quarta-feira, 6 de maio de 2020

Dionísio Andrade, presidente da COSMOS desmascara Miguel Albuquerque



Dionísio Andrade


Está a fazer agora cinco anos que este simples e pobre escriba, enquanto deputado independente na Assembleia Legislativa da Madeira, confrontou o novel Presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, sobre os lobbies do betão e dos Donos Disto Tudo, criados e alimentados pelo jardinismo, se iriam continuar a "sugar" o povo madeirense e portossantense? Na altura, havia uma vã esperança na sociedade madeirense que Miguel Albuquerque iria acabar com as práticas "mafiosas” do passado. Foi na discussão do primeiro programa de governo de Miguel Albuquerque, em Maio de 2015, em que este aparecia junto do povo como o "Renovador" da desgraça jardinista, e que iria mudar tudo o que estava mal do tempo do "safado" do Alberto João. Eu e os meus amigos activistas que combateram o jardinismo, como não acreditamos no Pai Natal, sabíamos que nada iria mudar, apenas uma mudança de flores na cartola jarreta do regime.

E a pergunta que eu fiz na altura, ficou esquecida, mas a resposta do Presidente do Governo ficou famosa e ainda perdura no tempo como a campeã da mentira. E a pergunta, que tanto chateou Albuquerque, era  simples: - Quando é que  Vª Exª vai acabar com os monopólios dos portos na Madeira e no Porto Santo que tanto exploram e roubam o povo destas duas ilhas?
O presidente do GR, que é uma pessoa cordata e calma mesmo quando está a ser espicaçado pelos seus adversários políticos, subiu à tribuna, e reparei que ia com os "azeites" e todo eriçado para responder à minha incómoda questão. Encheu os peitos de ar, e baforou: "Doa a quem doer (…) vamos acabar com o monopólio dos portos!”

 Passados 5 anos continua tudo na mesma. Claro, que na altura deu-me imenso gozo ver o presidente do GR irritado. Tenho de confessar aos meus estimados leitores que não há satisfação mais sádica que conseguir irritar os meus adversários políticos. É como se tivesse tomado uma poção mágica para voltar aos meus vinte anos, altura em que andava com a força toda e que o mundo era todo meu!
Fui buscar este episódio de há 5 anos para mostrar à opinião pública que a "máfia no bom sentido" continua protegida e a beneficiar de toda a proteção que tinha no tempo do jardinismo.
Tudo isto vem a propósito dos 100 milhões de euros de ajudas, anunciados pelo presidente do GR às pequenas e microempresas, obrigadas a encerrar portas por causa do corona vírus e aquando da declaração do estado de emergência de 17 de Março de 2020! Claro, que Miguel Albuquerque anunciou esta medida com grande fanfarronice que até parecia o novo messias das empresas em dificuldades de tesouraria. Mas, depois os dias foram passando, passando… e não chegava apoio nenhum às empresas. As condicionantes impostas às empresas que estavam a passar dificuldades eram tantas que só tinham direito aquelas empresas que estão bem de vida e alapadas ao orçamento regional ou orçamentos camarários. As empresas da costa norte da Madeira, por exemplo, que andam há mais de 20 anos em agonia ou ligadas “à máquina” em resultado da desertificação galopante, não têm quaisquer hipóteses de concorrer a estas linhas de crédito, porque a maioria delas já andava na berma do abismo para não cair, e quase todas com atrasos à segurança social ou ao fisco. Deste modo, deveriam ser as primeiras a serem ajudadas para saírem do sufoco em que se encontram, mas, infelizmente, não podem concorrer e estão condenadas. E depois ninguém tem um amigo Pestana que lhes compre as empresas falidas!
Depois de tantas críticas dos empresários e da comunicação social pelos apoios não estarem a chegar às empresas, e já ter passado um mês e meio do célebre anúncio de Albuquerque, o sr. Secretário Regional da Economia veio dizer esta semana, todo presenteiro, que já estavam atribuídos 76 milhões de euros, afinal este malabarismo financeiro é uma fraude e uma artimanha para inglês ver, porque a maioria das empresas, e como já referi, estão de cabeça para baixo em direção ao abismo dos despedimentos e da falência.  Quando se passa qualquer calamidade nesta terra as empresas do regime são as primeiras a serem beneficiadas e a receberem as ajudas e os avales públicos. E com o COVID-19 também será igual. É por isso que eu desafio a Oposição madeirense a exigir do Governo Regional a lista das empresas que irão beneficiar dos 100 milhões de euros e quantos trabalhadores essas mesmas empresas têm? E não me venham com a "tanga" da proteção de dados, porque para os dinheiros públicos não há proteção de dados, quem paga os seus impostos tem o direito de saber quais as empresas que beneficiam das ajudas do erário público.
Vamos ver se a Oposição tem capacidade e empenho para estar no parlamento a fiscalizar o governo? Vamos verificar se os 100 milhões chegam a quem precisa ou se os "sem-abrigo" das pequenas empresas vão continuar nas ruas da amargura? (fénix do atlântico)

3 comentários:

  1. O ambientalista que anda num poluidor carro a gasóleo.
    Como dizia o Frei Tomás, faz o que ele diz, não faças o que ele faz.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Este é tão inocente.. Pensava que ia ser assessor político da Raquel no parlamento.
      Melhor ele se dedicar à agricultura biológica e à apanha lapas e caramujos.

      Eliminar
    2. O Gil Canha consegue ter prosas mais interessantes nas quais entram todo o tipo de bicharada macacos lebres camelos gorilas cisnes etc etc etc.
      Gil Canha quando vais escrever a biografia do teu amigo José Manuel Coelho?
      Gil Canha quem diria teve como uma das suas primeiras namoradas a burguesa Susana Prada.
      Os burgueses não se juntam com os plebeus.

      Eliminar