SOBRE A LEALDADE
Estar na política é um exercício diário de segurar aquilo que nos define enquanto seres humanos. É um exercício de não deixar que a luta política nos transforme e sobretudo que não transforme e derrube os valores que nos guiaram e que nos trouxeram ao nosso presente.
O valor da fraternidade, do trabalho, do saber reconhecer, e, sobretudo, da lealdade.
Lealdade, esse valor tão essencial na relação com o outro, na verdade que deve orientar todas as nossas ações. É um valor facilmente esquecido naquilo que a política tem de mais egoísta e falso. Principalmente naquela política que não se orienta para o bem comum, para um projeto coletivo, mas que é, amiúde, território fértil de egos desmedidos, de projetos pessoais de poder. Tudo o que é contrário àquilo que deve ser a política e os seus nobres objetivos.
A ambição é sempre legítima, mas existem valores que não se devem espezinhar numa espécie de jogo onde vale tudo. Neste contexto, a falta de lealdade é uma lança que fere de morte projetos e que lança um manto de impossibilidade na união que é o fator de sucesso de qualquer coletivo familiar, político ou social.
Digamos que a lealdade é o cimento que dá força e que mantém unida uma coletividade em torno de um projeto. Sem ela, é como criar obstáculos que nos separam, que nos distanciam, que esmorecem o percurso comum em benefício de uma corrida a sós.
A lealdade, tal como a unidade, é o que faz a força, já diz o adágio, e estas verdades universais são, apesar da sua natureza de lugar comum, o valor primordial que deve ser levado a sério e com seriedade a todo o momento e em todos os momentos.
A lealdade é um valor em si, um valor que nos mantém na família, um valor que nos reconhece no trabalho, um valor que nos define na sociedade e nas suas várias manifestações coletivas.
De quem está ao nosso lado, ou do mesmo lado da barricada, espera-se sempre que seja leal, verdadeiro, justo. É sempre mais fácil lidar com a falta destes valores quando eles não existem naqueles que nos são distantes ou que estão em outras esferas. A falta de lealdade dentro de um mesmo coletivo é o que fere esse coletivo de morte, seja ele uma empresa, um organismo público, uma família ou um partido.
Cheguei à política há precisamente dez anos. Tem sido um percurso bonito, mas não isento de algumas perplexidades, de alguns choques, de algumas desilusões e do derrubar de algumas coisas que tinha como certas. A lealdade entre iguais era uma delas. Sempre ouvi os que me estão próximos defenderem que a lealdade e a confiança são a garantia de sucesso de uma equipa e de um projeto. Dez anos depois, ainda acredito neste primado que nos eleva acima de nós mesmos, da nossa pequena humanidade tantas vezes colocada à prova.
Enquanto formos leais, a nós mesmos, aos outros, ao nosso projeto, à nossa identidade, não há inimigo externo que nos derrube..
https://www.jm-madeira.pt/opinioes/ver/7793/Sobre_a_lealdade
Concelhia de Santa Cruz lamenta demissão do "líder e mentor"A presidente da Comissão Política e Coordenadora da Concelhia de Santa Cruz lamenta, antes de mais, toda a situação que culminou com a demissão do nosso líder e mentor, Filipe Sousa, e que reflete uma conduta que está nos antípodas daquele que é o espírito que fundou este partido, criado na sequência de um movimento de cidadãos que pretendia precisamente instaurar na política regional uma outra forma de estar."É desta forma que começa o comunicado da Concelhia de Santa Cruz do JPP, em reacção à demissão de Filipe Sousa, noticiada hoje pelo DIÁRIO.Filipe Sousa demite-se da liderança do JPP
A notícia que faz a manchete de hoje do DIÁRIO aborda a demissão de Filipe Sousa da liderança do JPP. Mas as baixas não se ficam pelo líder, já que Miguel Alves, vogal da direcção, também bateu com a porta, em protesto pela atribuição do 5.º lugar ao presidente do partido nas eleições regionais e fala de “traição, conspiração e desprestígio”. Temos uma das primeiras polémicas partidárias que vão, certamente, marcar o acto eleitoral que está agendado para o próximo dia 24 de Setembro.
A presidente da Comissão Política e Coordenadora da Concelhia de Santa Cruz, Élia Ascensão, assina o comunicado e "lamenta que este projeto, nascido do povo e para o povo, mantenha no seu seio alguns elementos que se afastaram do espírito altruísta do JPP em benefício de projetos e ambições pessoais e que estão a manchar o trabalho sério que tem vindo a ser desenvolvido ao longo dos últimos 10 anos".
Élia Ascensão fala de "um gesto de desonestidade e de falta de lealdade imperdoável", manifestando a sua solidariedade para com Filipe Sousa, "que não merecia este tratamento por parte de alguns dos seus companheiros de partido, que desprezam, desta forma e de maneira inaceitável, o capital político, a honestidade, o trabalho e a dedicação de um homem que é a alma do JPP e ao qual devem a sua atual notoriedade".
