sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

A tragédia nos carreiros do Monte

Um crime que chocou a Madeira

 A juíza da secção de instrução criminal da Comarca da Madeira determinou, esta tarde, a prisão preventiva do homem que na quarta-feira matou a tiro o chefe dos carreiros do Monte. Ficou indiciado pelo homicídio qualificado, crime com pena até 25 anos de prisão.
O presidente da Comarca da Madeira, Paulo Barreto, descreveu que o primeiro interrogatório judicial do arguido Leonel, conhecido pela alcunha ‘bisonte’, teve início às 15h20 e terminou às 16h45, tendo a juíza Susana Mão de Ferro o indiciado pelo crime de homicídio qualificado “pela utilização da arma e também pela frieza e premeditação”. Aguardará agora o julgamento em prisão preventiva.
O arguido, natural do Faial, Santana, nasceu a 2 de Fevereiro de 1965. Saiu do Palácio da Justiça pouco depois das 17h00, numa carrinha dos serviços prisionais, que o transportou de volta à cadeia da Cancela. (dnotícias.pt)

O homem que na quarta-feira matou a tiro o presidente da Associação dos Carreiros do Monte, no Funchal, foi hoje submetido a primeiro interrogatório judicial e vai aguardar julgamento em prisão preventiva, informou o presidente da Comarca da Madeira.Paulo Barreto disse aos jornalistas que o interrogatório decorreu entre as 15:20 e as 16:45 e que “o arguido foi indiciado pela juíza de Instrução Criminal pela prática de um crime de homicídio qualificado, pela utilização da arma [crime de perigo comum] e também pela frieza e premeditação”.O magistrado complementou que a juíza decidiu aplicar a prisão preventiva como medida de coação, “tendo em conta o alarme social e o perigo de fuga”.O alegado homicida tem 51 anos, é madeirense, natural da freguesia do Faial, no concelho de Santana, no norte da ilha da Madeira, indicou.Na passada quarta-feira, o presidente da Associação dos Carreiros do Monte [homens que conduzem os tradicionais carros de cesto que são uma das principais atrações turísticas da Madeira] morreu, naquela localidade, depois de ter sido alvejado com vários tiros na sequência de uma discussão, com um outro ex-profissional da mesma atividade.Segundo fonte da Polícia Judiciária (PJ), “foram disparados cinco tiros, em diferentes ocasiões", precisando que depois de três tiros iniciais, o presumível autor dos disparos entrou num café das imediações e disse: "Já viram? Eu não disse? Um já está, faltam dois".A mesma fonte explicitou que "seria intenção atingir ainda mais dois elementos da atual direção da associação", o que não aconteceu, apenas "porque não se encontravam naquele lugar, na altura".Ainda referiu que o presumível autor "saiu do café e, ao passar pela vítima que se encontrava a ser assistida por um colega, terá reparado que ainda poderia estar viva e, à queima-roupa, disparou mais dois tiros", apesar dos "pedidos insistentes dos colegas para o não fazer".Devido a esta situação, os carreiros do Monte decidiram, em sinal de luto pela família do responsável da associação, Norberto Gouveia, suspender as descidas dos carros de cesto até a próxima segunda-feira, depois do funeral da vítima. (ver JM)

Paulo Barreto Juiz do regime anuncia a prisão do suspeito de homicídio


Sem comentários:

Enviar um comentário