quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

As missas do parto exclusivas

 

PSD, CDS e Igreja, a Santíssima Trindade. o Pai (Criador), o Filho (Jesus Cristo, o Redentor) e o Espírito Santo (Santificador).

  Não existe falta de padres para as missas exclusivas (link), agora a igreja permite, cada vez mais, missas fora da Igreja, na
senda do exemplo dado pelo Bispo no Savoy Palace com os setimanistas. Há falta seletiva, conforme o público, a Igreja também recebe cunhas ou cobram-lhe os favores das obras nas Igrejas? A alegada falta de padres desaparece sempre que a missa serve públicos específicos, socialmente relevantes ou institucionalmente convenientes. A missa já não é inclusiva, de todos iguais na mesma comunidade independentemente do seu estatuto social, agora é a própria Igreja que permite missas exclusivas às castas que ela própria protege e branqueia a imagem. Sim, missas exclusivas, para gente que deveria se confessar em vez de parecer anjinho participando em missas de lavagem de cara, basta olhar para as fotos. Missas exclusivas, pelo local absurdo, pelo convite, pelo público-alvo, qualquer um podia ir? Esta missa da APRAM fez-me lembrar a que se faz na Cancela, no Estabelecimento Prisional, também é exclusiva mas lá pagam-se os pecados. A missa, que deveria ser o espaço máximo de igualdade e pertença comunitária, transforma-se num serviço sob medida para determinados grupos. Há falta
seletiva de padres, conforme o público, se calhar é por estas que as vocações escasseiam.
 Este Bispo que persegue algum clero não vê a contradição entre universalismo cristão e práticas.
 Não vê a inversão moral? A missa, símbolo máximo de igualdade ("todos irmãos"), passa a ser instrumento de distinção social. Esta foi uma missa do estatuto social, do poder económico e da conveniência institucional. Reforço, quando a igreja deixa de ser casa comum e passa a estar disponível conforme o estatuto do público, não é abusivo perguntar se o próximo passo será a sua conversão em espaço multifuncional, ou em alojamento local. Porquê investir nas Igrejas e os poderes podem ter missas em qualquer lugar? Só falta no Chão da Lagoa e já agora com o Padre Guilherme. E um campo de golfe?
Desde quando a evangelização começa por espaços socialmente filtrados e termina com comunidades de base privadas da sua celebração regular? A opção preferencial pelos pobres não se compadece com agendas VIP nem com pastoral de ocasião, muito menos de branqueamento de castas que abusam do poder e são força motriz da pobreza que aumenta na realidade mas esconde-se nas estatísticas e tornando inacessível pelos requisitos de acesso.
O que está em causa não é a fé, nem a liturgia, nem a boa vontade de padres concretos. O que está em causa é uma opção institucional que trai o princípio da universalidade cristã e enfraquece a própria ideia de comunidade. Quando a exceção se torna regra para uns e a regra se torna sacrifício para outros, não estamos perante adaptação pastoral, estamos perante hierarquização social. A igreja está-se vulgarizando, usa templos parecidos a outros credos...
Qualquer dia José Manuel Rodrigues engana-se, como com a Sara, e ainda diz que o Bispo é deputado do PSD, não sei se troca de verniz para isso. Repare-se que da missa o mais importante foi mostrar as pessoas que participaram... marketing...
limpeza de alma?




3 comentários:

  1. José Manuel Rodrigues o secretário que tem boas relações com o clero. Se calhar ele quando era novo sonhava ser um sacerdote.

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  2. Gostámos bastante deste texto do padre José Luís Rodrigues

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