirense. Reconheceu o erro e pediu desculpa por ele. Quase nos faz acreditar que há uma geração de ilhéus capazes de fazer explodir a tão ansiada terceira via.
Pessoalmente: chapeau, Paulino.   (fenix)

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