terça-feira, 14 de março de 2023

O padre que colocava a mão nas cuequinhas e tocava no pipi, era um pardalão

 


 Tinha 11 anos e o abusador era um padre ‘velhinho de 80 e tal anos’, muito conhecido na comunidade e ‘muito simpático’. ‘Pedia para eu dizer os meus pecados e, quando eu dizia que fiz asneiras e disse palavrões, ele tocava-me em todo o lado, maminhas, punha-me as mãos nas cuequinhas e tocava no pipi. (…). Tocava, tocava. Foram cinco vezes. Até que comecei a mentir ao meu pai e deixei de ir… Aquele ordinário!!!!”. Está na página 236
— Metia os seus dedos pelo meu sexo e afastava os lábios, era doloroso (1970); — Fez considerações sobre o tamanho do meu pénis, disse até que o do G. era mais fino, mas esticava mais e o meu era mais grosso, mas ficava mais pequeno e que eu o devia puxar várias vezes ao dia e puxou várias vezes, fiquei bastante inchado. Também porque ele queria ver se eu já ejaculava e, talvez por eu ser novo ou estar com medo, demorei muito a atingir isso e é claro que isso fez ferida na pele do órgão (1986); — Depois da primeira violação, houve danos na zona rectal. Noutra situação, danos no pénis, onde se rompeu o prepúcio (1996); 
Depois da primeira violação, houve danos na zona rectal. Noutra situação, danos no pénis, onde se rompeu o prepúcio (1996); — Graves, uma vez que não foi a única pessoa a fazê-lo. Um familiar também o fez, se o próprio padre apregoou que o fazia (1969); — Sim, quando acontecia anal, doía muito. Uma vez, eu tinha o treino de futebol à 3.ª, 5.ª e 6.ª, na 5.ª era também explicação. Estava a correr e deitei sangue pelo ânus, mas não percebi e fui gozado por outro rapaz que disse, olha o A. tem sangue pelo cu. Os outros riram-se de mim e um mais velho disse assim: “Olha, ele anda a tomar no cu” (2002). Isto é o resultado físico dos abusos sexuais dos padres católicos em crianças. 

*******
traduzem-se também em discursos onde estava presente a ideia de algo descrito como ‘normal’, ‘natural’ e que ‘não havia que ter medo’. Em determinados casos, o abuso é mesmo referido como a forma de ‘tirar o mal’, ‘tirar o diabo’ ou ‘tirar a dor’, corrigindo assim aqueles que haviam pecado.”Os excertos do que as testemunhas disseram que os padres lhes disseram (não se esqueça: isto são padres a falar com crianças): — Que não havia mal nenhum (1977); — Que não fazia mal, que não tinha mal, que era normal (1960); — Eu não te faço mal! (1947); — Que Deus queria assim (1970); — Que era vontade de Deus (1998); — Que Deus gostava que as pessoas mostrassem amor e que não fazia mal dar uns beijinhos na boca (1981); — Não era abuso, era ‘normal’, era afecto, carinho, era como se fosse um irmão ou um pai. Era doente. Nós éramos crianças, se o padre fazia, era porque era certo. Era muito confuso para as nossas cabeças, não podia estar certo, mas ele fazia-o. Afinal era certo?

Será que o «padre» Ricardo também foi "passado" no seminário quando estudava para padre?

4 comentários:

  1. Será que o «padre» Ricardo também foi "passado" no seminário quando estudava para padre?
    Mas é claro que sim! Ele e quase todos da geração dele como o Marco Gomes da Educação .

    ResponderEliminar
  2. Coelhinho não disfarces. Todos sabemos que isso se refere ao padre das caixinhas.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Ofélia, não digas disparates. O teu whiskey do Quebra Costas deve estar estragado...

      Eliminar
  3. O padre que roubou as esmolinhas deve-se ter farto de apanhar por trás. Por isso é hoje tão mau e odioso

    ResponderEliminar