quarta-feira, 10 de maio de 2023

Para saber as noticias da Madeira temos de ler os jornais do continente. Governo de Albuquerque aldraba números das listas de espera.

 

"Apagão deliberado", "números politicamente martelados", "apagados artificialmente", "cirurgicamente apagados", "o cenário eleitoral [as eleições regionais deste ano] fez com que apagassem elementos".

De 2015 a 2021, as listas de espera cresceram mais de 85% - passaram de um total de mais de 63 mil para 118 mil -, mas num ano, de 2021 para 2022, tiveram "um apagão de 45%": de 118 412 para 65 109.O Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal obrigou, numa decisão datada de 29 de março, o governo de Miguel Albuquerque, a Secretaria Regional de Saúde, a tornar públicas as "listas de inscritos para cirurgia, por especialidade e tipo de cirurgia, para métodos complementares de diagnóstico e terapêutica e para consulta de especialidade, por especialidade" até 31 de dezembro de 2022.

Há dois anos que é assim. O acesso "às listas de espera só com recurso judicial" e nos outros anos "quase na sua maioria da mesma forma", lamenta o deputado. Porém, desta vez, o espanto foi inequívoco. "Como é que é possível uma redução de 45%?", pergunta Élvio Sousa.A resposta que encontra? "Foram apagados artificialmente, foi um apagão deliberado".

A primeira dúvida? "Como é possível que consultas como a nefrologia, a ginecologia, a obstetrícia, a medicina da dor, a gastrentorologia, entre outras, fiquem na "sombra" por não terem "critérios" que lhes permita integrarem as listas de espera? A título de exemplo, em 2018 integravam a lista de espera para consultas 44 especialidades; em 2021, 34 especialidades e nos dados enviados agora, referentes a 2022, integram apenas 15 especialidades!".

"Os documentos remetidos pelo Secretário Regional da Saúde [da Madeira], por ordem judicial, mostram aquilo que é impensável: uma redução abrupta das listas de espera na Saúde na Região" na ordem dos 45%, "em apenas um ano". "Eu diria que os números foram politicamente martelados, aliás cirurgicamente apagados, assim como muitos atos clínicos omissos", considera Élvio Sousa, deputado do JPP (Juntos Pelo Povo).A explicação oficial , por exemplo, dos documentos de 2020 aponta uma razão: "Conforme orientação verbal da Direcção Clínica, em junho de 2019, aquando da aferição das listas de espera, os pedidos de consulta para as especialidades de Anatomia Patológica, Anestesiologia, Medicina Geral e Familiar, Medicina Hiperbárica, Medicina Intensiva e Patologia Clínica, dadas as suas características, não têm critérios para ter lista de espera pelo que não estão incluídas".

E aqui surge a segunda dúvida do deputado? "Critérios? Mas quais critérios?"

"Ano após ano é visível o decréscimo do número de consultas de especialidade analisadas", constata o Élvio Sousa. Na comparação ao que aconteceu desde 2015 percebe-se uma ligeira subida até 2018. A partir daqui, o número de especialidades incluídas nas listas de espera cai a pique: de 44 para 15. "Que critérios são estes que eliminaram 19 especialidades?" questiona.

Questão que serve, quase na íntegra, para os "exames" (os meios complementares de diagnóstico e terapêutica) que de 53.967 em 2021 passaram para 16.158 no ano passado."De forma ardilosa a informação relativa aos exames não segue a metodologia de anos anteriores (por especialidade + exames imagiológicos), não permitindo fazer um paralelismo com anos transatos e refletindo uma diminuição acentuada das listas de esperas para exames (...) Ao contrário dos anos anteriores o Secretário da Saúde não remeteu a lista dos exames imagiológicos e exames por especialidade, que como se confirma em 2021, faziam parte dos meios complementares de diagnóstico e terapêutica. Os imagiológicos desapareceram!", afirma Élvio Sousa.

Solução? "Vamos avançar urgentemente como novo pedido". E há, garante, uma coisa certa nestes dados: "Mostram o decréscimo no rigor do tratamento da informação, nomeadamente nos critérios para terem lista de espera"

A Secretaria Regional de Saúde, contactada pelo DN, esclarece que que há nove razões que explicam esta descida tão acentuada nas listas de espera: a "criação de uma Unidade Especializada de Apoio à Produção no Serviço de Saúde "; a "criação de Programas clínicos específicos para a recuperação de listas de espera com forte investimento por parte do governo regional"; a "clarificação dos conceitos /referenciação para atos de saúde"; a "atualização dos critérios de referenciação para as listas de espera"; a "atualização da Base de dados dos utentes inscritos no sistema regional de Saúde - aproveitando as atualizações das fichas dos utentes realizadas na sequência do processo de vacinação COVID-19. Esta atualização permitiu o cruzamento da informação entre o RNU (Registo Nacional Único) e o Sistema Regional de saúde"; a "atualização do Sistema Informático - com clarificação dos conceitos e dos critérios para inscrição na lista"; o "cruzamento dos atos de saúde realizados no privado com o serviço regional de saúde - o que permitiu retirar muitas pessoas que estavam nas listas de espera pelo facto de já terem realizado o seu ato de saúde, no sistema convencionado de saúde existente"; e a "perda de critério clínico para se manter na lista de espera". (fonte DN/Lisboa)

O sr. "padre" das esmolinhas aqui assinalado pelo círculo não publica nada disto no jornal que dirige. Todos os dias no DN do Sousa pratica actos de censura.

10 comentários:

  1. O sr. Padre lambe botas continua com cara de labrego e olhos de rato. O gajo já arrumou tanta gente no DN que só no inferno é que o diabo vai tratar dele. E por várias razões...

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  2. Coelho só sonha com o padre das esmolinhas. Com tanta gaja boa só fala no padre das esmolinhas.

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  3. Há também o Meia Saca. Os dois juntos são como Laurel & Hardy, o Bucha e o Estica

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  4. O jornalismo na Madeira está entregue a estes pândegos. Os proprietários dos jornais, o governo e o povo acham que assim está bem.

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  5. Os jornalistas do JM e DN, amordaçados, temendo a qualquer momento o desemprego, continuam a ser montados e a fazer mesuras todos os dias a estes líderes da treta, sempre com o medo de cair em desgraça, caso não agradem ao "chefe"

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  6. O Arquivo do Rei Charles III. - Revelações por trás do muro do palácio
    https://www.kla.tv/25994

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  7. Pravda Ilhéu o único meio de comunicação isento na Madeira.

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    1. Até é verdade.
      O único "isento" cá do sítio.
      Desapareceu a merda do Garajau mas o cheiro continua ao contrário da porcaria do totó tlim tlim.

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  8. Alberto João deu "aula" na escola dos Louros (ver DN online). Mas o diário sentiu-se na obrigação de tapar a cara dos pequenos que estão ao lado do ex-presidente. Talvez para não se saber que andam nesta má companhia. Olhem este jornal de pardalões!!

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    1. Muito bem Coelho. Quem compra esse Diário tão desacreditado merece uma malha no coiro.

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