Escreve Gil Canha
Savoy – o grande embuste
Ontem, dia 24 de Janeiro, fiquei extasiado ao ler no nosso boletim municipal, leia-se Diário de Notícias, uma reportagem vergonhosamente branqueadora intitulada: “Câmara do Funchal levanta embargo ao Savoy Palace”.
Desde 2008 que tenho sido um feroz opositor à construção daquele horrível mamarracho, aliás, em 2009, e como já escrevi neste espaço, eu mais o dr. Baltasar Aguiar fomos à célebre reunião pública da Câmara que se preparava para licenciar este “caixote de cimento”, e em frente a todos os vereadores abrimos uma tarja onde estava impresso o “monstro de betão”, no intuito de os chamar à atenção para a aberração que estavam prestes a aprovar.
Na altura, ficaram todos envergonhados, e o único que abriu a bocarra a defender o mamarrachão foi o vereador Ricardo Vieira, na altura advogado dos promotores. (É interessante que, nesses tempos, o sr. Paulo Cafofo e o sr. Miguel Gouveia, atualmente uns destemidos fanfarrões na defesa da cidade, não se tenham manifestado contra esta horrível bosta de cimento, nem mesmo o sr. José Prada, com os seus posteriores textos vira-latas).
Em finais de 2013, quando assumi funções de vereador do Urbanismo, fui sondado por Paulo Cafofo no sentido de viabilizar o projeto, ao que respondi: - Só sobre o meu cadáver! – E o presidente retorquiu: - Mas vamos ficar ali com aquele buraco?! – Eu repliquei, - mas já viste o projeto? Aquilo é uma loucura, é melhor ficar ali o buraco até se decidir o que se fazer com aquilo!..
Mais tarde, vim a descobrir que Pedro Calado e outros emissários do sr. Avelino Farinha andavam a sondar a autarquia para saber se havia condições para revalidar a licença do Savoy. E só com a garantia firme de Paulo Cafofo em revalidar a licença é que o sr. Avelino se lançou na “aquisição” do quarteirão do Savoy ao falido BANIF - ou alguém é suficientemente idiota para acreditar que o esperto empreiteiro da Calheta se iria abalançar numa aventura daquelas sem a sólida garantia da Câmara cafofiana?
Por mais sabão branqueador que o DN, de Mr. Blandy, deite para lavar as mãos de Paulo Cafofo neste malfadado processo, o certo é que o atual Presidente da CMF tem tanta responsabilidade nisto como tem o estroina do dr. Miguel Albuquerque. Aliás, a determinação de Paulo Cafofo em facilitar e satisfazer o sr. Avelino é tão grande, que deixou propositadamente caducar o caríssimo processo de classificação de interesse municipal das belas Moradias da Av. Do Infante, da minha autoria e aquando da minha vereação, que além de salvaguardar a integridade arquitetónica das mesmas, dava cabo por força da lei, e por “arrasto”, do projeto do Savoy.
Quando o sr. Miguel Albuquerque e o sr. José Prada de Carácter Agachado me acusam farisaicamente de nada ter feito para bloquear o monstro, aqui está a resposta. Aliás, uma das razões que levaram Paulo Cafofo a me retirar os pelouros de vereador foi precisamente por causa desta “coelheira de betão” e também porque eu e os outros vereadores defenestrados não alinharam na corrupção e nos altos favorecimentos que Paulo Cafofo pretendia. (Esses misteres deixamos para a Caldeirada, para o Cubano cantor e para o bando indescritível dos cafofianos oportunistas semianalfabetos)
E como as pessoas têm memória curta, não há sabão nem poço-de-lavar neste mundo que branqueie aquilo que Cafofo disse numa entrevista que deu ao DN, a 12 de Dezembro de 2015, Pag. 19, onde manifestou o seu “regozijo pelo facto do grupo Siet Savoy ter sido vendido ao grupo AFA, o que na sua ótica vem resolver um problema muito grande” ; “também deseja que a obra comece em breve (…) e garantiu que a autarquia acompanhou todo o processo, concretizado ontem, e que se empenhou na parte da simplificação dos procedimentos”. O nosso Pinóquio não desarmou e, eufórico, disparou: “Estamos, neste momento, em condições de ter o hotel Savoy novamente erguido, o que é importante para a nossa economia”.
No entanto, o maior embuste do sr. Prof. Paulo Cafofo deu-se em Agosto do ano passado, quando numa manobra engana-vilões secundada pelo DN, de Mr. Blandy, o nosso fanfarrão autárquico anunciou que tinha EMBARGADO parcialmente a obra do Savoy, para dar a entender à viloada e ao Ministério Público (existe um processo a decorrer) que não estava para brincadeiras e que ele (Paulo Cafofo) era uma espécie de Marquês de Pombal castigador, que não tolera desmandos aos poderosos.
