Para além do facto de serem boas pessoas têm em comum o facto de serem ambos fervorosos militantes do CDS.
Ambos já foram autarcas eleitos pelo CDS. Rui Marote já desempenhou as funções de deputado na Assembleia municipal do Funchal eleito pelo partido CDS.
Sara Madalena já foi vereadora do CDS na CMPS (Câmara Municipal da Ponta do Sol) eleita também por aquele partido. Aqui no Funchal Notícias o colunista Rui Marote lamenta o tratamento dado a um emigrante madeirense que caiu na pobreza e indigência extrema na África do Sul. Diz ele que governo regional recebeu-o de volta à Madeira e depois internou-o directamente no asilo da chamada «sopa do Cardoso».
Depois de uma tentativa de suicídio do nosso emigrante; ele acabou internado recentemente no Hospital dr.Nélio Mendonça, acometido de um AVC que lhe deixou metade do corpo paralisado.
Quanto à senhora Sara Madalena a sua história já é conhecida por parte dos nossos leitores. Ela lamentou-se no seu facebook, do mau atendimento que a sua mãe teve nas urgências do Hospital dr. Nélio Mendonça. A sua mãe fora atropelada numa passadeira e depois ficou uma noite nas urgências abandonada junto a «um cagadeiro" por falta de camas no 6º andar. Tendo a senhora Madalena recorrido ao hospital particular para poder socorrer a sua mãe.
Claro que o partido destes dois amigos está no poder executivo do Governo Regional da Madeira e tem uma palavra a dizer sobre estes dois casos aqui descritos. Mas infelizmente o partido da senhora Madalena e do Sr. Rui Marote está apenas virado para a concessão de tachos em favor sua gulosa clientela política e onde o inefável José Manuel Rodrigues, ilustre presidente da ALRAM, também do CDS; não se cansa de bajular engraxar e bater fingidamente com a mão no peito junto do Sr. Bispo «Bacalhau à Braz» afim de se fazer religioso e enganar os eleitores católicos que acreditam e votam no partido da democracia cristã o CDS-PP.
Claro que os nossos amigos Sara Madalena e Rui Marote não podem ser condenados por acreditarem na doutrina da democracia cristã do seu partido o CDS-PP. São sinceros de facto e bem intencionados. Mas atenção:
Infelizmente são bem intencionados no erro!
Aconselhamos a senhora Madalena e o sr. Rui Marote para estarem de pé atrás contra os beatos do seu partido que batem muito com a mão no peito mas estão cheios de fingimento e hipocrisia. Devem neste NATAL tomar o conselho do apóstolo S. Paulo ao seu discípulo Timóteo:
«Sabe porém isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos presunçosos avarentos.... ....Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, ... ...
⁵ Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te!» (2ª Timóteo 3:1-5)
“Said” sofreu AVC e está agora no Hospital Dr. Nélio Mendonça*Com Rui Marote
É mais um episódio infeliz da triste história de um emigrante, não dos que enriquecem e ascendem a comendadores ou “conselheiros”, mas dos que, apesar dos bolsos vazios, a saudade impele, ao fim de muitos anos, de regresso à sua terra sem nada que lhes valha. O “Said”, cuja história o FN já contou, teve um AVC e está agora paralisado do lado esquerdo, sem poder falar nem mover-se, internado no Hospital Dr. Nélio Mendonça.
A sua história foi contada no artigo “Da África do Sul para a Sopa do Cardoso”, publicada a 11 de Dezembro. [ver link https://funchalnoticias.net/2023/12/11/da-africa-do-sul-para-a-sopa-do-cardoso/#%5D
O antigo barman dos melhores hotéis de Joanesburgo, onde acolhia governantes e representações da Madeira, esperava ter determinadas condições facilitadas pelas entidades oficiais quando regressasse à Madeira. Acabou por ir temporariamente para a Associação dos Pobres, vulgo “Sopa do Cardoso”, e mais tarde deram-lhe um quarto que lhe desagradou e classificou como “um sótão” onde se sentia oprimido e claustrofóbico. Desalentado, acabou por ingerir medicamentos em excesso, procurando pôr termo à vida. Foi internado na Casa de Saúde S. João de Deus (Trapiche).
A história contada pelo FN motivou um esclarecimento da Direcção Regional das Comunidades, que publicámos a 13 de Dezembro [ver link https://funchalnoticias.net/2023/12/13/rui-abreu-esclarece-da-africa-do-sul-para-a-sopa-do-cardoso/
O FN deu sequência ao assunto, voltando a publicar o conteúdo de uma nova conversa com o “Said” a 14 de Dezembro (ver link https://funchalnoticias.net/2023/12/14/a-triste-historia-do-said-e-os-esclarecimentos-oficiais/).
