«Espero não ser condenado, pois que mal fiz eu?
Arlindo Marques vai responder em tribunal por difamação e calúnia
O “Guardião do Tejo” volta a tribunal a 11 de Março. Em causa está um processo de difamação movido por Pedro Gameiro, dono da empresa Fabrioleo.
Arlindo Consolado Marques começa a responder em tribunal a 11 de Março num processo de “difamação com publicidade e calúnia” movido por Pedro Gameiro, dono da polémica empresa Fabrioleo.
Depois de arquivado o processo interposto por Arlindo Marques a Pedro Gameiro, em que o primeiro acusava o segundo de agressões e de tentativa de homicídio - respeitante ao abalroamento do seu carro, quando o seu filho menor estava no interior da viatura -, o dono da Fabrioleo decidiu processar o ambientalista por difamação com publicidade e calúnia, exigindo-lhe uma indemnização de oito mil euros (cinco mil para Pedro Gameiro e três mil para o pai, António Gameiro).
No processo de acusação, a que O MIRANTE teve acesso, pode ler-se que “os demandantes [Pedro e António Gameiro] desenvolveram sentimentos de profunda angústia, ansiedade, tristeza e revolta, em função da falsidade e falta de fundamento das imputações que lhe foram feitas pelo demandado [Arlindo Marques]”, publicadas na página de Facebook de Arlindo, seguida por cerca de 30 mil pessoas.
Na sua página pessoal, Arlindo Marques afirmou que a 25 de Julho de 2016 foi agredido violentamente por Pedro Gameiro, acusando-o ainda de perseguição pessoal e de tentativa de homicídio por ter denunciado a poluição na ribeira da Boa Água que, no seu entendimento, se devia à actividade fabril levada a cabo por aquela empresa de Torres Novas.
Esta e outras publicações de Arlindo Marques sustentam a acusação particular interposta por Pedro Gameiro. Uma acusação que o Ministério Público fez já saber não acompanhar por considerar não haver indícios suficientes da prática pelo arguido Arlindo Marques dos factos denunciados.
Foi também a “falta de preenchimento dos elementos objectivos do tipo do crime de ameaça” que conduziu ao arquivamento do processo movido por Arlindo contra Pedro Gameiro, em 2016. (o MIRANTE)
Arlindo Consolado Marques começa a responder em tribunal a 11 de Março num processo de “difamação com publicidade e calúnia” movido por Pedro Gameiro, dono da polémica empresa Fabrioleo.
Depois de arquivado o processo interposto por Arlindo Marques a Pedro Gameiro, em que o primeiro acusava o segundo de agressões e de tentativa de homicídio - respeitante ao abalroamento do seu carro, quando o seu filho menor estava no interior da viatura -, o dono da Fabrioleo decidiu processar o ambientalista por difamação com publicidade e calúnia, exigindo-lhe uma indemnização de oito mil euros (cinco mil para Pedro Gameiro e três mil para o pai, António Gameiro).
No processo de acusação, a que O MIRANTE teve acesso, pode ler-se que “os demandantes [Pedro e António Gameiro] desenvolveram sentimentos de profunda angústia, ansiedade, tristeza e revolta, em função da falsidade e falta de fundamento das imputações que lhe foram feitas pelo demandado [Arlindo Marques]”, publicadas na página de Facebook de Arlindo, seguida por cerca de 30 mil pessoas.
Na sua página pessoal, Arlindo Marques afirmou que a 25 de Julho de 2016 foi agredido violentamente por Pedro Gameiro, acusando-o ainda de perseguição pessoal e de tentativa de homicídio por ter denunciado a poluição na ribeira da Boa Água que, no seu entendimento, se devia à actividade fabril levada a cabo por aquela empresa de Torres Novas.
Esta e outras publicações de Arlindo Marques sustentam a acusação particular interposta por Pedro Gameiro. Uma acusação que o Ministério Público fez já saber não acompanhar por considerar não haver indícios suficientes da prática pelo arguido Arlindo Marques dos factos denunciados.
Foi também a “falta de preenchimento dos elementos objectivos do tipo do crime de ameaça” que conduziu ao arquivamento do processo movido por Arlindo contra Pedro Gameiro, em 2016. (o MIRANTE)
Ambientalista e filho atacados violentamente em Torres Novas
Ativista ambientalista atacado pelo dono e pelo filho do dono da fábrica Fabrióleo enquanto filmava uma descarga de poluentes. O carro, estacionado, onde se encontrava o filho de 10 anos do ativista, foi violentamente abalroado. Esta segunda feira de manhã, na estrada que liga Torres Novas a Meia Via, no Distrito de Santarém, Arlindo Marques e o filho de 10 anos foram vítimas de um ataque violento. Arlindo Marques é activista ambientalista e presidente demissionário da SOS Tejo, conhecido por denunciar a poluição no rio Tejo e seus afluentes.
"Considero isto uma retaliação grave devido às denúncias que faço dos casos de poluição, foi um ato de puro terrorismo", afirmou o ambientalista ao esquerda.net. Arlindo Marques estava a documentar mais uma grande descarga na Ribeira da Boa Água, quando o dono da empresa Fabrióleo, que vinha num automóvel, o chamou, saiu do carro e agrediu a soco no peito, gritando que não tinha nada que ali estar, nem que publicar os vídeos. Arlindo Marques conseguiu acalmar os ânimos e estavam os dois já a conversar mais calmamente quando passou uma carrinha Volvo, que parou sete a oito metros mais de onde estavam.
