A Quinta dos crimes banaisLuís Bettencourt pensava que ia à Quinta Vigia tratar de assuntos do Porto Santo, afinal, foi vítima de assédio... (Foto publicada pelo JM)
Hoje, vi um vídeo online, onde o candidato à Câmara Municipal do Porto Santo, Luís Bettencourt, informava que tinha sido recebido por Miguel Albuquerque e Pedro Caldo, na Quinta Vigia, sede do Governo da RAM, com o objetivo de convencê-lo a entrar para uma coligação autárquica na Ilha Dourada, formada por PSD e CDS.
E o que me chamou a atenção do vídeo nem foi a nega corajosa de Luís Bettencourt, o que me chamou a atenção foi o local escolhido pelos dois governantes madeirenses para uma reunião partidária que nada tem a ver com a governação da RAM.
Obviamente, se isto fosse uma região de primeiro Mundo, os dois ´artistas´ seriam logo denunciados pela comunicação social, levantar-se-ia um escarcéu mediático, e seriam obrigados a se demitirem e, provavelmente, até teriam que responder perante a justiça por utilizarem indevidamente instalações da região/Estado, pelo o abuso de confiança, e pelo desvio de dinheiros dos contribuintes para fins completamente alheios às suas funções governativas.
E nem devem ser só os contribuintes madeirenses a se queixarem deste flagrante desaforo, os próprios Donos Disto Tudo também foram prejudicados, porque os seus dois homens-de-mão, os seus dois `Ambrósios´, em vez de ´conduzirem´ e velarem pelos seus interesses e pelo seu respeitável ´cacau´, andaram em chazinhos de velhas na hora do trabalho.
Como temos uma oposição dormente e somos geograficamente costa de África, esta promiscuidade entre assuntos partidários e governação é vista como uma banalidade, uma prática vulgaríssima que os indígenas/cafres/vilhoada aceitam com uma cândida condescendência.
Em países desenvolvidos e civilizados um escândalo desta natureza traria logo consequências, lembro-me, por exemplo, do caso de François de Rugy, ex Ministro do Ambiente francês, que foi obrigado a se demitir porque quando era presidente da Assembleia Nacional usou as instalações parlamentares para servir faustosos jantares de lagosta, champanhe, e de abrir garrafas de vinho de 500 euros. Os convidados eram pessoas próximas da esposa, que era jornalista de uma revista cor-de-rosa. (Aqui na ilhota, o presidente da ALRAM, o sr. José M. Rodrigues, alugou ao Grupo Sousa um edifício, cuja renda mensal daria para comprar milhares de lagostas, e a cafraria achou a coisa mais natural deste mundo)
E já que estamos a falar de França, lembro-me do caso de Jacques Chirac (Presidente francês de 1995 a 2007) que foi condenado a uma pena de prisão, porque quando era Presidente da Câmara de Paris, na década de 90 do século passado, contratou funcionários da autarquia para prepararem a sua campanha às presidências, em que foi eleito. Vejam só o CRIME! (Albuquerque andou de braço dado com Carlos Saraiva e Joe Berardo, licenciou-lhes duas aberrações com ilegalidades pelo meio, e hoje é virginalmente presidente do Governo com a ajuda das tias do CDS)
PS/Madeira com pêlo-na-venta (mas só num sentido)
Circula pela cidade um panfleto da autoria do PS/Madeira que profere duras críticas a Miguel Albuquerque, Pedro Calado e as suas ligações à empresa de construção AFA e ao seu patrão. Diz que foi feita uma lei para beneficiar a extração de inertes por parte da AFA; que no novo hospital há um concurso feito à medida para esta mesma empresa; e finalmente, que foi feito um acordo extrajudicial que rendeu milhões de euros à AFA.
As críticas são maioritariamente legítimas e verdadeiras, mas é incrivelmente estranha esta atitude maniqueísta do PS. Parece que para os cafofianos oportunistas só existe um mau-da-fita. E os outros?! Porque razão o PS cafofiano não faz um panfleto sobre o Grupo Sousa? Porque razão não denunciam o isolamento de dois meses dos porto-santenses, graças a um ferry que não cumpre o serviço público? Porque razão não falam da aldrabice de Calado sobre o novo licenciamento do Porto do Caniçal? Porque razão não denunciam os 6 milhões que o Sousa recebeu do governo pela venda de um terreno ´abica burros´ no Penedo do Sono? Porque razão não falam da tomada de todos os sectores de atividade económica por parte desse grupo oligarca?
Penso que a resposta para este deliberado ´esquecimento´ do Grupo Sousa tem a ver com a famigerada aliança gastronómica Cafôfo/Luís Miguel de Sousa. E quem sabe se Miguel Iglésias, o ex empresário falido dos contentores marítimos, não se vendeu ao Dono Disto Tudo? Quem sabe?! Pelo menos o panfleto sugere que a artilharia-pesada destes oportunistas só abre fogo na direção da Calheta, poupando estranhamente o Caniçal e o largo dos Varadouros. (fénix do atlântico) Gil CanhaCatarina Furtado
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