Sem lentes ideológicas Sem imprensa livre não há democracia.
Sem imprensa livre não há democracia. E o dever dos jornalistas é divulgar as notícias relevantes, de interesse para a comunidade. Um ex-primeiro-ministro que disparou o endividamento do Estado e que se orgulhava de não ter saldos bancários, nem rendimento conhecido, enquanto ostenta um padrão de vida que só ganhos milionários poderiam suportar, tem de ser alvo do escrutínio mediático. Os cidadãos têm o direito de saber se a riqueza tem origem lícita ou ilícita. A corrupção é o principal cancro da democracia: promove a ineficiência e é paga duplamente com mais dinheiro dos contribuintes e piores serviços para os cidadãos. Foram milhares de casos de corrupção que levaram o País ao terceiro resgate e causaram o duro ajustamento que custou centenas de milhares de empregos, inúmeras falências, tantos dramas e sonhos destruídos. O CM, que em 2011 desencadeou uma petição para a criminalização do enriquecimento ilícito, não tem lentes ideológicas. Tanto investigamos as suspeitas sobre Sócrates, do Freeport ao Marquês, passando por Cova da Beira ou Face Oculta, como os crimes no BPN de Oliveira e Costa e Dias Loureiro, o escândalo BPP, os nebulosos negócios das luvas dos submarinos, as suspeitas sobre Paulo Portas, o desastre do GES e as teias de Ricardo Salgado e de todos os suspeitos de grandes crimes de colarinho branco. É esse o nosso dever moral. Um imperativo ético.
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