Mas o jornal Independente e o advogado Gouveia Fernandes tiveram de pagar uma indemnização à corrupta ofendida na sua honra e consideração no valor de 50 mil euros. Ser corrupto em Portugal compensa! E muito, com esta Justiça de sargeta! Corruptos com final Feliz. Quem denunciou é que teve de entrar em despesas!
O processo contra a mulher de Rui Rangel, no entanto, acabaria por ser arquivado no Tribunal da Relação de Lisboa, apesar da forte convicção dos investigadores de que Fátima Galante teria aceitado 10 mil contos (cerca de 50 mil euros) para influenciar decisões num processo em que era juíza. Sorte diferente teve Hernâni Patuleia, entretanto falecido, que seria condenado a três anos de prisão com pena suspensa pelo crime de corrupção ativa. E Gouveia Fernandes, o advogado que colaborou com a Polícia Judiciária e revelou as supostas tentativas de aliciamento feitas pelas dupla Galante/Patuleia. Ele, tal como o jornal O Independente, acabariam por ser condenados ao pagamento de 50 mil euros, num outro processo interposto por Fátima Galante, pelo crime de ofensa à reputação.
Parte III. O julgamento de Hernâni Patuleia
O caso chegaria às páginas do jornal O Independente a 18 de abril de 1997. O título era revelador e pensado ao bom estilo do jornal: “Em Galante delito“. A peça era assinada por Pedro Guerra, hoje conhecido defensor do Benfica na televisão e então jornalista especializado em justiça do semanário, autor de muitos dos títulos que faziam do jornal um dos produtos mais irreverentes da história da comunicação social portuguesa. A 16 de maio, novo artigo dedicado à juíza: “O Segredo de Fátima“. A 20 de junho, todo um especial dedicado ao caso, onde constavam os detalhes da acusação contra a magistrada. “Galante Bronca“, escrevia o jornal.
O caso chegaria às páginas do jornal O Independente a 18 de abril de 1997. O título era revelador e pensado ao bom estilo do jornal: “Em Galante delito“. A peça era assinada por Pedro Guerra, hoje conhecido defensor do Benfica na televisão e então jornalista especializado em justiça do semanário, autor de muitos dos títulos que faziam do jornal um dos produtos mais irreverentes da história da comunicação social portuguesa. A 16 de maio, novo artigo dedicado à juíza: “O Segredo de Fátima“. A 20 de junho, todo um especial dedicado ao caso, onde constavam os detalhes da acusação contra a magistrada. “Galante Bronca“, escrevia o jornal.
No Fim o TEDH condenou Portugal a indemnizar os denunciantes. Os contribuintes é que pagaram este erro judicial. No entanto a Fátima Galante ficou na mesma com o dinheiro para lavar a "sua Honra". Vejam só!?
O último episódio iniciou-se com um artigo de opinião escrito em outubro de 1998 por Emídio Rangel, irmão de Rui Rangel, cunhado de Fátima Galante e então o todo-poderoso diretor de informação da SIC. No Diário de Notícias, Emídio Rangel acusou Gouveia Fernandes de ter envolvido a magistrada naquele processo para obter ganhos de causa junto da Polícia Judiciária. O advogado e o sócio, Freitas e Costa, responderam ao artigo do então diretor de informação da SIC num artigo publicado no Público defendendo-se e reafirmando todas as críticas que fizeram a Galante. A magistrada decidiu processar ambos e o jornal O Independente. Acabariam todos condenados a ressarcir a juíza.Pormenor: o julgamento em primeira instância ocorreu na então 16.ª Vara Cível de Lisboa, onde Rui Rangel estava colocado como juiz.Rangel assistiu mesmo ao julgamento sentado na primeira fila da sala do tribunal.
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