domingo, 16 de agosto de 2020

PSP apresenta queixa por cartoon polémico no Público. Ilustração de Nuno Saraiva mostra polícia em manifestação de extrema-direita.

 
A lei da rolha continua a funcionar no país chamado Portugal, que há muito abandonou as liberdades democráticas conquistadas com o 25 de Abril de 1974


A Polícia de Segurança Pública (PSP) vai apresentar uma queixa-crime contra o jornal ‘Público’. Em causa está um cartoon, da autoria de Nuno Saraiva, publicado no suplemento ‘Inimigo Público’, sobre a manifestação de extrema-direita que decorreu no passado fim de semana em frente à sede da associação SOS Racismo, em Lisboa. Uma das figuras que aparece no desenho - com tocha na mão e máscaras, tal como aconteceu na referida manifestação - é um polícia.

Para a força de segurança, este cartoon “associa a PSP a um qualquer movimento político-ideológico, afetando publicamente a isenção e apartidarismo que caracterizam a instituição”. A manifestação em frente ao SOS Racismo terá sido convocada pela Resistência Nacional, grupo que reúne antigos militantes da Nova Ordem Social, Partido Nacional Renovador e Portugal Hammer Skins.
“A PSP lamenta a leviandade com que o jornal e o cartoon em questão feriram a boa imagem da instituição e dos polícias que nela servem e protegem os nossos concidadãos”, acrescenta, em comunicado, a instituição. “Por considerar que os factos referidos ofendem a credibilidade, o prestígio e a confiança devidos, consubstanciando a prática de crime, serão os mesmos participados ao Ministério Público e exercido o direito de queixa pelo Diretor Nacional”.

Já o cartoonista Nuno Saraiva considera que “criminoso é acharem que isto é um crime, que um criativo, um jornalista, um opinion maker, um cartoonista não pode ter direito à sua liberdade de expressão”. E mostra-se preocupado com “o caminho que o país está a trilhar”. Já o jornal considera que “ir atrás dos cartoonistas é sintoma de qualquer coisa”.

1 comentário:

  1. Quer o Diario da Madeira, quer o JM, são muito, muito fracos, e contribuem para o não desenvolvimento da ilha . Sao uma espécie de meios de antipatriotismo e falta de consideração pela Madeira e pelos Madeirenses. No longo prazo, mesmo para quem os detém, qual é a vantagem de contribuir para a pobreza da Madeira? Haverão menos pessoas, vão sair, haverá menos consumo e menos consumidores. Perderão todos.Copiem parte do expresso.... ou outro. Inclusive com tanto Madeirense em vários países, podiam ter uns 2 ou 3,"tipo correspondentes" nem que fosse para escrever 1 vez ao mês, algo dos países onde residem, que fosse do interesse para a Madeira e dos leitores regionais.

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