terça-feira, 28 de novembro de 2017

Bispo das sete fontes em maus lençóis. A coisa esta preta!

A homoxessualidade do Padre Humberto coloca o senhor Bispo do Funchal, D.António Maria Carrilho nas bocas do mundo.  Os fiéis da paróquia do Garachico exigem a retirada do padre. A situação apresenta um quadro explosivo na conservadora sociedade madeirense.



Escândalo abala paroquianos de São Vicente

O relacionamento íntimo do pe. Humberto deixou incrédula a comunidade cristã

09 MAI 2013 / 02:00 H


Incrédulos ou em estado de choque. A 'bomba' - era assim o nome dado à notícia do DIÁRIO que fez manchete na edição de ontem - deixou a comunidade cristã de São Vicente pasmada. O processo litigioso que opõe o padre Humberto Mendonça a um cidadão cubano, decorrente de um relacionamento íntimo que levou a extorsão de dinheiro da parte do professor de dança cubano ao pároco de São Vicente e Ponta Delgada, foi uma espécie de relâmpago do qual os pára-raios das paróquias desta vez não conseguiram proteger os fiéis. 
Em pequenos grupos, nos bares, nas ruas e ruelas, o espanto foi, para alguns, um motivo "muito triste" que abalou os paroquianos, sobretudo porque não esperavam tamanha atitude de uma figura que deve dar o exemplo dos bons costumes. 
Daí que a questão do litígio - a extorsão de dinheiro - fosse, para alguns fiéis deste concelho rural, um assunto de menor relevância quando lhes parece que em causa estão ligações mais afectuosas e que colocam a nu toda a moralidade que a Igreja tenta preservar e apregoar sem hesitações. 
Os mais liberais defendiam uma mudança rápida no interior da Igreja, comungando que os padres devem ter o direito a poder casar ou escolher os seus parceiros. "Se assim fosse nada disto acontecia", expressa uma cidadã que se diz católica, mas que acrescenta não ser praticamente, por entender existir incongruências entre aquilo que os párocos pedem e aquilo que alguns fazem. Confessam ainda que a vida privada somente diz respeito a cada um. Até aos padres, reiteram.
Os mais religiosos, particularmente os mais idosos, também sob reserva de anonimato, não concordavam com o relacionamento entre o padre e o bailarino cubano. Recordam que o padre Humberto sempre se pautou por um discurso da moralidade e da observância da decência. Palavras que não devem ser vãs, acentuam.
Todavia, os mesmos que criticam a postura do pároco são os primeiros a defenderem-no. Afirmam que nunca viram comportamentos suspeitos, embora, em menor percentagem, houvesse quem dissesse que o padre até terá dado, no passado, sinais das suas preferências, ao ponto de acrescentarem que chegaram a circular rumores pela localidade da sua homossexualidade.
É a pensar num eventual 'castigo' social que eventualmente possa vir acontecer pela comunidade de São Vicente e de Ponta Delgada, especialmente, através de comentários mais jocosos (que já circulavam ontem) que João Caldeira aconselha a diocese do Funchal a proteger o seu padre. "Pelo menos por algum tempo acho que devia suspender as suas funções. Sou amigo dele e por isso penso que, nesta fase, seria o melhor para ele", refere de ar resignado.
Este membro da Confraria da paróquia do Bom Jesus (e igualmente presidente da Junta de Freguesia) diz que a população foi tomando conhecimento da notícia à medida que as horas iam passando. "Naturalmente ficou abalada. Era impossível não ficar", expressa, dizendo que no meio rural estes comportamentos atingem uma magnitude superior que nos meios citadinos. 
De cama ou no FunchalO DIÁRIO esteve nos locais habituais onde o padre Humberto marca a sua presença diária. Em nenhum chegou a ser visto. No interior da paróquia de São Vicente, onde se procedia à limpeza do chão, foi-nos transmitido que o sr. padre estaria de cama em casa. No Centro Paroquial a mensagem foi outra: "O sr padre está no Funchal". Na Lar de Idosos da Ponta Delgada ninguém sabia do pároco.
Insistimos. Fomos à casa paroquial no exacto momento em que chegavam duas freiras ao portão principal de acesso à rua. Estacionaram diante da porta de entrada e uma delas foi a uma instituição sediada nas redondezas. As portas e as janelas completamente fechadas davam sinais de ausência. Também o escritório sediado na igreja de São Vicente esteve encerrado.
Há muito que são conhecidos os problemas de saúde do padre Humberto, e são muitos aqueles que acreditam que este escândalo que se abateu sobre si possa prejudicar ainda mais a sua condição física.
Rigoroso nas contasJoão Caldeira, membro da direcção da Confraria da Paróquia da Ponta Delgada e membro do Conselho Económico desta igreja, não tem qualquer dúvida quanto à honestidade e seriedade do padre Humberto Mendonça, afastando desta forma rumores ou suspeições de que o pároco tivesse usado dinheiro da paróquia da Ponta Delgada para poder pagar as quantias exigidas ao cidadão cubano. "Impossível", declara o também presidente da Junta de Freguesia, ciente que não houve qualquer desvio de dinheiro. 
João Caldeira assegura que o padre neste capítulo "é muito rigoroso" e que não há qualquer possibilidade de falha. "Está tudo em conformidade. Isso, posso assegurar-lhe com toda a clareza, porque acompanhamos de perto a entrada e saída de dinheiro desta paróquia", responde o autarca convicto, reiterando a sua condição de amigo do padre.

