Se Francisca van Dunem procurasse deliberadamente descredibilizar a Justiça, não teria
feito melhor do que tem feito.
Foi o seu governo que propôs a nomeação
da nova procuradora-geral, Lucília Gago,
afastando Joana Marques Vidal. Sob a direcção desta, o Ministério Público conseguiu prender o ex-primeiro-ministro
Sócrates. Tinha de ser afastada. Foi ainda
Van Dunem que ajudou o ex-vice-presidente de Angola, Manuel Vicente, a escapar à Justiça portuguesa. Acusado por
corrupção, Vicente conseguiu que o seu
processo fosse transferido para Angola,
onde goza de imunidade.
Na prossecução da sua (não?) estratégia, a ministra coloca os seus fiéis nos
lugares-chave.
Impôs o magistrado José Guerra como procurador europeu
(que vai auditar os fundos europeus que
aí vêm, a famosa “bazuca”), contra a
vontade dos peritos europeus responsáveis pela selecção.
Nomeou Luísa
Proença como directora nacional adjunta da Judiciária, que transitou do
gabinete governamental.
Para coordenar a área da Justiça na Presidência europeia, escolheu Lopes da Mota, o magistrado que pressionou colegas a arquivar suspeitas contra Sócrates. Parece que a ministra monta uma teia de influências, garantindo que a Justiça não
incomodará poderosos.
Na protecção aos grandes grupos económicos trabalha também o seu marido,
Eduardo Paz Ferreira, um dos maiores
lobistas.
Presidiu à Comissão de Auditoria da Caixa Geral de Depósitos até 2016.
Não detectou os empréstimos de favor,
sem garantias, concedidos a alguns dos
maiores grupos económicos. O prejuízo
foi de 5 mil milhões, pagos com dinheiros públicos. Foi ainda negociador da
concessão do terminal de Sines, com a
empresa de Singapura PSA.
Os interesses
do Estado não foram acautelados. Um
investimento na ordem de 300 milhões,
por uma concessão de dez anos, transformou-se, em 30 anos (o triplo), em 547
milhões (menos do dobro). O seu escritório de advogados faz “aconselhamento jurídico de bancos privados”, ao mesmo
tempo que o seu braço-direito, Ana Paz
Ferreira, dirige o (público) Fundo de Resolução, que auxilia bancos – promiscuidade total!
Paz Ferreira, marido da ministra, dissemina uma rede de conflitos
de interesses, na certeza de que não terá
problemas com uma Justiça ineficaz. A
sua mulher trata disso. (correio da manha)
As meias verdades do bastonário da ordem dos advogados.
Trata-se de uma meia do verdade do bastonário, porque os advogados oficiosos na maior parte das vezes não defendem os pobres para os quais foram nomeados defensores. Limitam-se a fazer corpo presente nos julgamentos e a ganhar o dinheiro pago pelos contribuintes portugueses.
Quem vai para advogado oficioso geralmente são os maus advogados que têm os seus escritórios fechados por falta de clientes.
O pobre indigente que precise da sua "defesa" bem pode esperar sentado que a sua condenação é mais que certa!
Os bons advogados e com grande influencia junto dos juízes fascistas dos Tribunais estão com os seus escritórios cheios de clientes.
Mas atenção: Só para aqueles que têm muito dinheiro e podem pagar: Os grandes honorários que os mesmos cobram, assim como o dinheiro necessário para os subornos para influenciar juízes e magistrados do MP nos julgamentos. Vejam o célebre caso dos desembargadores Rui Rangel e Fátima Galante. Foram afastados da magistratura mas foram aposentados com uma reforma dourada de 7 mil euros por mês.
Sem comentários:
Enviar um comentário