Paula Pinho
Em entrevista coletiva, o jornalista fez uma pergunta à porta-voz da Comissão Europeia, Paula Pinho.
“Você tem repetido várias vezes que a Rússia deve pagar pela reconstrução da Ucrânia. Acredita que Israel deve retribuir pela reconstrução de Gaza, já que eles destruíram quase toda a Faixa e a infraestrutura civil?”
A representante do principal órgão executivo europeu desconversou. “É, definitivamente, uma questão interessante sobre a qual eu não teria nenhum comentário nesta etapa.”

«O jornalista italiano Gabriele Nunziati, que trabalhava a partir de Bruxelas para a Agenzia Nova, em Roma, foi despedido, na semana passada, depois de ter colocado uma pergunta sobre a reconstrução de Gaza à porta-voz da Comissão Europeia, Paula
Pinho, semanas antes.
"Repetiu várias vezes que a Rússia devia pagar pela reconstrução da Ucrânia. Acredita que Israel também devia pagar pela reconstrução de Gaza, uma vez que destruíram quase toda a sua infra-estrutura civil?", perguntou o jornalista, durante uma conferência de imprensa. Paula Pinho considerou a questão "interessante" mas esquivou-se da resposta.
O momento tornou-se viral nas redes sociais quase de forma instantânea. Seguiram-se duas "tensas" chamadas dos seus superiores, onde Nunziati percebeu que a sua "pergunta não tinha sido bem-sucedida" descreve o jornalista numa publicação no Instagram. Duas semanas depois o jornalista recebe um email da agência para a qual trabalhava há apenas um mês, a informá-lo que *a relação laboral termina no dia 1 de Dezembro". Sem mais explicações.
Contactada pelo site The Intercept e outros meios de comunicação italianos, a Agenzia Nova, através do seu porta-voz Francesco Civita, confirma o fim da "relação contratual" com o jornalista, devido a uma pergunta
"tecnicamente incorrecta", uma questão que já teria sido explicada ao jornalista que "não conseguiu entender a diferença formal e substancial*: no primeiro caso, argumentam, a Rússia invadiu um país independente sem ser provocada; Israel apenas respondeu a um ataque.
"Insistiu que a pergunta estava correcta, demonstrando a sua ignorância sobre os princípios fundamentais da questão sobre Israel são Europeia
lei internacional", disse o porta-voz.
"Pior ainda", acrescenta, o vídeo da interacção está a ser partilhado por
"canais nacionalistas russos de Tele-gram" e "meios de comunicação ligados ao Islão político, com uma agenda antieuropeia" o que *causa embaraço à agência"
O jornalista defende-se: "A minha questão só pode ser considerada enviesada se negarmos a realidade" escreve na mesma publicação. "É um facto que Israel destruiu quase completamente Gaza; isto não é uma opinião. (...) Pelo contrário, seria enviesado ignorá-lo e não colocar pergun-tas." E não se mostra arrependido.
"Defendo a legitimidade da minha questão. As escolhas certas muitas vezes têm um custo e não me arrependo de o ter pago." ... »


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Ah !!!!!! que post tão interessante!!!!!
ResponderEliminarFalta de quórum
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