Os dois grandes partidos do sistema estão mancomunados para roubar o país
Torre de controlo de Portugal O Novo Aeroporto de Lisboa
(NAL) será no Montijo. Independentemente da vontade
dos autarcas locais, que o vetaram, mau grado muitos estudos de impacte ambiental, que o desaconselham.
Porque para a ANA - que tem mais força
que o poder político - Montijo irá representar receitas milionárias a troco de investimento quase nulo.
Os principais custos inerentes à ativação do NAL no Montijo serão a transferência da base aérea militar, a construção
de acessibilidades, a pista propriamente
dita e a aerogare.
Mas a deslocalização
dos militares e equipamentos da Força
Aérea para outras bases será um custo assumido pelo Ministério da Defesa; a ANA
despende com esta tarefa zero. E também
nada gastará com os acessos rodoviários
nas imediações do aeroporto, que irão ser
pagos pela Infraestruturas de Portugal e
pelas autarquias. A pista, que representaria o maior custo aeroportuário, já está
construída, carece apenas de acertos e
remodelações; cujo custo é irrelevante,
se comparado com o da construção de
raiz, que ocorreria se a alternativa escolhida para NAL fosse OTA ou Alcochete.
E, finalmente, a aerogare será um negócio altamente rentável, na medida em
que o seu principal uso é o de centro comercial.
Serão, pois, os concessionários
dos espaços (restaurantes, cafés, lojas ou
balcões de atendimento) que irão financiar todo o investimento, através do pagamento de concessões, aluguéis e outros
mecanismos.
Além do mais, a empresa
detentora da concessão ANA, a Vinci, lucrará ainda enquanto acionista da Lusoponte; pois esta é concessionária da Ponte Vasco da Gama, o acesso rodoviário ao
Montijo, a partir de Lisboa.
Com esta opção, a Vinci, que em 2012
contratou a concessão da ANA, a 50
anos, de dez aeroportos, terá assim, de
borla, a concessão de mais um aeroporto; e ainda leva, de brinde, a valorização
da Lusoponte.
Para influenciar a decisão favorável,
a ANA recrutou os melhores lobistas. O
presidente da ANA, José Luís Arnaut histórico secretário-geral do PSD,
controla este partido. E cabe a Luís Patrão, administrador da ANA e responsável máximo pelas finanças do PS,
garantir a anuência dos socialistas.
Ambos, a partir da torre de controlo
da ANA, dominam políticos e subjugam o país aos interesses dos seus patrões da Vinci. -(correio da manhã)
Sem comentários:
Enviar um comentário