A morte de Matias Miguéis em 1965
Jornalismo com memória (também) é isto
Em 1965, no Congo-Brazzaville, na base do Movimento, por orientação de Agostinho Neto, o ex-vice-presidente do MPLA, Matias Miguéis, foi enterrado vivo, tendo ficado a cabeça de fora durante dois dias para receber todo tipo de humilhações até sucumbir ...
Pioneiro do nacionalismo, o assassinato de Matias Miguéis terá detalhes que se revestem de um sadismo indescritível. “Não nos referimos apenas à condenação à morte, por divergência de opiniões e dissidência de antigos companheiros de luta, entre os quais Matias Miguéis, mas sobretudo à maneira como foi executada esta condenação: dois corpos sobre os quais se urina e se cospe, além de uma torrente de injúrias antes da morte física”, sublinha Tali..
https://jornalokwanza.com/opiniao/a-morte-de-matias-migueis/
"O MPLA sempre tratou os dissidentes da pior forma"
«E estes dissidentes são tratados sempre da pior forma. A Assembleia que elege Neto para presidente, elege para vice-presidente Matias Miguéis, também negro. Matias Miguéis era adepto de Viriato da Cruz. Em 1965, foi levado para Dolisie [hoje Loubomo, uma cidade da República do Congo] e morto. A partir daqui, a partir desta data, a execução dentro do MPLA passa a ser a forma de resolver o problema das dissidências.»( Ver fonte)
Parece ter sido fuzilado. Depois, segundo as nossas informações, a sua cabeça andou decepada por Luanda, em cima duma carrinha. Finalmente, segundo dizem, terão atirado o corpo ao mar. .. (IDEM)
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