quarta-feira, 29 de março de 2017

Faz hoje seis meses que Maria de Lurdes foi presa em Tires

 José Manuel Coelho apela ao PCP que seja solidário com a Maria de Lurdes e que se junte ao PTP na campanha humanitária pela sua libertação



Outras intervenções do deputado do PTP José Manuel Coelho



O ladrão do trigo

Quem o outro julga, a si também está a julgar

28 MAR 2017 / 02:00 H.


Um severo rei, na Idade Média, governava a sua nação com mão de ferro, aplicava castigos severos aos criminosos e exigia pesados impostos aos cidadãos.
Uma das ordens do monarca era a de que, em cada ano, todos os agricultores deviam entregar ao rei cinco alqueires de trigo, como imposto. Quem não cumprisse seria severamente punido. Os agricultores, apesar das dificuldades, lá iam pagando o imposto do trigo. Inclusivamente, num ano de muitas secas, o rei ficou feliz ao ver que os celeiros reais estavam cheios, todos os agricultores tinham cumprido com a entrega do imposto, apesar da baixa de produção.
Ladrões do trigo

A certa altura, aos ouvidos do rei chegou conhecimento de uma vaga de furtos de trigo por todo o reino. De imediato, o monarca mandou afixar editais ordenando que seriam julgados como ladrões, não apenas os que furtassem, mas também todos os que por qualquer forma recebessem o trigo furtado. O rei deu também poder aos seus emissários para que entrassem em todas as casas e armazéns, sem exceção, apreendessem o trigo furtado e o devolvessem em dobro aos lesados.
Investigação inesperada

Os investigadores, depois de percorrerem todo o reino, concluíram que mais de metade dos agricultores nada tinha produzido devido à seca e havia muita fome. Por este motivo, para conseguirem pagar imposto, os pobres agricultores tiveram que furtar trigo aos que tinham produzido. Ou seja, a maior parte do trigo guardado nos celeiros reais tinha sido furtado e entregue ao rei para cumprir a obrigação do imposto.
Remorsos reais

O rei ficou seriamente perturbado quando soube da explicação para tantos furtos, pois tinha ordenado que quem guardasse o trigo furtado seria julgado como ladrão. O monarca, movido de tantos remorsos, perdoou aos que tinham cometido furtos e mandou devolver o trigo em dobro aos agricultores que passavam fome. Mais ordenou que, para futuro, os tesoureiros do rei, antes de cobrar imposto, deviam primeiro averiguar quais os agricultores que tinham produzido trigo suficiente.
Infelizmente, parece que nem todos os reis aprenderam esta lição e continuaram a cobrar imposto, mesmo a quem trigo não produz! (diário)

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