Fará cem anos em 11 Outubro que nasceu o capelão do Almirante Henrique Tenreiro ministro das pescas de Oliveira Salazar. Ambos fascistas de sinistra memória.
Nascimento de D. Francisco Santana comemorado a 11 de Outubro (ver DN) D. Francisco Santana nasceu em Lisboa, a 11 de Outubro de 1924. Foi nomeado para bispo do Funchal a 16 de Março de 1974. Fez a sua entrada solene na igreja da Sé, como bispo do Funchal, no dia 12 de Maio de 1974. Faleceu no Funchal a 5 de Março de 1982.
Sobre a batuta deste bispo fascista a Madeira e os apoiantes do PSD tornaram-se um grande reserva do salazarismo de sinistra memória.
Henrique TenreiroALBERTO JOÃO
A longevidade de um eucalipto no jardimAlberto João Cardoso Gonçalves Jardim, licenciado em Direito, concluído com a nota mínimo e no dobro do tempo, nunca tendo exercido advocacia. Cumprido na Madeira o serviço militar em que se especializou em "acção psicológica", esteve prestes a aceitar o lugar de deputado pela União Nacional. O 25 de Abril apanha-o como professor numa escola secundária e articulista do "Voz da Madeira", semanário de que era director seu tio, máximo dignitário regional do antigo regime. Desse tempo ficam os elogios a Salazar, à "evolução na continuidade" de Marcelo Caetano e os violentos ataques à ala liberal de Sá Carneiro e aos movimentos independentistas das ex-colónias.Se do tio herdou o gosto pela política, foi D. Francisco Santana - antigo capelão do ministro Tenreiro e nomeado, a poucos dias da Revolução, bispo do Funchal onde é empossado em Maio de 1974 - que o lançou para a ribalta política depois de um período de resguardo. A nomeação para director do diário diocesano "Jornal da Madeira", ainda seu porta-voz oficial e único diário estatizado do país, foi o trampolim para, após uma passagem pela Frente Centrista e em finais de 1975, entrar no PPD, pelo qual foi eleito deputado nas primeiras regionais de 1976, sendo presidente do Governo Ornelas Camacho, afastado de funções, a meio do mandato, pela nova facção. Assim começou e continuou, afastando os críticos que se atreveram a denunciar a falta de democraticidade interna e a compará-lo a Salazar e Fidel de Castro, como o fizeram os ex-autarcas sociais-democratas Egídio Pita e Jorge Gomes, "Quem não concorda comigo, rua!" A ordem manteve-se.No governo desde 1976Com a subida de Jardim ao poder, em Março de 1978, silenciaram-se os atentados bombistas que desde o Verão Quente de 1975 destruíram sete dezenas de automóveis e outros bens de personalidades conotadas com a esquerda madeirense. O PPD chegou ao poder com maioria absoluta em 1976, acusa Paulo Martins (UDP), "graças ao recurso ao terrorismo praticado pela FLAMA que intimidou a população e abriu-lhe espaço político, à integração da quase totalidade do aparelho da ditadura (ANP, LP, PIDE/DGS, etc.), ao apoio total da Igreja dirigida pelo Bispo D. Francisco Santana". O dirigente da UDP reconhece que tal também se deveu "a erros cometidos pela esquerda nomeadamente o de, em nome do combate ao separatismo, ter afrouxado a defesa da autonomia, bandeira que foi agarrada por aqueles que mais defenderam a ditadura".Com uma génese "intrinsecamente estatizante, tutelar e unipolar" do salararismo/marcelismo", o exercício do poder na região tem-se caracterizado, na opinião de Jacinto Serrão (PS), por "práticas de controlo de natureza totalitária, estatizante e castradora de iniciativas genuínas da sociedade civil, através de uma rede de poder e influências que se organiza a todos os níveis do quotidiano dos madeirenses". Das bandas filarmónicas, aos clubes ou associações empresariais e órgãos de comunicação social, sendo a respectiva atribuição dos subsídios "feita sem regras claras só para controlar e influenciar os órgãos de gestão". Ainda segundo o líder do maior partido da oposição, "há utilização de meios públicos para fins partidários, há a instrumentalização das instituições e de pessoas, enfim, há uma cultura do medo que se espalha pelos quatro cantos da Região que procura limitar a liberdade das pessoas".As sucessivas vitórias, também nas autarquias sem poder autónomo, e a sua longa governação é explicada também por determinadas características estruturais. À Madeira têm sido disponibilizados recursos financeiros ilimitados, fugindo ao constrangimento próprio de qualquer decisão económica que se baseia sempre na escassez de recursos para atingir fins múltiplos. Por