“C” de cunha
[4 milhões de Euros para salvar a vida de duas bebés estrangeiras. Eis a cunha do Presidente Marcelo, a pedido do filho]
Esta semana volta a ficar marcada
por duas personagens que
fazem parte do imaginário do
Ocidente. Refiro-me às duas
crianças gémeas luso-brasileiras
que vieram a Portugal em 2019 receber o
medicamente Zolgensma, um dos fármacos
mais dispendiosos do mundo. Custa cerca
de dois milhões de euros, e combate uma
doença rara, mortal nos bebés.
Segundo as notícias, duas gémeas que
vivem no Brasil receberam, em Lisboa, um
tratamento que totalizou no conjunto quatro milhões de euros. Apesar de um parecer
contra dos médicos do hospital Santa Maria,
em Lisboa, o tratamento avançou e as suspeitas admitem que possa ter sido por influência do chefe de Estado ou mesmo pelo
Presidente da República, Marcelo Rebelo de
Sousa, que já negou qualquer interferência
no caso.
É de se dizer que depois da queda do governo, este assunto vem à tona para assombrar o Presidente da República, ameaçando
e até mesmo atrapalhando a sério o segundo
mandato de Marcelo Rebelo Sousa, deixando-o até, metaforicamente, nos cuidados
intensivos.
A verdade é que este caso é tão escandaloso de “cunhas” e de “esquecimentos” que
retrata, infelizmente, o país em que vivemos.
Ora, sobre este assunto, várias são as opiniões. Já ouvi de tudo. Por um lado, teorias
da conspiração de querer queimar Marcelo
Rebelo Sousa, por outro lado, questões da
atribuição da nacionalidade, da xenofobia,
do racismo e do preconceito.
Sobre este assunto, vejo sob diversos prismas:
Ponto um: o valor do medicamento. Qual
a razão de existir um fármaco - que salva-
-vidas – que custa dois milhões de euros?
Será legítimo dar a uns e não a outros?
Ponto dois: a cunha. Se existe favoritismos, se há compadrio, se há cunha – e sejamos sinceros, neste país é o que mais existe
em todo o lado – certamente que esta cartada será utilizada, principalmente no que
concerne a saúde. Não é correto nem ético.
Está errado! Mas é a lei da sobrevivência
perante os problemas do Sistema Nacional
de Saúde: espera de longos meses por uma
consulta de especialidade, por um exame
médico ou por uma baixa de urgência. Muitas vezes, esta cartada não é usada para passar propositadamente à frente de alguém,
mas sim, unicamente, para ser atendido por
um serviço que se encontra num descalabro total com urgências fechadas e consultas
atrasadas. Ponto três: a nacionalidade. Efetivamente,
o Governo abriu as fronteiras para a obtenção da nacionalidade, como um meio ou, se
quisermos, um instrumento para uma espécie de turismo de saúde.
Se existe favoritismos,
se há compadrio, se
há cunha – e sejamos
sinceros, neste país é
o que mais existe em
todo o lado.
Aquilo que é revoltante é ver alguém que
obtém a nacionalidade em poucos dias -
num processo relâmpago - e que é privilegiado com um tratamento de saúde, em
comparação a outras crianças portuguesas
que aguardam meses e anos pelo tratamento. Quais os critérios que, eventualmente,
terão sido corrompidos para satisfazer os
membros do governo? Será isto um tráfico
de influências?
Sendo o SNS pago pelos contribuintes,
temos o direito de saber se o sistema, efetivamente, serve aqueles que precisam e se
é um serviço de qualidade, de prestígio, de
excelência, de acesso e universal a todos os
portugueses como refere a Constituição; ou
se é um serviço “toque e foge”, ou seja, adquire a nacionalidade e pronto, já está tratado! Será isto um tráfico de influências? Será
isto um jogo de poderes? Enquanto portugueses e contribuintes que pagamos pelo
SNS, merecemos uma resposta, mas ninguém tem a coragem e a decência de afirmar que foi responsável pela decisão.
Dito isto, estamos entregues aos leões!!!
Ora bem.
ResponderEliminarE as suas cunhas, que recebia por telemóvel?
ResponderEliminarÉ ponha-se com o ar de demente que é, a dizer que era uma pessoa da sua estima, quando nem as conhecia, como era?
Não entendi. Explique melhor.
EliminarEle entende
EliminarAs cunhas que entravam no hospital, porque supostamente o conheciam e eram da sua estima, onde estão? Nem você sabia quem eram, aldrabão, vinham do lado da Maceda e não só...
ResponderEliminarImage o que faria se fosse presidente da República, esses neudonios6
Neurónios
ResponderEliminarTelhados de vidro mira, mira
ResponderEliminarSerá que consegue ter um discurso coerente? Eu ajudei centenas de pessoas aflitas na Madeira. Fi-lo porque via todos os dias os pepedeas passarem à frente por coisas menores. Eu fiz pressão e cobraram-me favores dos meus serviços a 15 por cento de capacidade máxima. Ajudei a muito custo. Não me arrependo.
ResponderEliminarVocê ajudou com a intenção de arranjar um tacho, as pessoas da sua estima eram estranhos e passaram à frente de outros utentes. Cunha sua. E vem falar de quem? Você é porco dos pés à cabeça.
EliminarNão ajuda ninguém, só pensa no seu bem estar.
Nunca cobrei nada a ninguém. Fiz por respeito à população que merecia.
ResponderEliminarAchou e achou mal, que os lucros, acabariam com você na assembleia, tão tontinho.
EliminarPessoas de bem? Você, nem as conhecia!
Este filho da puta nunca deu ponto sem nó, não vale nada
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