sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Raquel Coelho comenta a falta de liberdades democráticas em Portugal


A crescente fascização da Justiça em Portugal levanta 
problemas muito sérios às liberdades democráticas
conquistadas com a Revolução do 25 de Abril de 1974
Escalada fascista da justiça portuguesa volta a subir um degrau, nem os familiares das vítimas do Meco escapam às garras da justiça salazarenga deste país.
Não só perderem os filhos em circunstâncias dúbias como agora arriscam ter de pagar uma indemnização ao procurador em questão por terem criticado a forma como decorreu a investigação da tragédia no Meco.
Estão-nos a usurpar liberdades fundamentais à essência do ser humano - o direito à indignação perante uma injustiça.
Primeiro os processos de difamação começaram aos jornalistas, depois aos políticos, agora já chega à sociedade civil. Chegamos ao cúmulo de ter uma mulher presa por delito de opinião. Isto é como disse Bertolt Brecht:
Primeiro levaram os comunistas,
Mas eu não me importei
Porque não era nada comigo.
Em seguida levaram alguns operários,
Mas a mim não me afectou
Porque eu não sou operário.
Depois prenderam os sindicalistas,
Mas eu não me incomodei
Porque nunca fui sindicalista.
Logo a seguir chegou a vez
De alguns padres, mas como
Nunca fui religioso, também não liguei.
Agora levaram-me a mim
E quando percebi,
Já era tarde.


Familiares dos seis jovens que morreram na praia do Meco em Dezembro de 2013 revelaram que vão ser ouvidos em 25 de Janeiro, no âmbito de um processo por difamação que lhes foi movido pelo procurador do Ministério Público que arquivou o caso, Moreira da Silva. 

"Fui notificada para comparecer no Campus da Justiça, em Lisboa, no próximo dia 25 de Janeiro, às 11 horas, para ser ouvida no âmbito de um processo por difamação que nos foi movido pelo senhor Procurador", confirmou à LusaFernanda Cristóvão, mãe de Ana Catarina, umas das alunas da Universidade Lusófona que perdeu a vida na praia do Meco, a 15 de Dezembro de 2013.

"Não me recordo de nada que tenha dito que possa ter difamado o senhor Procurador. O que eu sempre disse foi que não concordava com a forma como decorreu a investigação", acrescentou Fernanda Cristóvão, arguida no processo por difamação.


A mãe da jovem Ana Catarina adiantou que familiares de pelo menos outros dois jovens que morreram na praia do Meco (Pedro Negrão e Tiago), também foram notificados para serem ouvidos pela justiça.

Os pais dos seis jovens que morreram na praia do Meco apresentaram uma queixa-crime contra o dux João Gouveia, único sobrevivente, por suspeitarem que não teria contado a verdade sobre as circunstâncias da morte dos seis jovens, mas o processo foi arquivado pelo tribunal de Setúbal, decisão que foi confirmada a 26 de Janeiro do ano passado pelo Tribunal da Relação de Évora.

De acordo com a versão apresentada por João Gouveia, os seis jovens (quatro raparigas e dois rapazes) - que estavam a passar o fim-de-semana numa casa alugada na localidade de Aiana de Cima, no âmbito das actividades da comissão de praxes da Universidade Lusófona -, terão sido arrastados por uma onda quando se encontravam na praia do Meco, em Sesimbra, no distrito de Setúbal. (SÁBADO)

 Na terra onde os juizes fascistas perseguem a liberdade de expressão, inaugura-se no museu da Imprensa em Câmara de Lobos uma exposição sobre o jornal antifascista "Comércio do Funchal". O evento realizou-se hoje pelas 17 horas



Fotos do ESTADÃO






1 comentário:

  1. aqui esta a futura cabeca de lista a camara municipal do funchal dra raquel coelho.

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