outro lado, não tem tido o ónus da arrecadação fiscal, podendo antes agradar ao eleitorado com a redução os impostos e arrecadar mais receitas do que são gerado na região, beneficiando dos cálculos indexados à capitação nacional, como acontece com o IVA.Mesmo que legitimado pelos mecanismos constitucionais das votações democratas, as sucessivas maiorias absolutas ao PSD desde 1976, têm conduzido, segundo Edgar Silva (PCP) ao "abastardamento da vida democrática" e originado "um poder absoluto, absolutamente autoritário". O sistema, acrescenta, tem conduzido ainda ao "controlo absoluto da sociedade, revelando-se, por consequência, redutor da democracia".José Manuel Rodrigues (CDS/PP) explica a longevidade de Jardim pelo facto de se apresentar como "o campeão da autonomia, apesar de não ter participado nos primórdios do processo" e de ter lançado um sistema político e económico assente em investimentos públicos, bloqueador de qualquer alternância democrática". Durante longo período, e de forma sistemática, o investimento público representou 85 por cento do investimento total na Madeira. O impacto da obraPor outro lado, lembra Paulo Martins, o processo de regionalizações foi usado durante estes 28 anos para tornar o governo a maior entidade empregadora da região (de pouco mais de dois mil funcionários por conta da Administração Pública Regional e Local passamos a mais de 30 mil), o que faz que cada família tenha alguém a trabalhar para o poder regional. Igualmente influente tem sido o grande impacto das obras e medidas que responderam a carências e reivindicações (estradas, luz, água, habitação social, fim da colónia, etc.). Para as infindáveis obras públicas, com direito a inaugurações no período de campanha eleitoral, contou com inesgotáveis fluxos financeiros do Orçamento do Estado e da União Europeia, assim como com a solidariedade dos diferentes governos que, quando do PS, foram bem generosos com Jardim na cedência às reivindicações e chantagens, tendo até António Guterres lhe perdoado a dívida. "Ás vezes, as pessoas faziam-me vontades para se verem livres de mim...", comenta. Mas não conseguem, porque, explica, "com milhões, faço inaugurações e com inaugurações ganho eleições". Já lá vão quase sete mandatos e muitas mais vitórias eleitorais.Num autêntico "off-shore" político no País, criticam os adversários de Jardim, na Madeira os órgãos de governo não se subordinam às leis gerais da República e aos princípios do Estado de Direito Democrático, não acatam as recomendações dos tribunais, nem também os titulares de cargos políticos estão sujeitos também ao regime jurídico nacional de incompatibilidades e impedimentos, o situação propensa a promiscuidades.Com tudo isto - perante a "complacência" ou "cumplicidade" dos órgãos de soberania, incluindo "todos os Presidentes da República e primeiros-ministros, também do PS", como denunciou Manuel Alegre no Funchal - se pode explicar que o líder madeirense tenha ultrapassado o presidente angolano José Eduardo dos Santos em mais 18 meses de governação, sem alternância democrática. E fique na ilha, qual prisioneiro de um sistema que gerou e domina, absolutamente, ou como um eucalipto que seca tudo o que vive à sua volta.- Tolentino Nóbrega no jornal Público 6 de Outubro de 2004
Será que este bispo se deixaria enganar pelo padre das esmolinhas??
ResponderEliminarA Flama é que conseguiu os comunas cá do sítio mais os paraquedistas cubanos que vieram para a Madeira à gosma, andarem com uma diarreia permanente.
EliminarBispo tirou os galões ao pandeireta da Ribeira Seca
EliminarTotalmente de acordo.Falta falar dos paraquedistas cubanos que vieram para uma terra atrasada roubar o lugar aos madeirenses.O madeirense é só regionalista em algumas coisas, noutras é complexado.Tal e qual (!)como eles nos tratam lá, onde temos que ser melhores que eles!...
EliminarA Flama tratou bem a cubanagem
EliminarGostei de saber essas historias . Realmente é verdade quem forneceu ? O lizardo?
ResponderEliminarNão foi o Lizardo. Foi o foragido da Venezuela Gilinho.
EliminarAinda a pide anda por aí protegidos desses bandidos...
ResponderEliminarAté ao calado perseguiram, mas correu -hes mal
EliminarPois não admira o apoio ao chega da trupe velha do ajj e do manuel antonio lol
ResponderEliminarO velhadas do Jardim é que criou este regime de monopolistas e mamões
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