Memória e impunidade em documentário sobre operação que chocou o paísEm outubro de 1974, a polícia de São Paulo realizou uma ação que chocou a sociedade da época e que deixa até hoje cicatrizes e mistérios não resolvidos. A “Operação Camanducaia” despejou clandestinamente crianças e adolescentes de São Paulo em Minas Gerais. Esquecido pela memória coletiva, o episódio é recontado no documentário homônimo de Tiago Rezende de Toledo, em estreia exclusiva no canal Curta!.
Cerca de 93 crianças e adolescentes acusados de pequenos delitos foram presos de maneira arbitrária pela polícia e levados para Minas Gerais. Foram despidos, espancados e jogados em um barranco perto da cidade de Camanducaia. Apenas 41 deles apareceram na cidade na manhã seguinte, machucados, nus e esfomeados, invadindo bares e restaurantes à procura de roupas e comida. Os outros 52 jovens continuam até hoje com o paradeiro desconhecido. Ocorrida durante o período da ditadura militar, a ação gerou repercussão internacional pela cruel violação dos direitos humanos daqueles jovens. Apesar de ter sido denunciado na Justiça, o caso acabou arquivado no Tribunal de Justiça de São Paulo e segue sem punição para os envolvidos
A ideia para o filme surgiu a partir da leitura do livro “Infância dos Mortos”, de José Louzeiro, jornalista que trabalhava na “Folha de São Paulo” à época e que cobriu o acontecimento. Passeando pelos estilos road-movie, investigativo e filme de diálogo, a produção entrevistou mais de 40 pessoas — buscando os envolvidos no caso, principalmente os sobreviventes — e pesquisou em cerca de 1,5 mil páginas de documentos e jornais para reconstituir memórias, motivações e consequências da operação.
O documentário inclui depoimentos de personagens como o jornalista Paulo Markun, o padre Júlio Lancellotti e o ex-governador de São Paulo Laudo Natel.
O documentário “Operação Camanducaia” foi produzido pela Cambuí Produções e viabilizado pelo Curta! com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). (fonte)
Em outubro de 1974, a polícia de São Paulo realizou uma ação que chocou a sociedade da época e que deixa até hoje cicatrizes e mistérios não resolvidos. A “Operação Camanducaia” despejou clandestinamente crianças e adolescentes de São Paulo em Minas Gerais. Esquecido pela memória coletiva, o episódio é recontado no documentário homônimo de Tiago Rezende de Toledo, em estreia exclusiva no canal Curta!.
Cerca de 93 crianças e adolescentes acusados de pequenos delitos foram presos de maneira arbitrária pela polícia e levados para Minas Gerais. Foram despidos, espancados e jogados em um barranco perto da cidade de Camanducaia. Apenas 41 deles apareceram na cidade na manhã seguinte, machucados, nus e esfomeados, invadindo bares e restaurantes à procura de roupas e comida. Os outros 52 jovens continuam até hoje com o paradeiro desconhecido. Ocorrida durante o período da ditadura militar, a ação gerou repercussão internacional pela cruel violação dos direitos humanos daqueles jovens. Apesar de ter sido denunciado na Justiça, o caso acabou arquivado no Tribunal de Justiça de São Paulo e segue sem punição para os envolvidos
A ideia para o filme surgiu a partir da leitura do livro “Infância dos Mortos”, de José Louzeiro, jornalista que trabalhava na “Folha de São Paulo” à época e que cobriu o acontecimento. Passeando pelos estilos road-movie, investigativo e filme de diálogo, a produção entrevistou mais de 40 pessoas — buscando os envolvidos no caso, principalmente os sobreviventes — e pesquisou em cerca de 1,5 mil páginas de documentos e jornais para reconstituir memórias, motivações e consequências da operação.
O documentário inclui depoimentos de personagens como o jornalista Paulo Markun, o padre Júlio Lancellotti e o ex-governador de São Paulo Laudo Natel.
O documentário “Operação Camanducaia” foi produzido pela Cambuí Produções e viabilizado pelo Curta! com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). (fonte)
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