quinta-feira, 3 de maio de 2018

A senhora bordadeira que nunca pegou numa agulha ataca indirectamente "seu Almadinha" e Rodrigo Trancoso

 Até já faz pressão juntamente com o pessoal do grupinho do Paulino Ascenção (o tal que tomou de assalto o partido através de falsos aderentes arrebanhados à pressa, tal como o Avelino Conceição fez no PS de Machico, comprando militantes com cabazes de compras e distribuição de chicharros) para que os dois deputados do Bloco na ALRAM coloquem o seu lugar à disposição do partido afim de serem substituidos, uma vez que não têm a confiança política da actual direção. Que se cuidem "Seu Almadinha" e Rodrigo Trancoso com estes recados internos!
Em primeiro plano, temos o homem dos chicharros Avelino Conceição

As nossas escolhas

Ninguém me pode acusar de ter traído ninguém pelas costas porque isso não faz parte da minha forma de ser.GUIDA VIEIRA 


Ao longo da minha vida, tenho sido sempre confrontada por ter feito determinadas escolhas. Muita gente não concorda, mas outras pessoas apoiam. E isto em tudo. Na política, nos sindicatos, nas associações, na cultura, nas artes, do que faço nos tempos livres e nos tempos ocupados.
Acho que, todas e todos, somos assim. Fazemos escolhas. A vida sem escolhas fica confusa e sem cor, é como que andar ao sabor das “correntes” sem qualquer interesse, e por isso as consequências dos atos nunca são assumidas e há sempre alguém que se vai responsabilizar pelas mesmas.
As minhas escolhas nem sempre são fáceis, sobretudo quando envolvem pessoas e organizações. Então, ultimamente, elas têm levado a que me virem a cara, deixem de me considerar a pessoa que nunca deixei de ser, falem por detrás das minhas costas, mostrem hostilização permanente, e mesmo os sorrisos, esses, esmoreceram muito, como se eu tivesse uma espécie de doença contagiosa que se propaga facilmente.
Se dissesse que tudo isto é-me indiferente, estava a mentir e a disfarçar sentimentos que estes comportamentos me causam, vindos sobretudo de pessoas das quais sempre considerei próximas, mas que afinal se deixam vencer pelo lado negro da vida, em que preferem o unanimismo à democracia viva, discordante, por vezes, mas sempre defendendo os princípios da liberdade de expressão e de opinião, que nos foram transmitidos pelo 25 de Abril de 1974.
Nas minhas escolhas, prefiro sempre defender as minhas opiniões frontalmente, olhos nos olhos, procurando apresentar, sempre, propostas alternativas e concretas. Ninguém me pode acusar de ter traído ninguém pelas costas porque isso não faz parte da minha forma de ser. Sempre disse o que pensava, nas ocasiões próprias e não andei, nem ando a dar palmadinhas nas costas em gente que traiu e enxovalhou pessoas de bem e camaradas de luta.
Mesmo as Pessoas que tenho apoiado em lugares públicos sabem que critico quando acho que o tenho de fazer, mas não traio nem ando na praça pública a colocar entraves ao seu trabalho. Quando acho que estão a cometer erros falo, apresento ideias e sinto que as mesmas não têm caído em saco roto. É assim que considero que é possível corrigir erros a bem das pessoas que representamos.
Pessoas como eu não são muito queridas. São consideradas umas chatas e às vezes gostaria de ser “mosca” para saber que outros nomes me chamam. Há uma grande pressão na sociedade para cada vez mais ser meia dúzia de pessoas a decidir e serem milhares a cumprir. Comigo não contam para isso. Em lado nenhum. Sou defensora da democracia participativa em tudo. A auscultação das opiniões deve ser feita permanentemente e não só quando dá jeito. Saber ouvir as opiniões e tê-las em conta é o mais bonito da democracia. Assim, nas intervenções públicas, sentiremos que a nossa opinião conta. Nos discursos, em nome de um coletivo, quem os faz não pode debitar apenas a sua “douta” opinião, mas, sobretudo, saber representar as opiniões e propostas que o seu coletivo tem para aquela ocasião concreta.
Foi assim que aprendi há 44 anos a trabalhar, e, em tudo o que ainda posso fazer, gosto de me lembrar que, “sozinhos, não somos nada, e juntos temos o mundo nas mãos”.




Sem comentários:

Enviar um comentário