Mas duma forma leviana e até na minha opinião criminosa, o sr. Paulo Cafofo “esqueceu-se” de referir um dado muito importante detetado pela fiscalização municipal em Agosto de 2017, em que o sr. Avelino aumentou a área bruta máxima de construção dos 66.617,53 m2 aprovados para 70.093,00 m2, aumentando assim este colossal bisonte em mais 3.475,47 m2. Este aumento “pato-bravesco” deu-se essencialmente para os lados, um ligeiro aumento na cobertura, construção de mais um piso intermédio e uns acrescentos numas edificações secundárias na Rua Imperatriz D. Amélia. Se fosse uma casa dum desgraçado das zonas altas, o sr. Cafofo embargava tudo, mas como é uma obra do sr. Avelino da Calheta, o sr. Cafofo montou o seu teatrinho do faz-de-conta, e com ajuda do boletim municipal de Mr. Blandy, anunciou a quatro ventos que tinha feito UM GRANDE EMBARGO, mas parcial, nos tais acrescentos na Rua Imperatriz D. Amélia, quando deveria ter sido um EMBARGO TOTAL, pois o mamarracho “engordou” para todos os lados. E como em todas as comédias, o último ato desta ópera bufa cafofiana deu-se ontem, com a fanfarronada autárquica a anunciar no SEU DN que o “terrível” e “avassalador” embargo cafofiano tinha sido levantado (quelle horreur!) e que tinham sido finalmente aprovadas as alterações ao projeto.
E para enganar ainda mais a viloada, a peça branqueadora de ontem ainda remata: “A CMF procurou assegurar o máximo de contrapartidas a favor das áreas públicas para usufruto da população de modo a compensar o impacto da volumetria do edificado”.
Estes aldrabões compulsivos são de tal maneira uns oportunistas maquiavélicos que escondem que essas áreas já estavam há muitos anos notarialmente salvaguardadas (Departamento de Concursos e Notariado da C.M.F., livro 143, pag. 65 até pag. 68.) no contrato de “Cedência de Seis Parcelas de Terreno que irão constituir Servidão Pública” firmado a 29 de Setembro de 2009, entre a CMF e a Soc. Imob. de Emp. Turísticos – Savoi, SA .
Gil Cada Vez mais Ressabiado Canha Gil Cada Vez mais Ressabiado Canha
Ontem, dia 24 de Janeiro, fiquei extasiado ao ler no nosso boletim municipal, leia-se Diário de Notícias, uma reportagem vergonhosamente branqueadora intitulada: “Câmara do Funchal levanta embargo ao Savoy Palace”.
Desde 2008 que tenho sido um feroz opositor à construção daquele horrível mamarracho, aliás, em 2009, e como já escrevi neste espaço, eu mais o dr. Baltasar Aguiar fomos à célebre reunião pública da Câmara que se preparava para licenciar este “caixote de cimento”, e em frente a todos os vereadores abrimos uma tarja onde estava impresso o “monstro de betão”, no intuito de os chamar à atenção para a aberração que estavam prestes a aprovar.
Na altura, ficaram todos envergonhados, e o único que abriu a bocarra a defender o mamarrachão foi o vereador Ricardo Vieira, na altura advogado dos promotores. (É interessante que, nesses tempos, o sr. Paulo Cafofo e o sr. Miguel Gouveia, atualmente uns destemidos fanfarrões na defesa da cidade, não se tenham manifestado contra esta horrível bosta de cimento, nem mesmo o sr. José Prada, com os seus posteriores textos vira-latas).
Em finais de 2013, quando assumi funções de vereador do Urbanismo, fui sondado por Paulo Cafofo no sentido de viabilizar o projeto, ao que respondi: - Só sobre o meu cadáver! – E o presidente retorquiu: - Mas vamos ficar ali com aquele buraco?! – Eu repliquei, - mas já viste o projeto? Aquilo é uma loucura, é melhor ficar ali o buraco até se decidir o que se fazer com aquilo!..
Mais tarde, vim a descobrir que Pedro Calado e outros emissários do sr. Avelino Farinha andavam a sondar a autarquia para saber se havia condições para revalidar a licença do Savoy. E só com a garantia firme de Paulo Cafofo em revalidar a licença é que o sr. Avelino se lançou na “aquisição” do quarteirão do Savoy ao falido BANIF - ou alguém é suficientemente idiota para acreditar que o esperto empreiteiro da Calheta se iria abalançar numa aventura daquelas sem a sólida garantia da Câmara cafofiana?