Agora fomos surpreendidos pela infeliz notícia de que o “Said”, como lhe chamamos em pseudónimo, sofreu, aos 76 anos, um Acidente Vascular Cerebral que o incapacitou, paralisando-o do lado esquerdo e atirando-o para uma cama de hospital. É o corolário de um percurso de emigração, como muitos, feito às avessas, do melhor para o pior. Não gozará de uma boa ceia de Natal nem apreciará o fogo do fim-do-ano. É um lembrete de que a história da emigração madeirense não é globalmente feita de riquezas, sucessos e honrarias. Muitos ficam pelo caminho e o regresso à terra que o viu nascer é árido e desolado.
https://funchalnoticias.net/2023/12/20/said-sofreu-avc-e-esta-agora-no-hospital-dr-nelio-mendonca/#
Da África do Sul para a Sopa do Cardoso
Rui Marote
O Mundo está cheio de promessas e de falsos profetas.
Conheço a história da emigração madeirense para a África do Sul desde os anos 70 até aos nossos dias, 28 vezes visitei aquele território africano em serviço profissional e lazer. E há histórias desagradáveis.
Vivi cerca de 10 anos no país vizinho Moçambique e por diversas vezes desloquei-me ali por motivos de trabalho e férias. Fui o primeiro madeirense cabeça de lista a nível nacional a concorrer por aquele círculo migratório (resto do mundo). Não me esqueço das visitas de Alberto João Jardim à África do Sul, que nos seus discursos em casas da Madeira e Associações não se cansava de incentivar os madeirenses a se integrarem, fazerem lobby e concorrerem aos actos eleitorais.
À Madeira “são todos bem vindos mas não temos lugares para todos vocês, são 300 mil e a Ilha só tem 270 mil”, dizia.
Infelizmente as minas de ouro não são para todos: uns são empresários de sucesso outros continuaram como serviçais de carrega e descarrega do mercado de Joanesburgo. Chapa ganha, chapa gasta sem segurança social, não pensando no amanhã. Há quem viva hoje na rua à espera das “migalhas dos cachorrinhos” de mão estendida .
Depois deste “nariz de cera”, vamos narrar uma história real dos nossos dias. Um madeirense que chegou à Madeira repatriado, iludido de falsas promessas.
Naquele território residia há mais de 55 anos. Trabalhou nos melhores hotéis de Joanesburgo, como barman, e quando os nossos governantes ou delegações da Madeira iam à Feira do Rand Show todos sabiam que no bar principal do hotel havia um conterrâneo que os recebia de abraços abertos e eram obsequiados com um “drink”.
Este madeirense – vamos tratá-lo pelo pseudónimo “Said” – com a idade de 76 anos vivia num quarto num edifício do governo sul africano com uma pensão de 90 euros mensais.
O “Said” alimentou um sonho: o de regressar à terra onde nasceu. Recorreu aos serviços consulares, ao conselho das comunidades madeirenses. Nas últimas visitas de Albuquerque e Rui Abreu e de Cafôfo àquele território tudo ficou acertado.
Com as poucas economias o “Said” pagou parte da viagem e o restante foi com auxílio dos amigos madeirenses. Foi-lhe garantido que ia para um apartamento ou um lar.
No aeroporto do Funchal era aguardado pela segurança social e por uma funcionária da Direcção Regional das Comunidades.
Do Aeroporto Cristiano Ronaldo foi para a “Sopa do Cardoso”, provisoriamente, enquanto a Segurança Social não arranjasse uma situação definitiva.
Sentiu-se desprezado pelos poucos familiares que ainda aqui tem, os quais, ao saber que estava na “Sopa dos Pobres”, deixaram de lhe falar. O regulamento da “Sopa do Cardoso” não permite pernoita para cidadãos com mais de 75 anos. Portanto a permanência era ilegal.
O “Said” sentiu-se abandonado e cometeu a “loucura” de tentar cometer suicídio ingerindo pastilhas a mais. Foi transportado para o Hospital Dr. Nélio Mendonça, onde ficou internado, sendo transferido mais tarde para a Casa de São João de Deus, no Trapiche, onde permanece.
Conheço o “Said ” há muitos anos. Em serviço do Diário ajudou a equipa de reportagem a “desbravar terreno2 e a transportar-nos a diversas localidades nos arredores de Gauteng. Já estive no Trapiche para uma visita ao “Said”: mais conformado, bem tratado e bem alimentado, mas sem qualquer visita da Segurança Social e muito menos das Comunidades e Cooperação Externa.
Termino esta pequena crónica com uma frase que tem direitos de autor, não para mim mas para o “Said”:-“Ajudei !!! Ajudem-me…”
Um santo e uma santa. Devem uma cerveja Superbock de meio litro ao Coelho pelo destaque no Pravda.
ResponderEliminarOnde é que o ensebado marote tem em comum com a Sara?
EliminarA seita do Garajau ainda não parou de delirar
O ensebado Marote? Rui Marote é limpo como poucos e um dos melhores jornalistas da madeira. Este comentário deve ser de um dos lambe-cus do Pupudê ou do padre das esmolinhas
ResponderEliminarMelhor jornaleiro que jornalista.
EliminarGlória a Rui Marote grande jornalista reformado sem medo
ResponderEliminarNão são as mamas, de certeza
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