A presidente da Comissão Política e Coordenadora da Concelhia de Santa Cruz, em nome da verdade, condena que se esteja a passar a ideia de que a demissão do Filipe Sousa da presidência do JPP tem por base a atribuição de um quinto lugar na lista para as eleições regionais. Na verdade, a atribuição deste quinto lugar foi o culminar de uma série de episódios, levados a cabo por dois ou três elementos, que, ao longo dos últimos anos, têm feito oposição interna ao seu próprio líder e à equipa que o acompanha na Câmara, ignorando-o nas tomadas de decisão, desvalorizando o seu trabalho, renegando o seu legado. O quinto lugar e a aprovação de uma lista sem conhecimento prévio do presidente foi apenas a gota de água de um longo processo de sucessivos e lamentáveis episódios.Élia Ascensão, presidente da Comissão Política e Coordenadora da Concelhia de Santa Cruz
O comunicado afirma que "Filipe Sousa sempre deixou claro que não ambicionava lugares na Assembleia Legislativa da Madeira, e que o seu compromisso era com o povo de Santa Cruz"."Sabendo disto, ainda é mais incompreensível que alguns elementos do partido se recusem a aproveitar o capital político deste homem e a sua popularidade e aceitação, que mais nenhum outro elemento do JPP tem ou algum dia virá a ter. Nunca vimos na história partidária um líder ser relegado para segundo plano", pode ler-se no texto enviado à comunicação social.
A Comissão Política e Coordenadora da Concelhia de Santa Cruz é um órgão que tem a sua legitimidade democrática assente nas eleições autárquicas e apenas com base nesse pressuposto aceita continuar a sua missão, sempre ao lado daquele que é o seu exemplo e líder. Enquanto o Filipe Sousa estiver na Câmara de Santa Cruz, vamos pugnar pelos valores e ideais do verdadeiro JPP e, vamos, tal como é vontade do nosso líder e presidente, servir a população deste concelho e ajudar a trazer de volta o verdadeiro JPP.
Élia Ascensão, presidente da Comissão Política e Coordenadora da Concelhia de Santa Cruz.
COMISSÃO POLÍTICA CONCELHIA DO JPP SOLIDÁRIA COM FILIPE SOUSA
A presidente da Comissão Política e Coordenadora da Concelhia de Santa Cruz do JPP lamenta em comunicado "toda a situação" que culminou com a demissão do "líder e mentor" do partido, Filipe Sousa, e afirma que "o quinto lugar [na lista para as eleições regionais] e a aprovação de uma lista sem conhecimento prévio do presidente foi apenas a gota de água de um longo processo de sucessivos e lamentáveis episódios".
Segundo Élia Ascensão, o que aconteceu "reflete uma conduta que está nos antípodas daquele que é o espírito que fundou este partido, criado na sequência de um movimento de cidadãos que pretendia precisamente instaurar na política regional uma outra forma de estar".A também vice-presidente da autarquia santacruzense, lamenta que "este projeto, nascido do povo e para o povo, mantenha no seu seio alguns elementos que se afastaram do espírito altruísta do JPP em benefício de projetos e ambições pessoais e que estão a manchar o trabalho sério que tem vindo a ser desenvolvido ao longo dos últimos 10 anos".
Solidária, afirma que Filipe Sousa "não merecia este tratamento por parte de alguns dos seus companheiros de partido, que desprezam, desta forma e de maneira inaceitável, o capital político, a honestidade, o trabalho e a dedicação de um homem que é a alma do JPP e ao qual devem a sua atual notoriedade".
"Em política e na vida, este é um gesto de desonestidade e de falta de lealdade imperdoável", sublinha.
Élia Ascensão condena "que se esteja a passar a ideia de que a demissão do Filipe Sousa da presidência do JPP tem por base a atribuição de um quinto lugar na lista para as eleições regionais".
"Na verdade, a atribuição deste quinto lugar foi o culminar de uma série de episódios, levados a cabo por dois ou três elementos, que, ao longo dos últimos anos, têm feito oposição interna ao seu próprio líder e à equipa que o acompanha na Câmara, ignorando-o nas tomadas de decisão, desvalorizando o seu trabalho, renegando o seu legado. O quinto lugar e a aprovação de uma lista sem conhecimento prévio do presidente foi apenas a gota de água de um longo processo de sucessivos e lamentáveis episódios", esclarece.
Adianta que Filipe Sousa Sousa "sempre deixou claro que não ambicionava lugares na Assembleia Legislativa da Madeira, e que o seu compromisso era com o povo de Santa Cruz, pois o seu espírito político sempre foi o de serviço à comunidade e de proximidade a esta".
"Sabendo disto, ainda é mais incompreensível que alguns elementos do partido se recusem a aproveitar o capital político deste homem e a sua popularidade e aceitação, que mais nenhum outro elemento do JPP tem ou algum dia virá a ter. Nunca vimos na história partidária um líder ser relegado para segundo plano", salienta.
Élia Ascensão conclui dizendo que enquanto Filipe Sousa se mantiver na Câmara de Santa Cruz a comissão concelhia, assente nas eleições autárquicas, manterá a sua missão de "pugnar pelos valores e ideais do verdadeiro JPP" e vai continuar a seguir a vontade do líder e presidente, de servir a população do concelho "e ajudar a trazer de volta o verdadeiro JPP".
https://funchalnoticias.net/2023/07/27/elia-ascensao-repudia-tratamento-indigno-a-filipe-sousa/
Parece que isto é tudo orquestrado para que haja uma vaga de fundo em prol do Filipe.
ResponderEliminarO cordeiro sacrificado é o irmão.
Faz lembrar a demissão do Ofélia do Quebra Costas que provocou eleições antecipadas.
Este traste agora confunde o roda-pé com o grande AJJ.
EliminarFala com o gilinho para te mudar os medicamentos. SOS
Esta franga também a dar uma de boa. A terra está a começar a fugir-lhe dos pés
EliminarSerá bom que eles se entendam!
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