sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Jaime Leandro parte a loiça toda, compara Emanuel Câmara e o Olavo ao Jaime Ramos e o Filho.




RAMOS E CÂMARAS, MAIS OLHOS QUE BARRIGA

Tenho estado atento às movimentações internas no meu Partido, no cenário pós eleições autárquicas e tenho visto o que nunca pensei ver.
Depois do grande resultado obtido, foi o Partido que mais câmaras conquistou, e quando o cumprimento das promessas feitas deveria estar na linha da frente do pensamento desses autarcas, eleitos sob a bandeira socialista, logo se constatou que o resultado lhes subiu à cabeça e então, em vez de humildemente interpretarem as responsabilidades que sobre eles impendem, resolveram guindar-se para patamares para os quais não foram talhados, nem estão preparados. O PS-M tem mais militantes do que alguns concelhos do Norte e não é mais fácil ter ideias para a Madeira do que gerir uma dessas autarquias.
Ter ambição não é pecado, mas o excesso dela é tão mau como a sua ausência e é disso que se trata, mas o que lhes falta em competências têm em excesso em ambição.
Mas ainda é pior quando quem toda a vida “cantou de galo” relativamente à independência do PS-M e ao combate ao PSD, agora se comporte como aqueles que censurava e se coloque de cócoras perante um quadro político ainda longínquo e incerto, relegando para segundo plano os interesses institucionais, tanto do PS-M como da CM Porto Moniz, em detrimento de interesses pessoais e familiares, já não nos bastava os Jaime Ramos do PSD (pai e filho) agora até isso querem trazer para o Partido Socialista.
Numa altura em que o PS-M apresenta scores eleitorais como nunca antes teve, reconheça-se que graças a muita gente, entre ela dirigentes e autarcas, entranho que queiram afunilar o PS-M em vez de lhe rasgar horizontes.
Tenho sido abordado por muita gente que não entende porque é que isto está a acontecer, para logo dizerem que estamos a voltar ao mesmo, às lutas fratricidas, que nos afastaram dos destinos governativos regionais nos já mais de 40 anos.
Em vez de potenciarmos os bons resultados estamos a reduzi-los ao espetro autárquico, que sendo importante, é, também, em si só redutor.
Sempre dissemos que para ganhar o Governo teríamos de ganhar câmaras, mas nunca dissemos que as tínhamos de as perder porque há quem tenha mais olhos do que barriga.
Como costuma dizer Victor Freitas a palavra não se rasga, mas foi isso que foi feito ainda antes mesmo de tomarem posse nas câmaras para que foram eleitos.
A distração com a tomada do poder no PS-M custou-nos, até agora, uma Assembleia Municipal e algumas de freguesia, falta saber da AMRAM, mas sobre isto ninguém reflete nem discorre, porque as agendas pessoais se sobrelevam aos desígnios partidários. Jobs for the boys, and sons é o lema, a Madeira e o Porto Santo podem esperar.
Lembro-me de em 2013, alguém me ter confidenciado estar farto de alguns dos seus pares, locais, acharem que tinham ganho eleições devido somente a eles, parecendo, que o candidato não tinha tido influência alguma, mesmo com 20 anos de trabalho. Pois bem, quem dizia isso, pensa agora o contrário e acha que pode ser o que quiser, porque alguém lhe há-de valer.
Todos ao molho e fé em Deus não chega, e quem é que vai governar o PS-M nos próximos dois anos, até às eleições de 2019, os filhos, os amigos de circunstância a quem prometem mundos e fundos ou os arqui-inimigos, agora “amigos” que já provaram, através de resultados eleitorais, não estarem à altura.
Mas então apontavam, como negativo, relativamente ao Carlos Pereira a circunstância de exercer o mandato de deputado na Assembleia da República, onde tem defendido a Madeira com propostas muito relevantes, e agora propõe-se que alguém a defenda a partir da CM do Porto Moniz, como? Em quê? Ou também vai deixar a Câmara para se dedicar, em exclusivo, ao Partido Socialista? Em qualquer dos casos seria mau!
E a competência não conta, alguém tem dúvidas quanto à competência de um e de outro? Carlos Pereira, segundo o seu opositor, leva vantagem, foi isso que o próprio constatou na primeira vez que falou da sua própria candidatura e também tem uma boa dentadura, para os que acham que isso é importante, digo eu. [ver JM]

 Olavo Câmara, era funcionário do grupo parlamentar do PS. ganhava por isso uma pipa de massa (quase 3 mil euros/mês). Em vez de trabalhar para o deputado Carlos Pereira, andava na rua a dizer mal dele e pior: Há cerca de seis meses que não aparecia ao trabalho de funcionário parlamentar e abotoava-se com o dinheiro no dia 20 de cada mês! Carlos Pereira teve que o despedir por falta de confiança política e abandono das suas tarefas, para as quais estava principescamente remunerado. E esta hein!

Emanuel Câmara e Olavo comparados a Jaime Ramos e filhote!


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