terça-feira, 3 de novembro de 2020

Recordando o amigo Víctor Martins do PCP Madeira

 

VÍTOR MARTINS

Vítor Manuel Lima Martins, operário, nasceu no Estoril, Cascais a 1 de Novembro de 1958 e faleceu a 11 de Abril de 2015, com 56 anos.
Foi membro da Direcção da Organização Regional de Lisboa do Partido Comunista Português, com tarefas na Festa do Avante!, na propaganda e na Organização Concelhia de Sintra.
No seu funeral, ao qual compareceram dezenas de camaradas e amigos, Armindo Miranda, da Comissão Política, sublinhou alguns dos seus mais relevantes dados biográficos e traços de personalidade.
Vítor Martins começou a trabalhar, com apenas 11 anos, numa oficina de serralharia, tendo sido também canalizador e pedreiro.
Foi bombeiro, treinador e atleta da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cascais e, entre 1973 e 1981, atleta de competição.
Desempenhou ainda as funções de vice-presidente do Grupo Desportivo da Malveira.
A sua actividade revolucionária iniciou-a em 1975, com a adesão à União da Juventude Comunista (UJC).
Em finais de 1982 passou a funcionário da JCP, desempenhando várias tarefas, entre as quais a responsabilidade pela Organização do Minho.
Foi membro do Secretariado da Direcção Nacional da JCP.
Em 1990, foi para a Madeira como funcionário do Partido. Nos 15 anos em que esteve na Madeira revelou características importantes para o trabalho de um funcionário do Partido, sublinhou Armindo Miranda: «Não idealizar a realidade, trabalhar para a transformar, mas a partir dessa mesma realidade concreta.»
Regressado ao continente em Junho de 2005, integrou o executivo da DORL, com a responsabilidade pelo trabalho do Partido no concelho de Sintra, tarefa que um «terrível e inesperado AVC» interrompeu.
Vítor Martins deixou dois filhos, Raquel e Levy. -- Do nosso colaborador Carlos Fonseca

Francisco Palla de Oliveira o secretário geral do PCP caido em desgraça e que acabou por se exilar no México
Francisco de Oliveira (Pavel) nasce a 29 de outubro de 1908, em Lisboa.
Ingressa na Federação das Juventudes Sindicalistas, a qual virá a abandonar, ingressando na Federação das Juventudes Comunistas Portuguesas e no Partido Comunista Português (PCP). Operário no Arsenal da Marinha desde os 11 anos de idade, priva com Bento Gonçalves. Preso em março de 1933, a 3 de setembro do mesmo ano consegue evadir-se a partir do sanatório da Ajuda, tendo fugido para Espanha e daqui para a Rússia, fixando-se em Moscovo. Em 1935 participa como delegado ao VII Congresso da Internacional Comunista (IC). Regressa a Portugal em 1937, passando à clandestinidade. Após a deportação de José de Sousa e Bento Gonçalves para o Tarrafal, ascende à direção do secretariado do PCP. A 10 de Janeiro de 1938 é preso na casa ilegal na rua da Beneficência, n.º 180 – 3.º andar.
Detido na Cadeia do Aljube, foge com a ajuda de um enfermeiro, Augusto Rodrigues, ex-militante das Juventudes Comunistas. Fica em Lisboa ainda por algum tempo, mas acaba por seguir para Paris, com destino à União Soviética. A suspeição sobre as condições em que ocorreu a fuga levaram ao seu afastamento por parte da IC. Em Abril de 1939 segue para o México, já sob a identidade de António Rodriguez Diaz, obtendo a nacionalidade mexicana em 1941. No México desenvolverá uma intensa atividade como jornalista, escritor, professor e crítico de arte.
A fuga de Pavel é uma entre muitas que lhe contamos na nossa exposição permanente.
Visite-nos, em segurança.

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