domingo, 7 de abril de 2024

Maria Teresa Horta e sua passagem pelo PCP

 


 A Teresa nunca se subjugou ao sistema, nem sequer ao do Partido Comunista. O Mário de Carvalho diz que ela foi sempre uma voz distinta dentro do partido. A verdade é que a Revolução aconteceu, mas os princípios da misoginia e do machismo continuaram lá. Por outro lado, a felicidade não é uma coisa que lhe bata à porta, porque ela está sempre do outro lado. ... a Teresa envolve- -se no movimento de libertação das mulheres até hoje. Durante o confinamento, a grande preocupação dela era com as mulheres que estavam presas em casa com homens com perfil de agressores.

O choque com o Partido Comunista nasce ainda com a revista Mulheres, dirigida por ela? 

 Sim, há um lado muito puritano no PCP que entra em choque com a sua personalidade e formação. Com o final d’O Diário, a Teresa e o marido ficam no desemprego e escreveram os dois uma carta indignada ao Cunhal. Ela não gostava dele, o marido, pelo contrário, era fascinado. Mas, ao contrário do Luís, ela não entregou o cartão do Partido porque, diz, não quer que, um dia destes, venham dizer que a Teresa Horta nunca foi militante. Ela tem a prova




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