Antigos alunos prestam homenagem aos diretores da primeira escola privada em Machico
A primeira escola privada da Madeira nasceu há 50 anos em Machico pela mãos dos professores. A 11 de outubro de 1965 nascia o Externato Vaz Teixeira que mudou significativamente a vida dos jovens de então.Zita Cardoso e demais alunos da instituição prestaram ontem homenagem aos professores que estiveram no arranque deste projeto que muito ajudou os estudantes de Machico.Ariete Teixeira de Aguiar e seu marido Emídio Queirós Lopes foram os fundadores deste projeto e educaram sucessivas gerações. Hoje residem no Estoril e foram homenageados no Hotel Dom Pedro pelos antigos alunos.Os alunos com mais dificuldades económicas passaram a frequentar este ensino, em vez de se deslocarem para o Funchal. Tudo funcionou na Rua General António de Aguiar, num imóvel que já foi vendido à iniciativa privada.Mais tarde, a escola deu origem a uma instituição de ensino pública de primeiro ciclo. (Funchal Notícias)
José Manuel Coelho não tem boas recordações deste sr. professor Queiroz Lopes.
A primeira escola privada da Madeira nasceu há 50 anos em Machico pela mãos dos professores. A 11 de outubro de 1965 nascia o Externato Vaz Teixeira que mudou significativamente a vida dos jovens de então.Zita Cardoso e demais alunos da instituição prestaram ontem homenagem aos professores que estiveram no arranque deste projeto que muito ajudou os estudantes de Machico.Ariete Teixeira de Aguiar e seu marido Emídio Queirós Lopes foram os fundadores deste projeto e educaram sucessivas gerações. Hoje residem no Estoril e foram homenageados no Hotel Dom Pedro pelos antigos alunos.Os alunos com mais dificuldades económicas passaram a frequentar este ensino, em vez de se deslocarem para o Funchal. Tudo funcionou na Rua General António de Aguiar, num imóvel que já foi vendido à iniciativa privada.Mais tarde, a escola deu origem a uma instituição de ensino pública de primeiro ciclo. (Funchal Notícias)
José Manuel Coelho não tem boas recordações deste sr. professor Queiroz Lopes.
«Em 1972 salvo erro a minha mãe (Isabel da Mata) inscreveu a minha irmã Maria José (então com 17 anos) em Machico na escola fundada por este sr. professor afim de ela tirar o primeiro ano do liceu para depois ir a exame no Funchal num requerimento que o externato fazia para levar os seus alunos a exame nas escolas oficiais de então, que na Madeira no tempo do Salazar, eram apenas duas: A Escola Industrial e o Liceu de Jaime Moniz.
A minha mãe para pagar a mensalidade do externato e o passe no autocarro da SAM para a minha irmã se deslocar a Machico tinha que ir a pé todos os dias para as Águas Mansas no Boqueirão (Gaula) apanhar a fourgoneta do sr. Barbosa ,um empresário da Camacha que escaldava vimes para vender e contratava mão de obra de mulheres rurais afim de proceder ao descasque dos mesmos, que depois eram secos ao sol para mais tarde serem comercializados. A minha mãe levantava-se cedo, ainda de noite para ganhar um dia de trabalho para conseguir que a filha estudasse e tivesse a sua formação. Como a minha irmã já tinha 17 anos, não podia ser matriculada nas escolas oficiais do Governo pois a entrada era vedada a alunos com mais de 14 anos. A única alternativa era um externato que dava a matéria escolar aos alunos e depois candidatava-os a exame nas escolas oficiais (como alunos externos) que eram aquelas que acima referi.
Decorridos uns meses de aulas num belo dia a minha irmã chega a casa a chorar dizendo à minha mãe que o professor Queirós a tinha expulso da escola e que não a quería mais lá.
No outro dia eu acompanhei a minha mãe a Machico para falarmos com o sr. director da escola esse tal Queiroz Lopes afim de apurarmos melhor as causas e interceder junto dele para que desculpasse qualquer coisa que a minha irmã tivesse feito e que ela pudesse ficar no externato e continuar os estudos.
Queiroz Lopes recebeu-nos na companhia do pároco da Água de Pena um tal padre Miguel, que não sei se ainda é vivo (era professor de Religião e moral lá na escola), tratou-nos mal e com sobranceria dizendo que a minha mãe não sabia educar a filha que vinha pra ali escrever malcriações nos cadernos. Tentatamos interceder pela minha irmã sem qualquer sucesso . Ele disse que não havia perdão que ela não podia continuar mais naquela escola e que não admitia alunos malcriados e por aí fora. Não nos deu mais ouvidos e saiu arrogantemente da pequena sala onde nos recebeu.
Mais tarde eu tentei saber junto da minha irmã o que na realidade acontecera com ela. Ela acabou por me dizer que em brincadeira tinha trocado palavrões escritos no caderno com a sua colega de carteira que também costumava escrever palavras menos simpáticas no caderno dela. (brincadeiras de raparigas adolescentes-próprias da idade).
Disse à minha irmã solidáriamente. Afinal o que foi que escreveste? ela lá me disse olha escrevi: "merda, merdão, cagão". Assim que a coleguinha viu aquilo escrito foi logo mostrar ao professor. Ele interpretou com sendo atribuido a ele e não se pôs com meias medidas e expulsou definitivamente a minha irmã.
Final da breve história: a minha mãe teve que levar a minha irmã para o externato do Bom Jesus na rua de João de Deus no Funchal afim de a minha irmã prosseguir os seus estudos. O externato do Bom Jesus, na altura era dirigido pelo Dr. Jaime Vieira dos Santos que era natural da Lombada e que por sinal era primo legítimo da minha mãe, antigamente tinha frequentado o seminário mas não foi ordenado padre porque o bispo teve conhecimento de umas cartas de amor que ele tinha escrito a algumas raparigas lá da freguesia de Santa Cruz.»
Leia mais notícias de José Manuel Coelho, publicadas pelo saudoso jornalistaTolentino Nóbrega no Jornal Público em 2011 AQUI
Duas fotos do velho caquético fascista homenageado em Machico
Leia mais notícias de José Manuel Coelho, publicadas pelo saudoso jornalistaTolentino Nóbrega no Jornal Público em 2011 AQUI
Duas fotos do velho caquético fascista homenageado em Machico
Lamento que não tenhas estado presente nos 40 anos de regresso de Angola. Terias encontrado a malta do "contenente" que contigo conviveram.
ResponderEliminarAbraço
Oh amigo e camarada Cruz. Foi uma imperdoável distração minha. No rescaldo das eleições fiquei absorvido com o desenrolar dos acontecimentos e quando dei por mim, já tinha passado o dia 8 de Outubro. Foi uma chatisse eu não me ter lembrado a tempo.
ResponderEliminar