sábado, 28 de janeiro de 2017

Na Turquia e em Portugal liberdade de imprensa precisa-se

Cartunista turca ganha prémio de “coragem artística” no festival de Angoulême

Ramize Erer destaca-se no combate pela causa das mulheres, vítimas colaterais da política de Recep Erdogan

A cartunista feminista turca Ramize Erer recebeu hoje o prémio “couilles-au-cul” de “coragem artística” do Festival de Banda Desenhada de Angoulême, que decorre nesta cidade no sudoeste de França.
O júri quis “lembrar a situação difícil que vivem neste momento os cartunistas turcos” e “homenagear a coragem desta cartunista e o seu combate pela causa das mulheres, vítimas colaterais da política de (Presidente turco Recep Tayyip) Erdogan”, indicou o festival num comunicado.
“Dedico este prémio à minha mãe que se tornou feminista sem ter conhecido nem Virginia Woolf, nem Simone de Beauvoir e que me deu uma liberdade sem limites e a coragem de falar dos problemas e dos desejos das mulheres e das relações entre os homens e as mulheres”, disse a laureada.
Também saudou a memória do seu amigo Georges Wolinski, cartunista morto em janeiro de 2015 no atentado contra a revista satírica Charlie Hebdo, que lhe deu e à sua família “uma amizade e um apoio sem limites”.
Ramize Erer publica desde 2010 a única revista de banda desenhada no mundo feita exclusivamente por mulheres, a Bayan Yani.
Exilada em França há dois anos devido às ameaças que sofria na Turquia, Ramize Erer dirige a revista a partir de Paris.
A impertinente cartunista não tem tabus e desenha “raparigas modernas que mostram o rabo e fazem troça dos gajos”, dizia Georges Wolinski, que deu a conhecer o seu trabalho em França.
Sob um traço aparentemente ingénuo e irónico, dissimulam-se situações de grande violência, que descrevem a opressão de que as mulheres são vítimas.
Nascida em 1963, Ramize Erer formou-se na Academia de Belas Artes de Istambul. Em 1990, publicou “Sans Moustache (Sem Bigode)”, o primeiro dos seus cinco álbuns de ressonância feminista com a sua heroína Kotu Kiz (”A menina má”).
O irónico prémio “couilles-au-cul” de Angoulême premeia a coragem artística de um autor com uma estatueta em forma de dois testículos. (dnoticias.pt)



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