Missa no fim-de-semana?A comunidade de fiéis católicos está expectante quanto aos actos litúrgicos deste fim-de-semana nas paróquias de Ponta de Delgada e na vila de São Vicente ou ainda na capela da Lombada, em Ponta Delgada. Lugares de culto adstritos ao padre Humberto Mendonça. O DIÁRIO chegou colocar esta questão na Casa Paroquial de São Vicente e a informação prestada foi que irá haver missa nos horários habituais e com o pároco em questão. Porém, na Ponta Delgada existe muita desconfiança que isso possa acontecer. Desconfiam que seja outro padre a substituir o pároco por impedimento deste, alegando, suspeitam, falta de condições para as homílias.Os católicos praticantes auscultados sabem da fragilidade física de Humberto Mendonça e acreditam que este escândalo público seguramente deverá ter implicações, tanto mais não seja, advertem, ao nível psicológico. Daí que os fiéis duvidem ter de novo no altar a presença do padre que tantas vezes ouviram e viram celebrar missa. 

Romeira solidárioO presidente da Câmara Municipal de São Vicente, Jorge Romeira, prefere apenas aceder a comentar a notícia do DIÁRIO na qualidade de médico e de amigo. "Obviamente que é uma situação desagradável, mas todos nós cometemos erros. Não tenho nada a apontar ao sr. padre Humberto, de quem sou amigo. Sinto-me triste, porque ninguém esperava uma situação destas. Não tive ainda a oportunidade de falar com ele, mas quero transmitir-lhe a minha solidariedade pessoal perante este facto", reagia Romeira ontem ao nosso jornal, confidenciando que apesar de trabalhar de perto, como médico, no Lar Bom Jesus, na Ponta Delgada, onde o padre Humberto Mendonça tem ligações directas à instituição, garante que nunca teve "sinais de que o sr. padre estivesse a ser chantageado", nem mesmo, frisou, que "estivesse perturbado" com o problema que o afligia. "Sempre teve um comportamento exemplar. Não tenho nada a apontar", remata numa curta declaração, defendendo o profissionalismo do pároco da igreja da vila de São Vicente.
Até o PTP chegou a ser invocado para fazer chantagemDeverá arrancar hoje, às 14 horas, no Tribunal de Vara Mista do Funchal, o julgamento de um cidadão cubano, de 27 anos, acusado de extorsão a um sacerdote, conforme deu ontem conta o DIÁRIO.
Quando prestou depoimento, a 8 de Novembro de 2012, o sacerdote disse à procuradora coordenadora dos Serviços do MP na Região que a diocese do Funchal o informou que se o cidadão voltasse à Madeira (como acabou por voltar a 28 de Novembro de 2012), teria, eventualmente, de abandonar a sua paróquia.
Ora, neste momento, o pe. Humberto continua a ser o arcipreste do Arciprestado de São Vicente e Porto Moniz (informação disponível na página oficial da diocese). Tal Arciprestado reúne 12 paróquias, desde as Achadas da Cruz à Fajã do Penedo. O pe. Humberto tem a seu cargo, especificamente, as paróquias da vila de São Vicente e de Ponta Delgada.
