domingo, 27 de setembro de 2020

"Padre" Ricardo e seus famosos editoriais domingueiros: Nem uma palavra sobre a falta de liberdade de imprensa na Madeira

 A dupla retratada abaixo com seu jornal "falso" independente contribuem para a

A estupidificação dos madeirenses

Ler jornais em papel e no online ao pormenor é um ritual de reformado, e também me aperceber como reage a população pelas redes sociais. Que me perdoem a sinceridade mas, parece que o CM é para isso, vejo cada alminha mais imbecil que me faz compreender como é que este povo cai, repetidas vezes, nas armadilhas eleitorais. Está tão de caras e é tão básico que me revolta.

Todos sabemos que a RTP, o JM e o DN estão controlados, uns mais dos que outros. JM nem comento, a RTP a caminho do JM mas tem dias que me surpreende, tem jornalistas fixos para alguns temas, para serem queridos. No DN parece que há 3 tipos de gente a remar, os que se mantém fieis ao editorial antigo e vão apresentando trabalho, o que ainda fixa leitores. Os bajuladores do regime, sempre os mesmos, jornalistas e uns articulistas sem crédito a escrever em seu favor e agora, uma nova estirpe de idiotas, que acham que tudo é notícia e dão as maiores baboseiradas da região. Aos fins de semana parece que é pior mas é todo tempo. Não estudei jornalismo mas, aquelas 6 perguntas tradicionais fazem de facto uma notícia e a sua resposta dá corpo a um objectivo informativo, com elas sabemos se é ou não notícia mas é coisa que não se pratica já. Estou farto de fait-divers, de elites bacocas, das pessoas de sucesso adubadas pelo regime, de tontices, da verdade a martelo, enfim. Se calhar, para uma maioria de povo cada vez mais estupidificado, a caminho da morte cerebral, resulta em muitas leituras que depois são justificação de sucesso. Vemos o nível cognitivo da população pelas "notícias" que têm sucesso, as mais vistas, as que sabem comentar. Dizemos, por exemplo, que as TVs estão uma porcaria mas, no entanto, dão o que a maioria quer e se torna visível nos shares.

Tenho tentado perceber este fenómeno e se de caras nenhum dono de mass-média vai buscar sarna para se coçar, porque o seu objectivo é o lucro numa ilha onde só o Governo Regional arranja dinheiro para publicidade, para além dos impérios (empresas) conexas, por outro o suposto jornalista, muitos antigos adaptados e os novos colaborantes, fogem a 7 pés do enorme manancial de corrupção que existe na Madeira. O seu objectivo não é jornalismo mas sim sobreviver e, neste caso, a justiça também não ajuda nada ao virtuosismo destes. Por agora isto vai andando mas, como espero ainda ver uma grande hecatombe e grandes revelações sobre o antro que é a Madeira, espero, dizia, ver nesse tempo a cara de vergonha do jornalismo madeirense que tudo permitiu.

A par deste jornalismo maniatado por várias circunstâncias, porque o mercado é pequeno e eles têm que pagar despesas e ordenados, temos a agência do PSD a funcionar e toda a enorme prole de assessores de imprensa, saídos do "jornalismo" duvidoso do passado e agora compensados com el dorado. 3000€ com acumulados não se ganha fora. Este é o segundo problema, grande parte do jornalismo é produzido no GR ou a soldo deste, chega às redacções e passa para publicação. Como o Governo Regional não governa, não tem um programa de governo mas só uma leve ideia de aguentar o expediente da função pública e das obras, mostra-se trabalho com ninharias. Grande parte daquilo que dizem ser informação são expedientes empolados, anúncios, presenças de agenda. Não deveriam ser notícia. Uma fotografia bem parecida, de preferência acompanhada de muita gente e uma posse de trabalho, normalmente obtida por um fotografo do governo ou free-lancers que, se for jeitosa recebe atenção se for polémica é rejeitada. Depois vem o texto de assessor, revisto muitas vezes pela agência, avaliado pelo jornalista comprado e publicado em favor da facturação. Uma publicidade, uma notícia a favor.

O resultado final disto é que o povo acostuma-se a "não notícias" no seu mundo cor-de-laranja desde que haja um miserável ordenado na algibeira ou um subsídio de desemprego. Os mais capazes na escrita são ostracizados, os verdadeiros jornalistas banidos aos poucos, a acefalia e a mediocridade vencem. Tenho que deixar uma frase aos verdadeiros jornalistas que ainda existem, é também revoltante generalizar, não é correcto. Desejo-lhes um outro ambiente de trabalho.Tudo isto pode durar e tem durado mas quando não se diversifica a economia e as notícias cristaliza-se um regime cada vez mais, incapaz de reagir favoravelmente na governação quando açoitado com verdades. Ficam regalados e vaidosos no seu mundo virtual de controlo até que o dinheiro e a capacidade de reagir nos mate de vez. Estamos num momento em que só fica o joio e os tempos são exigentes ... sem gente capaz. Quem se apercebe disto foge da Madeira, o resto ignora ou dá desprezo, todos cientes de que um dia vai dar um pote.

Não se pode pedir muito mais a um povo que não tem gosto pela competição, através do valor pessoal e dos conhecimentos, porque tudo se resolve com uma cunha e se está imensamente agradecidos pela pobreza oferecida pelo Governo Regional ... já viram, até se podia passar fome, é um Governo muito bom de gente fantástica, até aparecem nos jornais, a toda a hora. (ver CORREIO da MADEIRA)


 leia o folha 8 de Angola AQUI

 Para o nosso público de leitores masculinos, interdita a sua visualização por padres e freiras, quando não devidamente uniformizados

1 comentário:

  1. Com que então Cafofo, andas a "patrocinar" livros anti Cristo, mas depois gostas de aparecer ao lado do Bispo do Funchal e nos primeiros bancos da igrejas, quando há cerimónias que aparecem nos jornais?

    ResponderEliminar