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A Moção E tem como subscritores
o major Mário Tomé e o ex-deputado
eleito pelo círculo de Braga, Pedro
Soares, além de muitos outros dirigentes e militantes associados à antiga
União Democrática Popular (UDP),
que, desde 2005, se transformou
numa corrente − Associação Política
UDP (UDP-AP). Refira-se que, apesar
ter sido uma das recentes líderes dessa
associação, Joana Mortágua subscreve
a moção A, a da direção. E Mário Durval, o último presidente da UDP-AP,
conhecido do grande público por ter
sido o delegado de saúde de Lisboa
e Vale do Tejo quando eclodiram os
números da Covid-19 em 19 freguesias
da região, não se juntou a nenhuma
das propostas em causa.
A crítica deste grupo ao “parlamentarismo” pode, também, ser lida à luz
da história, defende o politólogo José
Filipe Pinto, que frisa que “aqueles que
integram a corrente da UDP mantêm
uma visão marxista-leninista de que
não é pela via parlamentar, mas antes
pela rua, no contacto com os militantes de base, que se fortalece o partido
e se cimentam as conquistas”. “Já não
é de agora que esta e outras correntes
acusam a direção de um aburguesamento. Só falta saber se a ligação nos
últimos anos ao PS, que não é considerado um partido de esquerda, vai
aumentar o tom dessas acusações na
Convenção Nacional”, sinaliza o docente de Ciência Política. (revista Visão)
« Não há movimento revolucionário sem teoria revolucionária¹. A teoria esclarece e orienta a actividade prática. Mas a teoria enriquece-se com os ensinamentos da prática, afere-se na prática e, quando separada da prática, torna-se estéril, vazia e inútil. Por isso, ao discutirem-se concepções acerca da situação política, dos objectivos da luta, do processo revolucionário, tem-se em vista a definição correcta das tarefas que se colocam às forças revolucionárias e a sua realização. Conforme com uma indicação célebre², o problema que se coloca aos comunistas não é apenas o de explicar e interpretar o mundo, mas o de transformá-lo.»
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