Para o julgamento, em tribunal colectivo, foi requisitada uma intérprete de castelhano. Nos autos constam transcrições de mensagens SMS (feitas pela PSP) e de 'email' (feitas pela PJ). Tais mensagens tiveram origem em IPs de Cuba, Itália e EUA. Numa dessas mensagens em que se exige 20 mil euros chega-se a invocar que, caso a transferência não fosse feita, o departamento de agitação e propaganda do PTP iria tomar conhecimento da situação.
Mais recentemente, a 30 de Janeiro de 2013, o advogado do sacerdote informou o tribunal que ele e a testemunha amiga do sacerdote que recebeu 389 de mensagens tinham recebido telefonemas de um cidadão cubano, que invocava a qualidade de representante do Consulado de Cuba em Portugal, com ameaças caso a situação não se resolvesse, pressionando no sentido da desistência da queixa.
Hoje, às 10 horas, o bispo do Funchal, D. António Carrilho preside à reunião do Conselho Episcopal, na Cúria Diocesana.Fazem parte do Conselho Episcopal o vigário-geral da diocese, cónego Fiel de Sousa; o vigário episcopal, cónego Carlos Duarte Lino Nunes; o deão do cabido e penitenciário, cónego João Duarte Pita de Andrade; e o vigário judicial, pe. Marcos Gonçalves.
Desconhece-se se o assunto será abordado neste reunião que já estava agendada antes do julgamento ter sido tornado público.
Perguntas a... Diocese do FunchalEm virtude da ausência do director do Gabinete de Informação, pe. Marcos Gonçalves, respondeu ao DIÁRIO o secretário de D. António Carrilho, pe. António Estêvão Fernandes.
Face ao julgamento de um cidadão cubano acusado de extorsão ao pe. Humberto e conhecedor de que, quando prestou depoimento, a 8 de Novembro de 2012, o sacerdote disse à procuradora coordenadora dos Serviços do MP na Região que a diocese o informou que se o cidadão voltasse à Madeira (como acabou por voltar a 28 de Novembro de 2012), teria, eventualmente, de abandonar a sua paróquia... Pergunto se tal aconteceu e a que título, se oficiosa se oficialmente, e quem é, neste momento, o arcipreste de São Vicente e Porto Moniz? O sacerdote mantém o exercício das suas funções, que são do conhecimento público.
Pergunto ainda se os paroquianos de São Vicente e Ponta Delgada podem estar descansados de que as verbas entregues a esse cidadão cubano não são verbas da paróquia/esmolas/missas? Os sacerdotes conhecem as suas responsabilidades neste campo, sendo claro que uma coisa é a administração dos bens pessoais e outra a administração dos bens da paróquia. Confiamos que todos cumpram as suas obrigações neste campo. 

Pergunto ainda se a Conferência Episcopal Portuguesa ou a hierarquia da Igreja foram postas a par desta situação? Como vossa Ex.cia referiu na peça jornalística publicada, o próprio colocou o senhor bispo ao corrente da situação.(diário de notícias)





2 comentários:

  1. Deverá ser imediatamente a retirada da foto referente ao Pe Humberto, por a mesma não corresponder à pessoa em causa!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Já esta retirada amigo. A foto foi erradamente publicada no Diário de Notícias rm Maio de 2013. ver link:http://www.dnoticias.pt/impressa/hemeroteca/diario-de-noticias/385304-escandalo-abala-paroquianos-de-sao-vicente-CBDN385304

      Eliminar