[SONETO DE TODAS AS PUTAS] Manuel Maria Barbosa do Bocage 1765-1805
Este soneto foi improvisado quando Bocage frequentando uma festa de gente elegante e aristocrática se fazia acompanhar de uma prostituta conhecida nos bairros populares de Lisboa por exercer o seu metier. As damas elegantes presentes na Festa olhavam com desdém a companheira do poeta. Ele observando o seu embaraço improvisou de imediato este Soneto:
Não lamentes, ó Nize, o teu estado;
Puta tem sido muita gente boa;
Putissimas fidalgas tem Lisboa,
Milhões de vezes putas teem reinado:
Dido foi puta, e puta d'um soldado; Cleopatra por puta alcança a c'roa; Tu, Lucrecia, com toda a tua proa, O teu conno não passa por honrado:
Essa da Russia imperatriz famosa, Que inda ha pouco morreu (diz a Gazeta) Entre mil porras expirou vaidosa:
Todas no mundo dão a sua greta: Não fiques pois, ó Nize, duvidosa Que isso de virgo e honra é tudo peta.
Impedidos? Olha estes rabetas do Pravda ---- Feitos com o cervijinhas e companhia. Não têm estofo e os árbitros é que roubam. Este árbitro é que teve tomates...isto é cumpriu a lei.
Impedidos?
ResponderEliminarOlha estes rabetas do Pravda ---- Feitos com o cervijinhas e companhia. Não têm estofo e os árbitros é que roubam. Este árbitro é que teve tomates...isto é cumpriu a lei.