A carrinha faz marcha atrás em velocidade, até colidir com a traseira, na frente do carro do Arlindo, destruindo-a e arrastando-o para a beira da ribeira. No interior do carro, estava o filho de Arlindo, de 10 dez anos. Nenhum dos envolvidos fica ferido com gravidade e perceberam então que o condutor do Volvo era o filho do dono da empresa da Fabrióleo, que vinha acompanhado de dois trabalhadores da empresa. Arlindo Marques não conhecia anteriormente nenhuma das pessas presentes e o ataque não foi por razões pessoais, mas uma retaliação contra os vídeos que tem feito.
A Ribeira da Boa Água é um afluente do rio Almonda muito sacrificado pelas descargas da empresa Fabrióleo, situada no Carreiro da Areia. A Ribeira corre a cerca de 2 quilómetros de Torres Novas, com a poluição visível através da cor da água e do mau cheiro que dela exala. No final de 2015, a empresa Fabrióleo pediu à Câmara Municipal de Torres Novas o reconhecimento do interesse municipal na regularização do estabelecimento. Tendo em conta o longo historial de descargas poluentes e a desobediência a embargos decretados pela APA e pela Câmara de Torres Novas da Fabrióleo, a Câmara e a Assembleia Municipal de Torres Novas decidiram, por unanimidade, rejeitar o reconhecimento o pedido.
As descargas da empresa são conhecidas desde 2013 quando o Grupo Parlamentar do Bloco exigiu que o governo em funções que atuasse, e este reconheceu a necessidade de fiscalização permanente, para verificar se as licenças estavam a ser cumpridas. Mas pouco ou nada foi feito para alterar a situação.
O acontecimento, que pôs em perigo a vida de uma criança, além da do próprio ativista, foi imediatamente reportado à polícia e irá avançar para tribunal. Arlindo Marques queixa-se da impunidade com que as empresas responsáveis pelas descargas poluentes continuam a operar. Em baixo estão dois vídeos feitos por Arlindo Marques, sobre o acidente e uma pergunta dos deputados do Bloco Carlos Matias e Jorge Costa, sobre a poluição na ribeira da Boa Água, devido às descargas da Fabrióleo. (ver FONTE)
Esta segunda feira de manhã, na estrada que liga Torres Novas a Meia Via, no Distrito de Santarém, Arlindo Marques e o filho de 10 anos foram vítimas de um ataque violento. Arlindo Marques é activista ambientalista e presidente demissionário da SOS Tejo, conhecido por denunciar a poluição no rio Tejo e seus afluentes.
"Considero isto uma retaliação grave devido às denúncias que faço dos casos de poluição, foi um ato de puro terrorismo", afirmou o ambientalista ao esquerda.net. Arlindo Marques estava a documentar mais uma grande descarga na Ribeira da Boa Água, quando o dono da empresa Fabrióleo, que vinha num automóvel, o chamou, saiu do carro e agrediu a soco no peito, gritando que não tinha nada que ali estar, nem que publicar os vídeos. Arlindo Marques conseguiu acalmar os ânimos e estavam os dois já a conversar mais calmamente quando passou uma carrinha Volvo, que parou sete a oito metros mais de onde estavam.
A carrinha faz marcha atrás em velocidade, até colidir com a traseira, na frente do carro do Arlindo, destruindo-a e arrastando-o para a beira da ribeira. No interior do carro, estava o filho de Arlindo, de 10 dez anos. Nenhum dos envolvidos fica ferido com gravidade e perceberam então que o condutor do Volvo era o filho do dono da empresa da Fabrióleo, que vinha acompanhado de dois trabalhadores da empresa. Arlindo Marques não conhecia anteriormente nenhuma das pessas presentes e o ataque não foi por razões pessoais, mas uma retaliação contra os vídeos que tem feito.
A Ribeira da Boa Água é um afluente do rio Almonda muito sacrificado pelas descargas da empresa Fabrióleo, situada no Carreiro da Areia. A Ribeira corre a cerca de 2 quilómetros de Torres Novas, com a poluição visível através da cor da água e do mau cheiro que dela exala. No final de 2015, a empresa Fabrióleo pediu à Câmara Municipal de Torres Novas o reconhecimento do interesse municipal na regularização do estabelecimento. Tendo em conta o longo historial de descargas poluentes e a desobediência a embargos decretados pela APA e pela Câmara de Torres Novas da Fabrióleo, a Câmara e a Assembleia Municipal de Torres Novas decidiram, por unanimidade, rejeitar o reconhecimento o pedido.
As descargas da empresa são conhecidas desde 2013 quando o Grupo Parlamentar do Bloco exigiu que o governo em funções que atuasse, e este reconheceu a necessidade de fiscalização permanente, para verificar se as licenças estavam a ser cumpridas. Mas pouco ou nada foi feito para alterar a situação.
O acontecimento, que pôs em perigo a vida de uma criança, além da do próprio ativista, foi imediatamente reportado à polícia e irá avançar para tribunal. Arlindo Marques queixa-se da impunidade com que as empresas responsáveis pelas descargas poluentes continuam a operar. Em baixo estão dois vídeos feitos por Arlindo Marques, sobre o acidente e uma pergunta dos deputados do Bloco Carlos Matias e Jorge Costa, sobre a poluição na ribeira da Boa Água, devido às descargas da Fabrióleo. (ver FONTE)
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