Por mais sabão branqueador que o DN, de Mr. Blandy, deite para lavar as mãos de Paulo Cafofo neste malfadado processo, o certo é que o atual Presidente da CMF tem tanta responsabilidade nisto como tem o estroina do dr. Miguel Albuquerque. Aliás, a determinação de Paulo Cafofo em facilitar e satisfazer o sr. Avelino é tão grande, que deixou propositadamente caducar o caríssimo processo de classificação de interesse municipal das belas Moradias da Av. Do Infante, da minha autoria e aquando da minha vereação, que além de salvaguardar a integridade arquitetónica das mesmas, dava cabo por força da lei, e por “arrasto”, do projeto do Savoy.
Quando o sr. Miguel Albuquerque e o sr. José Prada de Carácter Agachado me acusam farisaicamente de nada ter feito para bloquear o monstro, aqui está a resposta. Aliás, uma das razões que levaram Paulo Cafofo a me retirar os pelouros de vereador foi precisamente por causa desta “coelheira de betão” e também porque eu e os outros vereadores defenestrados não alinharam na corrupção e nos altos favorecimentos que Paulo Cafofo pretendia. (Esses misteres deixamos para a Caldeirada, para o Cubano cantor e para o bando indescritível dos cafofianos oportunistas semianalfabetos)
E como as pessoas têm memória curta, não há sabão nem poço-de-lavar neste mundo que branqueie aquilo que Cafofo disse numa entrevista que deu ao DN, a 12 de Dezembro de 2015, Pag. 19, onde manifestou o seu “regozijo pelo facto do grupo Siet Savoy ter sido vendido ao grupo AFA, o que na sua ótica vem resolver um problema muito grande” ; “também deseja que a obra comece em breve (…) e garantiu que a autarquia acompanhou todo o processo, concretizado ontem, e que se empenhou na parte da simplificação dos procedimentos”. O nosso Pinóquio não desarmou e, eufórico, disparou: “Estamos, neste momento, em condições de ter o hotel Savoy novamente erguido, o que é importante para a nossa economia”.
No entanto, o maior embuste do sr. Prof. Paulo Cafofo deu-se em Agosto do ano passado, quando numa manobra engana-vilões secundada pelo DN, de Mr. Blandy, o nosso fanfarrão autárquico anunciou que tinha EMBARGADO parcialmente a obra do Savoy, para dar a entender à viloada e ao Ministério Público (existe um processo a decorrer) que não estava para brincadeiras e que ele (Paulo Cafofo) era uma espécie de Marquês de Pombal castigador, que não tolera desmandos aos poderosos.
Mas duma forma leviana e até na minha opinião criminosa, o sr. Paulo Cafofo “esqueceu-se” de referir um dado muito importante detetado pela fiscalização municipal em Agosto de 2017, em que o sr. Avelino aumentou a área bruta máxima de construção dos 66.617,53 m2 aprovados para 70.093,00 m2, aumentando assim este colossal bisonte em mais 3.475,47 m2. Este aumento “pato-bravesco” deu-se essencialmente para os lados, um ligeiro aumento na cobertura, construção de mais um piso intermédio e uns acrescentos numas edificações secundárias na Rua Imperatriz D. Amélia. Se fosse uma casa dum desgraçado das zonas altas, o sr. Cafofo embargava tudo, mas como é uma obra do sr. Avelino da Calheta, o sr. Cafofo montou o seu teatrinho do faz-de-conta, e com ajuda do boletim municipal de Mr. Blandy, anunciou a quatro ventos que tinha feito UM GRANDE EMBARGO, mas parcial, nos tais acrescentos na Rua Imperatriz D. Amélia, quando deveria ter sido um EMBARGO TOTAL, pois o mamarracho “engordou” para todos os lados. E como em todas as comédias, o último ato desta ópera bufa cafofiana deu-se ontem, com a fanfarronada autárquica a anunciar no SEU DN que o “terrível” e “avassalador” embargo cafofiano tinha sido levantado (quelle horreur!) e que tinham sido finalmente aprovadas as alterações ao projeto.
E para enganar ainda mais a viloada, a peça branqueadora de ontem ainda remata: “A CMF procurou assegurar o máximo de contrapartidas a favor das áreas públicas para usufruto da população de modo a compensar o impacto da volumetria do edificado”.
Estes aldrabões compulsivos são de tal maneira uns oportunistas maquiavélicos que escondem que essas áreas já estavam há muitos anos notarialmente salvaguardadas (Departamento de Concursos e Notariado da C.M.F., livro 143, pag. 65 até pag. 68.) no contrato de “Cedência de Seis Parcelas de Terreno que irão constituir Servidão Pública” firmado a 29 de Setembro de 2009, entre a CMF e a Soc. Imob. de Emp. Turísticos – Savoi, SA .
Sem comentários:
Enviar um comentário